terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Aquilino não foi regicida

Defensor das causas populares, Aquilino Ribeiro pode ser acusado de “algum excesso de militância revolucionária”, mas continuam a não existir, cem anos depois do 1 de Fevereiro de 1908, quaisquer provas que pudessem condená-lo em tribunal como regicida, garante o historiador.

Henrique Almeida, director dos Cadernos Aquilinianos do Centro de Estudos Aquilino Ribeiro, de Viseu, defende que o escritor beirão não pegou numa arma para matar o rei D. Carlos e o príncipe herdeiro Luís Filipe, apesar de se identificar com o espírito revolucionário do grupo secreto a que pertenciam os regicidas Alfredo Costa e Manuel Buíça.


“Os que pretendem implicar Aquilino no regicídio teriam de associar a esse acto umas largas dezenas de conspiradores que comungavam da disposição de derrubar o regime monárquico”, afirmou Henrique Almeida à Agência Lusa.


O jovem Aquilino, sublinha, “tinha a seu favor uma arma, porventura mais poderosa do que a dos demais, a da escrita”, tendo colaborado quer em artigos para a “A Beira” e sobretudo a “Vanguarda”, quer dando continuidade aos episódios do folhetim de Arnaldo Pereira, “Os Bandidos da Serra da Gardunha”, que lhe explicaram ser uma “história romanceada ou fantasista dos ascendentes de João Franco, bandoleiros dos quatro costados segundo a tradição local”.


Alfredo Costa, chefe de fila dos revolucionários, tinha uma relação de admiração pelo jovem estudante e queria contar com a sua colaboração nas lides jornalísticas da propaganda anarquista.


“Há de facto a intervenção de Aquilino no sentido da denúncia das fragilidades e abusos do poder régio, designadamente na afronta da confiança depositada pelo rei no presidente do Governo”, frisou o estudioso, defensor da versão de que o regicídio “não terá sido um acto premeditado”, mas decidido no local por Buíça e Costa, porque “o alvo a abater” seria mesmo João Franco.Desde que chegou a Lisboa, tinha então 22 anos, Aquilino Ribeiro começou “a partilhar as ideias do meio intelectual, integrando-se gradualmente na ala mais revolucionária do Partido Republicano”. Foi preso a 17 de Novembro de 1907, quando explodiram no seu quarto, na Rua do Carrião, engenhos de fabrico artesanal que tinha acedido em guardar por apenas dois ou três dias, e que, ao serem manipulados, mataram Gonçalves Lopes e Belmonte de Lemos.

“Pôr a revolução na rua”

Nesta altura, é posto a circular o decreto que previa a deportação perpétua para as colónias de indivíduos pronunciados por qualquer delito político ou crime de imprensa. E aqueles que estavam conotados com o movimento revolucionário poderiam ser enviados para as colónias, nomeadamente para Timor, onde não poderiam afrontar o poder régio.


“Esta situação leva a que Aquilino tente desesperadamente fugir da prisão, conseguindo evadir-se a 12 de Janeiro desse ano. É então que procura auxílio junto de Alfredo Costa, tendo-lhe este fornecido refúgio numas águas-furtadas a menos de 200 metros do Ministério do Reino, onde estaria quando a comitiva real chegou ao Terreiro do Paço, vinda de Vila Viçosa”, conta Henrique Almeida.


O relato desse dia é feito pelo escritor na sua obra póstuma “Um Escritor Confessa-se” (1972), onde conta ter estado com Alfredo Costa, que lhe fala dos preparativos da manobra contra João Franco e lhe confia os nomes dos que o iam acompanhar a “pôr a revolução na rua”. Aquilino relata no livro de memórias o seu cepticismo sobre aquele empreendimento e como se apercebeu mais tarde de um tumulto na rua.


“Sofri um baque de vago e aziago pressentimento quando entrou pela janela entreaberta da mansarda uma lufada de sons que me pareceu singular. Abri a vidraça e até onde se podia estender o meu raio visual, quebrado pelo resultado do telhado, vi gente, gente que corria de baixo, singularmente ou por cachos. (...) Depois, as golfadas de gente foram-se multiplicando, e era a população transida, tomada de pânico, a furtar-se, dir-se-ia, a uma hecatombe. Ao mesmo tempo, chegou-me aos ouvidos uma zoada, cortada de gritos e estridências que me não soube explicar. E disse para comigo: então sempre era a sério?”, escreve.

“Lápides Partidas”


Com algumas variantes, o assunto é abordado na obra de ficção “Lápides Partidas”, ainda que tenha um forte pendor autobiográfico. Muitas das suas personagens, refere Henrique Almeida, podem ser identificadas “a partir do discurso historiográfico”: há o Libório Barradas, que tal como Aquilino trocara o ambiente serrano pela capital, e também Uriel Roliça e Manfredo Bemposta, que facilmente poderão ser identificados com Manuel Buíça e Alfredo Costa.

É precisamente a uma afirmação de Libório Barradas que se agarram os monárquicos para acusar Aquilino Ribeiro de estar implicado no regicídio: “que ninguém o saiba, mas eu ajudei a matar o rei, confesso-o aqui à mesa da consciência. Ninguém o soube, ninguém me viu, respiro”.


Henrique Almeida disse à Lusa não poder tomar-se essa afirmação de forma isolada, mais ainda sem atender ao “registo ficcional” e, nesse passo, “à percepção da personagem das consequências, tomadas como inesperadas, dos actos de insurreição que levariam à queda do regime”.


“Mas, numa visão ideológica, há ali um enaltecimento do papel activo na implantação do regime republicano”, considera, reiterando que, “historicamente, não há prova alguma de que ele teve uma acção no atentado contra a figura de Estado”.


Por isso, para Henrique Almeida, a imagem do escritor não vai ficar afectada com as comemorações do centenário do regicídio. Aquilino continuará a ser visto como um “homem de acção” que usou a arma da escrita em nome dos “movimentos populares” e que, querendo defender essas causas, sentiu na pele a falta de liberdade de expressão.
in Jornal As Beiras (29-01-2008)

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Selecção Nacional em VISEU

Viseu é "talismã" de várias equipas de atletas de diferentes modalidades. Por isso, todos os olhares vão estar voltados para o Hotel Montebelo durante a estadia da Selecção A. Cristiano Ronaldo, Scolari e companhia terão três pisos reservados para trabalharem e terão todos os pedidos satisfeitos.
A cidade de Viseu é conhecida pela sua arte de receber bem, uma qualidade que os jogadores e a restante equipa técnica da Selecção Portuguesa irão comprovar pessoalmente.

Apesar de ainda ser muito cedo - uma vez que o estágio se realiza de 18 a 31 de Maio - o Hotel Montebelo, que irá servir de quartel-general ao grupo das quinas, já começa a delinear uma estratégia para que tudo esteja preparado quando os "convidados de honra" chegarem.

O facto de aquela unidade hoteleira, que faz parte do Grupo Visabeira, estar habituada a receber outras equipas - como aconteceu a propósito do estágio do Futebol Clube do Porto na cidade - contribui para o ambiente de tranquilidade que se vive no empreendimento.
Este foi um dos aspectos destacados ao nosso Jornal pelo director do Hotel Montebelo, António Machado Matos, que adianta não haver ainda muitos pormenores sobre as necessidades que a equipa vai ter. Ainda assim, assegura que serão feitos todos os esforços para responder aos pedidos feitos pelos jogadores, desde o mais elementar ao mais complicado.

PrivacidadeA privacidade do grupo será a palavra de ordem, pois o responsável considera que é preponderante que o trabalho durante o estágio seja feito dentro do previsto.
Por isso, estima-se que três andares - ou seja, cerca de 60 quartos - sejam destinados apenas à Selecção Nacional e eventuais convidados.

António Machado Matos revela que os pisos terão independência em termos de enfermaria, rouparia e mesmo para questões administrativas.Relativamente ao facto dos quartos serem individuais ou 'twin' (duplos), dependerá do pedido feito pela Federação.

O mesmo acontece em relação à alimentação. A equipa poderá estar acompanhada do 'chef', mas se isso não acontecer o Montebelo irá cumprir as ementas deixadas pelos médicos e nutricionistas dos atletas.

A privacidade irá estender-se à sala de refeições, à utilização da piscina, do SPA, e das áreas de convívio.

Para que a preparação seja levada ao máximo, o Grupo Visabeira irá disponibilizar todo o acesso à área de manutenção física do Palácio do Gelo (que em Maio já está aberto), ao Golfe e ao Centro Hípico.
Satisfação

"É um contentamento para Viseu e para nós receber a Selecção, pois não é todos os dias que somos palco de um estágio tão importante como é este para o Europeu", concretiza António Machado Matos, esperançado de que a cidade seja um óptimo talismã para a equipa das quinas.

"Este é um dos momentos mais importantes para a cidade e para a região"


"Nos últimos tempos, este é o acontecimento mais importante para a cidade e para a região". É desta forma que o presidente da Região de Turismo Dão Lafões (RTDL), Adriano Azevedo, classifica a decisão da Federação Portuguesa de Futebol de escolher Viseu como a anfitriã do estágio da Selecção Nacional para o Campeonato Europeu.

Para o responsável, o concelho vai estar no centro das atenções durante várias semanas, não só porque receberá a equipa das quinas, mas também devido a todo um mediatismo que se encontra associado à presença dos craques da bola.

Em termos turísticos, explicita Adriano Azevedo, as vantagens são inúmeras, até porque iremos beneficiar da projecção das características da cidade em termos de hotelaria, restauração e não só, que são das melhores do país.

Por outro lado, e como a Selecção Nacional inclui muitos dos mais conceituados jogadores a nível mundial, Viseu será também o alvo das atenções dos estrangeiros e, sobretudo, dos vizinhos espanhóis, que poderão deslocar-se até cá para ver de perto alguns dos atletas.

"Há sempre muita curiosidade e expectativa", refere o presidente da RTDL, revelando que será elaborado um plano para divulgar a cidade. É que além dos períodos de treino e concentração, que são importantes para que a equipa vá bem preparada para o Campeonato, haverá momentos de lazer. Para preencher estas épocas, a Câmara de Viseu e a Federação deverão realizar um programa detalhado com o que de melhor a cidade tem para oferecer aos visitantes.

Entidades felizes com a escolha de Viseu
A Federação Portuguesa de Futebol deu a melhor das notícias a todos os viseenses. A Selecção Nacional "A" irá realizar o estágio de preparação para o Euro2008, todo ele, na cidade de Viseu. O tempo é de festejar esta pequena 'grande' conquista
Por esta é que poucos esperavam.
A cidade de Viseu vai receber, entre 18 e 31 de Maio, a Selecção de Futebol, num estágio de preparação para o Campeonato da Europa que se realiza na Áustria e Suíça. A revelação foi feita pela Federação Portuguesa de Futebol no final da tarde de sexta-feira, tendo Viseu sido 'contemplado' com o enorme prestígio de receber as grandes estrelas do futebol português durante mais de semana e meia.Esta torna-se assim a maior conquista viseense, no plano desportivo, em 2008, depois de, numa operação de candidatura conjunta entre a Câmara Municipal de Viseu, Associação de Futebol de Viseu e Grupo Visabeira, estas entidades terem conseguido brindar os adeptos de futebol da região com uma oportunidade quase única.O local de treino deverá ser, naturalmente, o Estádio do Fontelo, sendo o que melhores condições tem para acolher a preparação de Portugal, embora outros locais devam ser integrados no estágio da Selecção. Sabe-se também que no dia 31 de Maio, no Fontelo, Portugal irá realizar um jogo amigável, embora o adversário ainda não seja conhecido.
Assim, Viseu tornar-se-á o centro das atenções desportivas, por onde deverão passear 'estrelas' como Cristiano Ronaldo, Nuno Gomes, Ricardo Quaresma, Deco, entre muitos outros.As consequências desta decisão só podem ser positivas para as 'terras de Viriato', quer no panorama turístico, cultural, económico ou desportivo.
Madaíl rendido às condições da cidade de Viseu
O presidente da Federação Portuguesa de Futebol mostrou-se confiante nas boas instalações desportivas da cidade de Viriato para acolher a Selecção. "Após ponderadas outras hipóteses que nos foram apresentadas, optámos por Viseu, que já havia manifestado a intenção de acolher a selecção antes do Mundial de 2006, em alternativa a Évora. A FPF tem a certeza de que encontrará nesta cidade todas as condições necessárias para fazer este estágio, num clima de tranquilidade, até porque a selecção estará em Viseu para trabalhar e para se preparar para um Europeu muito importante.
Madaíl mostrou-se ainda esperançado em que os viseenses dêem sorte à campanha portuguesa no Euro2008. "Estou certo que iremos ter em Viseu todo o apoio dos viseenses e pode ser que as terras de Viriato fiquem como um grande símbolo de um Campeonato tão importante quanto este Europeu.
Dirigentes da AF Viseu 'muito satisfeitos' com decisãoSabendo da importância da escolha de Viseu como local de estágio da Selecção, os dirigentes máximos da Associação de Futebol de Viseu não poderiam estar mais satisfeitos. Ao Diário de Viseu, José Alberto Ferreira, presidente da AF Viseu, manifestou-se emocionado. "Esta vitória, não é só da Associação, sendo ainda mais para as outras duas entidades que se associaram para esta candidatura: a Câmara Municipal de Viseu e o Grupo Visabeira". Acrescentou que "sem o seu apoio e disponibilidades das instalações que detêm, nunca seria possível à AF Viseu avançar para uma realização de tão grande envergadura. Estou muito satisfeito e até emocionado, porque este era um dos meus sonhos, antes de terminar o meu mandato como responsável máximo da Associação. Depois tenho que agradecer de forma muito reconhecida a quem, de imediato, acedeu ao nosso projecto e colocou no mesmo todo o seu empenhamento.
A Câmara Municipal vai disponibilizar a toda a comitiva as suas infra-estruturas desportivas, como o Complexo Desportivo do Fontelo, onde para além de dispor de campos relvados, sintéticos, piscinas, pavilhão, há também a própria Mata do Fontelo onde os jogadores e técnicos podem fazer toda a sua oxigenação, sempre importante para uma boa preparação com vista a enfrentar uma prova tão exigente como é o Campeonato da Europa".
Também Rui Faria, vice-presidente da AF Viseu e relações públicas da mesma, expressou a sua satisfação. "É uma alegria imensa para nós, porque isto vai engrandecer ainda mais o prestígio da AF Viseu, a quem temos dado o melhor de nós. É, ainda, um reconhecimento das nossas capacidades de organização que já foram demonstradas noutras situações, em que a FPF nos chamou para realizações internacionais. Vamos fazer tudo para que a Selecção se sinta rodeada de todas as condições necessárias ao desenvolvimento do seu trabalho inerentes a um bom estágio".
In Diário de Viseu (28-01-2008)

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Viseu recebe estágio da selecção portugesa de Futebol

Viseu vai ser o palco de um estágio da selecção nacional, de preparação para a fase final do Campeonato da Europa de 2008. O Hotel Montebelo vai receber, entre 18 e 31 de Maio, os homens de Luiz Felipe Scolari.

«Após ponderadas outras hipóteses que nos foram apresentadas, optámos por Viseu, que já havia manifestado a intenção de acolher a Selecção antes do Mundial de 2006, em alternativa a Évora. A F.P.F. tem a certeza que encontrará nesta cidade todas as condições necessárias para fazer este estágio, num clima de tranquilidade, até porque a Selecção estará em Viseu para trabalhar e para se preparar para um Europeu muito importante», referiu Gilberto Madaíl ao «site» da Federação Portuguesa de Futebol.

Gilberto Madaíl alongou a sua análise. «Estou certo que iremos ter em Viseu todo o apoio dos viseenses e pode ser que as terras de Viriato fiquem como um grande símbolo de um Campeonato tão importante quanto este Europeu. É uma grande oportunidade para os viseenses e para os Portugueses da Região Centro», explicou o responsável, acrescentando que Portugal vai realizar um jogo amigável a 31 de Maio, no Estádio do Fontelo.

Uma estadia com passagem pelo complexo desportivo do Fontelo e pelo Hotel e Golfe Montebelo. Sabe-se que a selecção procura alojamento de qualidade, que garanta privacidade, conforto e equipamentos para manutenção de forma física, como ginásios e piscinas. Equipamentos que uma unidade cinco estrelas como o Montebelo disponibiliza.
Campos relvados, e grandes espaços verdes, Viseu tem também em quantidade, e qualidade, no Fontelo e no Campo de Golfe da Visabeira.

O clima ameno de Viseu,
em finais de Maio, jogou a favor da escolha de Viseu.

Centro Histórico vai ter 2 parques subterrâneos

Vai ser projectada a construção de dois novos parques de estacionamento subterrâneo no centro histórico de Viseu. Um deles aproveitará o desnível já existentes no largo António José Pereira, por detrás do Museu de Grão Vasco, enquanto o outro surgirá no largo Mouzinho de Albuquerque, nas proximidades do Teatro Viriato.A construção dos dois equipamentos é preconizada pelo estudo estratégico para o centro histórico, elaborado pela ParqueExpo, que prevê mais três estruturas idênticas noutros locais, nomeadamente no largo do antigo hospital.

Ontem, durante a reunião do executivo, a Câmara Municipal de Viseu (CMV) deliberou entregar a elaboração dos projectos, mediante a assinatura de contratos programa, à Sociedade de Reabilitação Urbana (SRU), pelo valor global de 110 mil euros.
Fernando Ruas, o autarca viseense, não avança, para já, o conceito e tipologia dos novos parques de estacionamento e a forma de gestão futura."Está tudo em aberto. O número de lugares e a relação custo benefício serão determinantes para decidirmos quem vai construir e em que condições", explicou.
O primeiro parque do género existente na cidade de Viseu, no subsolo do largo de Santa Cristina, foi construído no sistema de concepção/construção pelo grupo Sonae que ficou detentor da sua exploração por algumas décadas. A concessão transitou, algum tempo depois, para um operador espanhol.
Fernando Ruas afirmou que a construção dos novos aparcamentos para veículos, no centro histórico, não visa preparar o terreno para o encerramento definitivo daquela zona ao trânsito.
"Nunca se colocou essa condição. O que sempre dissemos é que deixarão de circular carros naquela zona, quando entrarem em actividade os veículos eléctricos e o funicular que vai ligar a Feira de S. Mateus à Sé".
texto de Teresa Cardoso in Jornal de Notícias (25-01-2008)

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Dão/Lafões: Imagem agressiva na BTL

A Região de Turismo dão Lafões quer deixar marca na edição deste ano da Bolsa de Turismo de Lisboa. A aposta vai no sentido de uma imagem forte e agressiva, tendo em vista captar o público em geral, o turista tradicional e as empresas.
A Região de Turismo Dão Lafões (RTDL) apresenta hoje, na BTL, Bolsa de Turismo de Lisboa, “a nova imagem umbrella da região: Mundo de Experiências Dão Lafões”.
O presidente da RTDL, Adriano Azevedo, promete divulgar “uma imagem forte e agressiva”. O objectivo “é mostrar que a região tem produtos diversificados e complementares, capaz de cativar o público em geral, o turista tradicional, assim como as empresas, que podem fazer muitas das actividades de negócio e de lazer na zona da Dão/ Lafões”, referiu.
O stand, com 81 metros quadrados, que é o maior de sempre que a região apresenta na BTL, tem três balcões, onde a ideia marcante é o “Mundo de Experiências Dão Lafões”, que tem por base as cinco grandes marcas da região: as termas e SPA’s termais; as rotas Dão Lafões; os eventos da região; os sabores e o desporto activo.
Num dos balcões está o material dos diferentes operadores ligados às termas da região, com demonstrações ao vivo de técnicas termais, noutro, o material promocional de cada concelho e dos hotéis existentes na região e, num terceiro, em exclusivo, a divulgação das recentes rotas temáticas recentemente criadas: Viriato, Grão Vasco, Aquilino Ribeiro e o livro Amor de Perdição de Camilo Castelo Branco.
As rotas Dão Lafões pretendem ser “uma oferta devidamente estruturada, de modo a que os turistas, em cada ponto do país ou no estrangeiro, saibam que em Viseu há um programa organizado de que podem usufruir”. Os responsáveis da RTDL esperam que o facto das quatro figuras, em que assentam as rotas, serem muito conhecidas, possa atrair muitos visitantes”.
Durante 20.ª edição da BTL, que se prolongará até domingo, haverá ainda diversas actividades como sorteios diários com oferta de prémios variados ou provas de sabores com degustação de pratos da gastronomia típica da região, acções de divulgação das rotas Dão Lafões, e oferta de programas de bem-estar no espaço Spa Termal. Para Adriano Azevedo, a presença da RTDL na Bolas de Turismo de Lisboa, tem vindo a melhorar num certame que “é a maior montra do turismo nacional”.
António Figueiredo in Diário As Beiras (18-01-2008)

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

"Mexam-se pelo Centro Histórico", por Jorge Adolfo


Sociedade de Reabilitação Urbana - Viseu Novo

A Sociedade de Reabilitação Urbana - Viseu Novo é uma empresa de capitais públicos da Câmara Municipal de Viseu e do Estado (Instituto Nacional de Habitação) constituída em Dezembro de 2005. Tem como objectivo conduzir o processo de reabilitação urbana da Área Crítica de Recuperação e Reconversão Urbanística (ACRRU) de Viseu, onde se inclui na totalidade o centro histórico.
Um levantamento feito aos edifícios existentes naquela parte da cidade revelou manifestas deficiências, no que se refere a condições de solidez, segurança, habitabilidade e salubridade.
De um universo de 650 imóveis que constituem a ACRRU, verificou-se que 200 deles se encontram degradados. As patologias construtivas mais frequentes são: as humidades, as condensações (provocando o aparecimento de fungos e bolores) e as fissurações.
Entre os objectivos a concretizar pela Viseu Novo estão a melhoria das infraestruturas existentes, a manutenção das habitações, adequando as condições de habitabilidade às exigências da vida moderna, a revitalização das actividades económicas e dos locais de convívio e a reformulação do sistema de trânsito e do estacionamento.
Pretende-se também garantir as condições de segurança, habitabilidade e salubridade nos edifícios a intervir, assegurar os meios de protecção activa e passiva contra incêndios e providenciar suficientes áreas livres e de lazer. Além disso prevê-se também a melhoria do tecido social com vista a incrementar a fixação das populações.
in Diário de Viseu (14-01-2008)

Forças vivas da cidade empenhadas em devolver a vida ao centro histórico

Durante séculos a parte mais alta da cidade de Viseu, localizada à volta da Sé e que agora é conhecida como o centro histórico, foi o pólo de desenvolvimento do município. O pulsar da urbe sentia-se em todos os cantos, especialmente na Rua Direita e na Praça D. Duarte, com os seus inúmeros estabelecimentos comerciais. No entanto, com o passar dos anos, perdeu o fôlego de outros tempos e actualmente encontra-se em crise.
A desertificação do centro histórico, tanto a nível habitacional como comercial, é neste momento um dos problemas mais discutidos entre todos os viseenses. Na Assembleia Municipal de Viseu, e na sequência da entrega de uma petição assinada por 850 cidadãos em que se exigia um debate alargado sobre o assunto, os deputados falaram acerca dos problemas existentes e apresentaram possíveis soluções para reanimar o centro histórico.
Apesar de muitos já não viverem na parte mais antiga da cidade, a grande maioria foi criada nas ruas do centro histórico, como é o caso de Almeida Henriques, presidente da Assembleia Municipal. Os pais continuam a viver na Rua Direita e o responsável recordou a sua infância, quando aquela artéria estava cheia de vida graças às pessoas que faziam as suas compras nas inúmeras lojas existentes. Os jovens dirigiam-se todas as manhãs para a Escola Industrial e Comercial (actualmente Emídio Navarro) e à tarde era por ali que brincavam.
Os tempos mudaram, mas Almeida Henriques espera que seja possível devolver alguma dessa vida ao centro histórico. Entre as soluções apresentadas por ele está a descentralização de alguns serviços camarários para aquela parte da cidade e a criação de um centro comercial a céu aberto com lojas-âncora que chamem as pessoas.
Estudo de Enquadramento Estratégico
Esta última proposta consta do Estudo de Enquadramento Estratégico que a Sociedade de Reabilitação Urbana - Viseu Novo encomendou à Parque Expo e cujo primeiro esboço foi apresentado no final do ano pelo presidente da Câmara Municipal de Viseu, Fernando Ruas. Na mesma altura, o autarca prometeu um debate público alargado sobre as ideias que constam no documento assim que este estivesse concluído.
Entre as medidas propostas, que têm como propósito combater a desertificação e reanimar o comércio tradicional, está a criação de pelo menos quatro parques de estacionamento e de um centro comercial a céu aberto.
A intervenção (previsto está um investimento que rondará os 100 milhões de euros) permitirá a regeneração urbana em quatro categorias de princípios e de valores fundamentais, interligados entre si, designadamente ambiente e espaço público; desenvolvimento social, económico e cultural; património e reabilitação; mobilidade e transportes.
Algumas das obras deverão avançar em breve, prevendo-se que outras medidas se desenvolverão ao longo de uma década.No final, a autarquia espera ter conseguir aumentar não só o número de residentes no centro histórico, mas também os postos de trabalho. Além disso, deverão existir também novos espaços verdes e equipamentos de índole variada.

in Diário de Viseu (14-01-2008)

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Combóio






... Viseu teve comboios. As fotos provam, pelo menos, que teve uma estação.


"Mister"

conversas

“Esta época dava para escrever um livro triste”

E vão três.
A equipa de juniores do Académico de Viseu, a disputar o nacional de futebol da II Divisão, vai no terceiro técnico esta época.
Vítor Santos sucede a Vitó, que havia rendido Paulo Chaves.
Assume o desafio com a convicção que é preciso mudar muita coisa no futebol jovem do clube.
(+)

in Jornal do Centro (11-01-2008)


in Diário de Viseu (08-01-2008)


Académico

Vítor Santos assume comando técnico dos Juniores do Académico
Depois de Paulo Chaves e Professor Vitó, a equipa do Académico de Viseu, que disputa o Campeonato Nacional da 2.ª Divisão, volta a mudar de treinador.
A mudança de treinador deve-se ao facto de a época desportiva estar a defraudar as expectativas dos adeptos academistas que tinham grandes esperanças no inicio da temporada.
Vítor Santos terá a colaboração do Professor Pedro Martins e é com esta equipa técnica que a equipa de Viseu vai tentar ainda a manutenção no Nacional da categoria.

in viseumais em Segunda, Janeiro 07

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

"Centro Histórico: Socorro", opinião de Hélder Amaral

(clicar na imagem para aumentar)
In Diário de Viseu (07 de Janeiro de 2008)

Casinhas do norte da Europa inovaram festas natalícias

As duas dezenas de casinhas que emprestaram ao Natal dos viseenses um ambiente ao bom estilo do norte da Europa com a oferta, em pleno Rossio, de bebidas quentes, doces, flores, vinhos e artesanato, vão regressar na próxima quadra. Em maior número, com uma oferta mais diversificada de produtos e com uma aposta mais firme na gastronomia regional.


A decisão foi avançada ontem pela organização durante o encerramento dos programas festivos. A cerimónia ficou ainda marcada pela eleição, entre as duas dezenas de aderentes, da casinha de Natal mais bem decorada o "Jardim da Ângela".O encerramento dos festejos natalícios, em dia de Reis, foi pretexto para que mais de uma dezena de colectividades do concelho viessem à cidade cantar as Janeiras. Uma manifestação cultural com raízes antigas na região, que atraiu ao Rossio centenas de pessoas.


Fernando Ruas, presidente da autarquia, sublinhou a importância das associações na concretização do programa "Viseu a minha terra Natal". "Estiveram presentes no Presépio Vivo, nos Cânticos de Reis e nos encontros de cantares realizados nas freguesias. Sem elas, seria muito difícil pôr este projecto em marcha", reconheceu.


Organização assumiu riscos


A Câmara de Viseu, a Associação de Comerciantes e a Região de Turismo Dão Lafões admitem ter corrido "riscos" ao porem em marcha o projecto de animação, sobretudo a compra das casinhas que animam o Natal em alguns países do norte da Europa. "Foi uma ideia pioneira e a reacção dos viseenses era uma incógnita. Afinal, foi um sucesso. Não me lembro de um 23 de Dezembro com tantos viseenses na rua", confessou Ruas.

"Queríamos ajudar os comerciantes a combater a crise e creio que o conseguimos. Para o ano vamos melhorar a oferta de animação. O lançamento de neve verdadeira vai depender dos custos", afirmou Gualter Mirandez, da Associação de Comerciantes.

Adriano Azevedo, presidente do Turismo, admitiu que é com acções inovadoras, como as deste ano, que se atraem mais visitantes à região.


Texto e foto de Teresa Cardoso in Jornal de Notícias (07-01-2008)

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Centro histórico: Projecto da Parque Expo vai estar em discussão pública

Mais população e postos de trabalho
A Câmara Municipal promete promover em breve um debate quando for apresentado o estudo que encomendou para a parte antiga da cidade.
Investimento ronda dos 100 milhões de euros.
O relatório sobre o centro histórico de Viseu, que a Câmara Municipal encomendou à sociedade Parque Expo, será em breve publicamente apresentado.
De acordo com as primeiras indicações avançadas pelo município, “o estudo estrutura a intervenção em quatro categorias de princípios e de valores fundamentais interligados entre si”: ambiente e espaço público; desenvolvimento social, económico e cultural; património e reabilitação; mobilidade e transportes.
Depois de concretizado um primeiro conjunto de intervenções, ainda não conhecidas, “e que se desenvolverão ao longo de uma década”, o estudo prevê “um acréscimo da população; um aumento do número de postos de trabalho; a disponibilização de novas estruturas de verde para fruição pública; o aumento do número de lugares de estacionamento automóvel; um sensível aumento do valor dos metros quadrados a reabilitar; novas construções e novos equipamentos de índole variada”.
De acordo o estudo, o investimento previsto é de 100 milhões de euros, cabendo 70 milhões à iniciativa privada e os restantes 30 a entidades públicas, segundo dados avançados pelo presidente do município, Fernando Ruas, na última reunião da Assembleia Municipal.
Deputados de todos os partidos reconhecerem que é preciso fazer “alguma coisa pelo centro histórico”. A oposição considerou o actual executivo da câmara, há 18 anos no poder, como o principal responsável pela situação a que se chegou.
Durante a discussão, foram avançadas algumas ideias – entre elas, criar no centro histórico uma residência de estudantes; levar para lá a loja do cidadão e outros serviços públicos; criar o cartão de residente para que as pessoas que ali vivem possam levar com o carro as compras até à porta de casa, sem terem que andar a carregar com os sacos; criar um prémio para a melhor reabilitação do património.
Para o autarca, estas e outras sugestões poderão ser apresentadas quando o estudo da Parque Expo for colocado em discussão pública. Fernando Ruas alertou, todavia, que poderão ou não ser integradas, de acordo com os responsáveis pela elaboração do estudo. Um recado dirigido às galerias do público onde estavam representantes do movimento de cidadãos que recolheu cerca de 800 assinaturas para uma petição, em que era solicitado aos órgãos autárquicos a realização de um debate sobre a revitalização do centro histórico.
No período reservado às intervenções do público, quatro desses elementos usaram da palavra. Congratularam-se com a discussão pública a que vai ser sujeito o estudo da Parque Expo, mas lamentaram que a AM tivesse rejeitado propostas de organização de um debate mais alargado.
Vergonha
As intervenções do público criaram algum incómodo no presidente da câmara, que, embora não sendo hábito, como realçou, pediu para falar depois das tomadas de posição dos cidadãos que estavam nas galerias. Lembrou que ele é o legítimo representante das populações e que, por isso, estes movimentos não podem reclamar para si a exclusividade da representatividade dos cidadãos, “porque nós, que estamos aqui dentro, é que representamos os outros”. Sobre as críticas ao estudo da DECO, Fernando Ruas lamentou que alguns viseenses ponham em causa esse mesmo estudo. “Eu faço ideia se a nossa posição fosse ao contrário. O estudo da Proteste valia, tinha amostra técnica e tinha tudo isso”, referiu.
Ainda em resposta a Fernando Figueiredo, antigo proprietário da livraria da praça, que fechou no centro histórico por falta de movimento, o presidente da câmara, lembrando que o conhecia desde pequeno, disse “ter a certeza que com o Fernando Figueiredo o centro histórico não estaria na situação em que está”.
“Seria bom que os projectos em que se mete (Fernando Figueiredo) fossem levados até ao fim com a mesma vontade e desejo que aqui demonstrou”, referiu o autarca. Nesta altura, ouviu-se das galerias um berro com a palavra “vergonha”. Na sala da Assembleia Municipal fez-se silêncio. Fernando Ruas perguntou, então, se “isso era permitido”, o que levou o presidente da AM a apelar ao comportamento do público, porque aquela era “uma casa onde as pessoas se comportam com civilidade”.
Estudo da DECO posto em causa
Durante uma das quatro intervenções do público, Fernando Figueiredo, para além das considerações sobre o presente e futuro da zona mais antiga da cidade, referiu-se ao estudo da DECO que aponta Viseu como a cidade com a melhor qualidade de vida do país. Disse ser um estudo “não científico, feito em 18 distritos, onde 2.200 pessoas, assinantes da revista Proteste, o que dá uma média de 122 pessoas, resolveram responder a uma série itens. Não é exactamente igual a um estudo que a Proteste faça sobre máquinas de lavar, que é uma coisa extremamente objectiva”.
Embora realce que o resultado lhe agrada, “porque é em Viseu que vive e quer viver, alertou para a falta de ficha técnica".

texto de António Figueiredo in Diário As Beiras