Importante ponto de convergência de vias de comunicação, aglomerado populacional de certa dimensão e centro de apreciável dinamismo comercial durante a romanização, Viseu vem readquirindo, rápida e seguramente, as condições para um desenvolvimento económico marcado pela qualidade.
É o maior concelho do distrito, abrangendo uma área de cerca de 507 quilómetros quadrados, reunindo trinta e quatro freguesias.«Antiqua et Nobilissima», Viseu, cidade milenar, as suas origens perdem-se nas brumas do tempo. Aqui estanciaram os homens das idades remotas da pré--história e conviveram celtas e lusitanos; aqui se fixaram os romanos e passaram os povos invasores suevos, godos e muçulmanos.
Foi pátria de D. Duarte, ducado de D. Henrique e inspirou Grão Vasco. Sucessivas gerações legaram monumentos artísticos de todas as idades: a Cava de Viriato, vasto recinto octogonal de origem romana; o conjunto arquitectónico ímpar constituído pela Sé Catedral, Museu de Grão Vasco, Passeio dos Cónegos, Torre de Aljube e Igreja da Misericórdia, que ladeiam o Adro da Sé; as igrejas e capelas, símbolos da religiosidade do povo beirão; os muros e portas das muralhas, trechos da velha cerca afonsina, e porque não, as casas senhoriais, dominadas pela beleza fria, mas majestosa, do granito; as janelas e portais manuelinos do velho burgo.
Viseu, cidade jardim, pelos seus espaços verdes bem tratados, preservados do avanço do betão, onde se destacam pelas suas características e dimensão, os Parques Aquilino Ribeiro e do Fontelo, a par de jardins e recantos ajardinados.
Viseu, terra de ricas tradições, onde ainda é possível adquirir objectos manufacturados, trabalho de artesãos que vão legando o seu saber às gerações vindoiras. Terra onde a mesa é recheada de ricas iguarias, acompanhadas pelos excelentes vinhos do Dão. Viseu, cidade moderna, onde desenvolvimento, quadra bem com tradição. Centro de convergência de modernas vias de comunicação. Viseu atravessa um surto de desenvolvimento, que se iniciou na década de 70.
Cidade eminentemente comercial, abre-se ao investimento e à industrialização, antevendo--se que nos próximos anos, seja uma das três regiões nacionais com desenvolvimento nos sectores dos serviços e da indústria.
Rumo ao futuro
Importante ponto de convergência de vias de comunicação, aglomerado populacional de certa dimensão e centro de apreciável dinamismo comercial durante a romanização, Viseu vem readquirindo, rápida e seguramente, as condições para um desenvolvimento económico marcado pela qualidade.
Marco indelével da pujança mercantil do passado, a Feira Franca de S. Mateus - que os viseenses orgulhosamente realizam há mais de 600 anos - é o espelho fiel da revitalização económica e social que perpassa um pouco por todo o concelho.
No fim dos anos 80 era grande o peso institucional do sector terciário, com 65 por cento das empresas e 67 por cento dos estabelecimentos, a grande maioria dos quais dedicados ao comércio a retalho. Do mesmo ponto de vista, o sector secundário detinha cerca de metade do peso daquele e o primário era praticamente insignificante (três por cento). Ao invés, porém, grande parte da mão-de-obra concentrava-se na agricultura. Não obstante a projecção que o emprego industrial começou a assumir a partir de meados da mesma década, ainda hoje, nesse particular, o sector primário sobreleva o secundário. A melhoria das acessibilidades e a inevitável centralidade ibérica e europeia vêm acelerando, nos últimos tempos, o desenvolvimento industrial do concelho.
Os lentos movimentos de expansão das décadas de 70 e 80 - que foram libertando a economia da sua expressão local e regional - conduziram a uma estrutura relativamente estável, assente em pequenas e médias empresas que, sem abandonarem os sectores tradicionais, inovaram o bastante para evitar roturas perturbadoras. E é assim que actividades tradicionais como as artes gráficas, a serralharia e o mobiliário nos aparecem preservados sob a forma de artesanato ou desenvolvidas em modernas unidades industriais.
O investimento e a produção ainda são esmagadoramente nacionais, mas perspectiva-se já um redimensionamento consentâneo com a nova realidade económica e social. A alta tecnologia eléctrica e electrónica, os veículos, os químicos, as telecomunicações, o software informático e a I&D são actividades promissoras.
E, com efeito, Viseu começa a poder responder às naturais exigências dos potenciais investidores no que concerne a vias e estruturas de comunicação, telecomunicações, mão-de-obra especializada, incentivos ao investimento, preços dos terrenos, proximidade de mercados, facilidade de habitação equipamentos de educação e lazer. É o caso dos IP’s 3 e 5, do Aeródromo Municipal Gonçalves Lobato, de várias escolas profissionais, de terrenos devidamente infra-estruturados a um preço incentivador, do rápido acesso aos mercados europeus e ultramarinos, do grande incremento do parque habitacional, da existência de ensino superior e politécnico, de importantes infraestruturas no domínio da cultura (Viriato-Teatro Municipal), do lazer (golfe, hipismo), do desporto (pavilhões desportivos) e de convivência social.
Jornal O Primeiro de Janeiro
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