terça-feira, 28 de novembro de 2006

Em 2006

UMA AMIZADE PARA A VIDA
“Puro pretensiosismo!” - Pensarão alguns...
“Barões?
Ainda por cima da Sé?
Quem pensarão estes gajos que são?...”
Se há algo que os Barões da Sé são é pretensiosos!
E orgulhosos... Ou melhor; realistas!...
A Sé de Viseu foi algo que nós vivemos, usufruímos, comungámos, preservámos.
E foi – e será - um cenário esplendoroso para todos nós quando nos abeirávamos das janelas das casas onde nascemos! E crescemos!
A Sé é, portanto, nossa! E de todos os que a visitam na colina onde, todos nós Barões, deixámos raízes...
Quanto aos Barões! Porque esperar por uma herança nobiliárquica de família, se todos nós nunca a teremos?
Somos Barões porque partilhámos algo que hoje rareia nas cada vez mais inumanas torres de betão!
Somos Barões porque partilhámos uma rua, uma calçada, uma escadaria, uma bola, um baralho de cartas, uma ida à piscina nas manhãs domingueiras, uma piada, um cigarro, uma asneira, uma travessura, uma conversa, um namoro, uma briga, um cachaço, uma amizade!...
É isso que nos une! Uniu, une e unirá!
Uma amizade para a vida!
Quem a tem só poderá ser Barão! Ou até Rei de um reino de sorrisos, abraços e conversas em reencontros que se repetem há 11 anos...
Alguém duvida da justeza do título? No dia 3 de Junho, com a Sé por fundo, pela décima primeira vez, estivémos a brindar à Nobreza da amizade!
Abram alas aos Barões!
Os “Barões da Sé”...

Sonho de Natal (2004)

A minha cidade (desportiva) do meu Sonho de Natal

Vivo num País, pequeno, com muito sol e mar. Neste meu País as pessoas lutaram muito para conseguirem a liberdade.
Hoje já existe essa liberdade e essas pessoas já fizeram a sua parte. Os seus filhos ficaram com a sorte de poderem trabalhar um projecto de um País novo, moderno e solidário.
Mas o tempo foi passando e tudo se consumiu num só dia. Foram-se os anéis e nem os dedos ficaram. A luta pelo poder foi-se apoderando dos habitantes deste meu País e quase nada foi pensado e construído, com qualidade, para as gerações que se lhe seguem.
O mérito, o valor parecem não ser exigências para quem tem a responsabilidade de projectar, construir, dirigir e decidir.
No meu País os profissionais do desporto descansam na quadra natalícia e os amadores jogam!
Mas a minha cidade é linda, neste meu sonho. Aos fins-de-semana é ver as crianças e os jovens a praticarem desporto com os que vêm de outras paragens. É uma festa andar pelas ruas, pelos cafés que existem e que estão abertos aos fins-de-semana no Centro da minha cidade. As cores misturam-se, os sotaques são variados.
O parque desportivo da minha cidade está inserido numa área que é uma bênção da natureza. Aqui há um Pavilhão Multiusos vocacionado para a prática desportiva de várias modalidades e está inserido no local próprio e não onde se comercializam produtos e serviços.
Os campos, vários, são relvados (natural ou artificialmente). Vários jogos se realizam naqueles espaços com muitos familiares, amigos e visitantes a aplaudirem e a viverem momentos felizes de convívio, promovidos pelo desporto.
Neste parque desportivo ouvem-se os cânticos saídos do Pavilhão Multiusos que nos orgulha, onde vários jogos, das mais diversas modalidades, se realizam de uma forma contínua. Das modernas Piscinas são os aplausos que mais se fazem ouvir.
Nesta minha cidade reconstruiu-se uma casa antiga que serve de apoio ao desporto, a todos os desportistas e acompanhantes. São informações, são roteiros turísticos, é o restaurante, é o lar de atletas, são as Associações, de tudo que esta nossa Casa de Desporto congrega.
O fim-de-semana acaba em beleza com a realização do jogo de futebol do clube da minha cidade.
O Campo de futebol foi pensado e reconstruído faseadamente, não vai sendo remendado. Tem o nome da minha cidade desenhada nas cadeiras das bancadas e não umas simples 3 letras que não transmitem mensagem nenhuma. Milhares de pessoas vibram neste Campo da minha cidade. Não lembro qual o resultado, nem é importante. Lembro é que todos recolhem a casa sorrindo e com a certeza que viram um excelente espectáculo, numa casa bonita e em que não houve lugar a que alguém se sentisse defraudado.
No clube da minha cidade os atletas profissionais recebem os ordenados! Na minha cidade há Formação e Alta competição.
Nesta minha cidade não há protagonistas. Na minha cidade há desportistas, políticos, académicos, militares, etc. Cada um tem a sua função e todos têm o mesmo objectivo: engrandecer desportivamente, socialmente e culturalmente a minha cidade.
A todos os homens que constroem, diariamente, esta minha cidade agradecemos humildemente por pensarem nas nossas crianças, nos nossos jovens, no nosso bem-estar. Não é fácil construir esta minha cidade. Mas é com muito orgulho que dizemos: esta é a nossa linda cidade.
Assim o meu País fica um pouco melhor, pelo exemplo positivo da minha cidade do meu Sonho de Natal.
Vítor Santos in Mo(vi)mentos, dezembro de 2004

terça-feira, 14 de novembro de 2006

Ensino do português com pronúncia de Viseu

Ensino- Tradição

Abriu em Cascais a primeira creche que tem como objectivo o ensino do português com pronúncia de Viseu. Algo que se está a perder ou a adulterar devido ao aparecimento nos ultimos tempos da televisão e influencias da emigração. Os fundadores da instituição têm como objectivo avançar para o madeirense e mais tarde para o açoriano de rabo de peixe. Esta aposta na internacionalização justifica a escolha de cascais, já que é aqui que habitam muitos dos diplomatas estrangeiros que o português que conhecem é exactamente este.

Centro histórico traz atracção à cidade

Fernando Ruas, presidente da Câmara Municipal de Viseu, disse que é necessário cuidar de todo o concelho, mas que o Centro Histórico da cidade requer atenção especial, pela atracção e fascínio...

... que exerce sobre as pessoas, essencialmente nos turistas. Só por isso, para além do interesse em preservar todo o local para o deixar intacto (melhorado) aos vindouros, justifica a atenção e os investimentos ali têm realizados e que se façam.
A médio prazo, há problemas que poderão ser resolvidos, atenuando as coisas, de modo que os habitantes possam fruir do local, pela noite fora, sem serem perturbados como está a acontecer.
E para isso tem ideias.
Ideias que não se resolverão de um momento para o outro, por conseguinte, estão a ser dados os primeiros passos para que algumas das situações comecem a ser invertidas.
Para Fernando Ruas, as freguesias ‘urbanas’ têm que ser olhadas como um todo, investindo-se globalmente. Mas reconheceu que o núcleo concelhio/urbano, onde está concentrado a sua maior documentação histórica, considerado o coração da cidade, é também a parte que nos traz responsabilidades acrescidas e a que não poderemos fugir, face à atracção espectacular que exerce sobre os turistas.
É o que traz memória à cidade, e, naturalmente, problemas. Mas há problemas que não se podem resolver directamente, nem de per si. O executivo pode decidir e ‘actuar ao nível da recuperação dos passeios e pavimentos das ruas, melhorando os equipamentos urbanos’.
Porém, há outros que são bem mais difíceis de equacionar e de que as pessoas, que residem no centro histórico acabam por ser vítimas.
‘É difícil, neste momento, conciliar os interesses. É extremamente complicado’.
Por um lado, são as pessoas a entenderem que ele deverá ter vida nocturna e, por outro, são os residentes e até os vizinhos (…) que não suportam tal movimentação, para lá das horas tidas como ‘decentes’… Longe de ser um projecto, Fernando Ruas disse que tem em mente, aliás, já o feriu noutras ocasiões, uma ideia que queria ver levada à prática, aproveitando a zona ribeirinha, em requalificação, de modo a que a animação nocturna tivesse ali o seu ‘habitat’, funcionando com horário mais alargado.
‘Vamos ver se temos condições financeiras para poder dar corpo a este projecto’. Assim, já o centro histórico poderia receber as pessoas, entre o final e início de um novo dia, passando, depois, o movimento para uma ‘banda de bares, na zona ribeirinha’.
‘Vamos ver, - adiantou o presidente da Câmara Municipal – ‘se é possível fazer este investimento’. De qualquer forma, Viseu está no rol das cidades com zonas históricas que ‘temos de preservar’ e que muitas outras localidades gostariam também de ter, dentro dos seus muros.

in Noticias de Viseu (13-11-2006)

quarta-feira, 8 de novembro de 2006

A Latoaria de "trás da Sé"

Artesão mantém viva tradição da latoaria em Viseu
A latoaria está em vias de extinção, sendo cada vez mais ameaçada pela utilização de novos materiais.
Há ainda, no entanto, quem tente manter viva esta tradição de trabalhar a folha da Flandres, não deixando que a profissão caia no esquecimento.
António de Jesus Carvalho é um desses exemplos. Aos 72 anos, o proprietário de "A Latoaria", situada nas traseiras da Sé Catedral de Viseu, em pleno centro histórico, não se lembra de alguma vez ter tido "outra arte", que ainda assegura no único estabelecimento do género na cidade.
Apesar das dificuldades e de, tal como afirma, "haver dias melhores do que outros", este é um trabalho que, embora esteja ameaçado, mantém por "carolice". Mesmo que a saúde nem sempre ajude e o obrigue "a resguardar-se mais", o artesão teima em pegar no martelo para dar aos objectos a forma desejada. As lanternas de modelo antigo são o "ex-libris" deste espaço comercial com 48 anos. Mas é também possível encontrar funis, regadores ou cântaros, lamparinas a petróleo, almotolias (onde se guarda o azeite) e pequenas peças de artesanato, que não deixam indiferentes quem por ali passa.
Inovar
Para manter a actividade, António de Jesus Carvalho dedica-se também a "inventar peças novas" ou a dar resposta a encomendas. "São sobretudo as pessoas que estão a requalificar casas antigas ou proprietários de espaços de Turismo de Habitação que vêm até cá comprar as lanternas", afirma, acrescentando que "já sabem o que podem encontrar nesta loja".
"Os objectos são todos feitos por mim", nota o proprietário. "Estamos sempre a aprender, o importante é usar a experiência para ver a melhor forma de criar as peças", defende.
Desde os dez anos de idade que este artista se habituou a conviver com a folha da Flandres, dedicando-se inicialmente "a fazer caleiras para telhados".
"Mas o que gostava mesmo era desta vertente do artesanato, na qual trabalhava sempre que podia", sublinha.
Amor à arte
"Foi aqui que me governei", recorda o artífice, que faz um balanço "positivo" da quase meia centena de anos em que tem o estabelecimento aberto ao público.
"A situação não está fácil, por isso qualquer coisa que se apure já é bem vinda", aponta, referindo que "o que compensa é mesmo o gosto por esta arte".
"Antigamente era uma área em que muita gente trabalhava, mas agora já só resto eu na cidade", afirma, acrescentando que "esta actividade dá para ir vivendo".
Ainda assim há uma certeza que ensombra "A Latoaria". "Lembro-me muitas vezes que isto amanhã pode acabar, porque os filhos não quiseram seguir esta área, para a qual também é preciso ter 'queda'", lamenta, adiantando que lhe "custa ter a oficina fechada".


AM in Diário Regional de Viseu (08-11-2006)

segunda-feira, 6 de novembro de 2006

Indo eu, indo eu... a caminho de Viseu

Indo Eu Indo eu,
indo eu,a caminho de Viseu,
Indo eu, indo eu,
a caminho de Viseu,
Encontrei o meu amor,
ai Jesus que lá vou eu,
Encontrei o meu amor,
ai Jesus que lá vou eu,
Ora zuz, truz, truz,
ora zás, traz, traz,
Ora zuz, truz, truz,
ora zás, traz, traz,
ora chega, chega, chega,
ora arreda lá p'ra trás,
ora chega, chega, chega,
ora arreda lá p'ra trás.