terça-feira, 30 de setembro de 2008

Trazer Loja do cidadão para o centro histórico

O Perspectivas, da autoria de Alexandre Pinto, é um programa onde se abordam questões e problemáticas de cidadania que dizem respeito a todos nós. Questões do âmbito económico, político, social e cultural.
Temas Abordados:
- Petição pela revitalização do centro histórico
- Trazer Loja do cidadão para o centro histórico

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Rally de Portugal Historico 2008

O III Rali de Portugal Histórico está aí!
De 8 a 12 de Outubro vai estar na estrada uma prova que conjuga um elevado nível competitivo, a descoberta de zonas menos conhecidas do país e o convívio entre todos os concorrentes.
No capítulo desportivo, a 3ª edição do Rali de Portugal Histórico propõe um percurso com cerca de 1750 quilómetros, desenhado em carismáticas estradas de asfalto que privilegiam a condução de automóveis clássicos. Serão disputadas 38 provas de classificação (quase 550 quilómetros), nas quais serão montados 280 controlos de regularidade!
A segurança, que constitui um dos pontos fortes do Rali de Portugal Histórico, será ainda incrementada na edição deste ano, ao mesmo tempo que serão concedidas maiores facilidades para assistência aos veículos participantes.
Como é tradicional, os concorrentes beneficiarão, entre outras atenções, de alojamento e refeições de qualidade, procurando aumentar o convívio entre todos os participantes.



09 Out 2008 (5ª feira) 19h45m
Chegada da 2ª etapa Viseu

10 Out 2008 (6ª feira) 07.45
Partida da 3ª etapa Viseu
Chegada da 3ª etapa Viseu 19.30

11 Out 2008 (sábado)
08.45 Partida da 4ª etapa Viseu


O francês jean pierre nicolas é um dos principais inscritos na edição 2008 do rali de portugal histórico que vai estar na estrada entre 8 e 12 de outubro próximo. com mais de uma centena de pilotos participantes esta prova vai percorrer traças do histórico rally de portugal. jean pierre nicolas foi vencedor, em 1971, do tap rally de portugal, fazendo então equipa com jean todt, tripulando um alpine renault 1600. desta feita corre no mesmo carro mas com motor 1800.


Com base na experiência de sucesso das duas primeiras edições, o percurso deste ano terá uma extensão aproximada de 1750 kms e foi desenhado nas mais carismáticas estradas de terra das edições das décadas de 70, 80 e 90, hoje já asfaltas. Nesta prova de regularidade, serão disputadas 38 Provas Especiais de Classificação, num total de cerca de 550 kms, onde os pilotos terão de estar especialmente atentos ao cumprimento das médias.
O Rally de Portugal Histórico vai ter a sua partida no Autódromo do Estoril, no dia 8, quarta-feira, com uma primeira ligação a Tomar. Na quinta-feira, dia 9, os concorrentes saem de Tomar e rumam a Viseu, onde os espectadores vão ter uma oportunidade de contacto com toda a comitiva, uma vez aque está previsto para aquela cidade, a colocação do pódio final de etapa bem no centro da cidade e terá ainda lugar, já na sexta-feira, dia 10, a partir das 19.30h a prova de slalom na Avenida Europa, à chegada da terceira etapa, Viseu/Viseu. Em Viseu o Rally de Portugal Histórico vai percorrer algumas das mais emblemáticas estradas do antigo rali, que terá um parque fechado em Lamego.
Finalmente, no sábado, dia 11, será o regresso a sul, uma vez com a disputa de PEC’s como Montejunto, uma clássica do Tap e Rali Vinho do Porto e, a fechar, a tradicional noite de Sintra que suscita sempre a presença de muito público nas antigas provas especiais da Lagoa Azul ou Peninha. No domingo às 10.30h não perca o slalom na Marina de Cascais, seguido de distribuição de prémios.



quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Região Demarcada do Dão faz 100 anos

A primeira região portuguesa produtora de vinhos não licorosos a ser demarcada e regulamentada faz esta quinta-feira cem anos, informa a Lusa. A 18 de Setembro de 1908, o Estado Português lançou as bases da constituição da Região Demarcada do Dão, que hoje em dia ocupa cerca de 388 mil hectares, sendo que 20 mil são de vinhas.
Ao longo destes cem anos, o presidente da Comissão Vitivinícola Regional (CVR) do Dão, Valdemar de Freitas, acredita que «o Dão conseguiu ser a região por excelência dos vinhos não licorosos em Portugal».
«Com uma forte tradição, a Região Demarcada do Dão conseguiu afirmar os seus vinhos através de características muito particulares: a elegância, a elevada capacidade de envelhecimento e a capacidade de acompanhamento de variadas criações gastronómicas», disse Valdemar de Freitas.

Público-alvo tem 25-35 anos

Em 2008, o objectivo da CVR do Dão é «reforçar a ideia que os vinhos da região são sinónimo de qualidade e, a médio prazo, identificar mercados-alvo para exportação».
A CVR do Dão identificou como público-alvo o segmento de consumidores entre os 25 e os 35 anos e é a eles que se dirige a «estratégia de marketing, comunicação e imagem dos Vinhos do Dão que está em execução». Uma estratégia que tem por base o contacto directo e a aproximação, porque a CVR acredita que é assim que os consumidores são conquistados.
As comemorações
Dessa estratégia fazem parte as iniciativas de celebração do centenário. Quinta-feira a festa faz-se no Solar do Vinho do Dão e na sexta-feira em Lisboa, com um jantar seguido de uma «noite mágica dos vinhos do Dão».
«Dia 26 de Setembro, em Viseu, vamos entronizar personalidades de relevo de diferentes sectores da sociedade portuguesa na cerimónia de entronização de novos confrades da Confraria dos Enófilos do Dão», revelou o presidente da CVR do Dão.
De acordo com Valdemar de Freitas, por ano são produzidos naquela região cerca de 50 milhões de litros de vinho no Dão, dos quais 40 a 50 por cento são susceptíveis de obterem a denominação de Origem.

As sete sub-regiões do Dão

Na CVR estão inscritos à volta de 200 agentes económicos, a que se juntam mais alguns milhares de viticultores que entregam as uvas produzidas a empresas da região e adegas cooperativas, e outros que utilizam as pequenas quantidades produzidas para consumo próprio.
A Região Demarcada do Dão está segmentada em sete sub-regiões: Alva (municípios de Oliveira do Hospital e Tábua), Besteiros (municípios de Mortágua, Santa Comba Dão e 22 freguesias de Tondela), Castendo (municípios de Penalva do Castelo e duas freguesias do Sátão), Serra da Estrela (19 freguesias do município de Gouveia e 19 freguesias de Seia), Silgueiros (cinco freguesias de Viseu), Azurara (município de Mangualde) e Terras de Senhorim (municípios de Carregal do Sal e Nelas).

Cada ano, produz cerca de 50 milhões de litros de vinho
in Portugal Diário (17-09-2008)

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Viseu assume-se berço de D. Afonso Henriques


Em 2009 faz 900 anos que nasceu D. Afonso Henriques. E nasceu onde? Ao certo, ao certo ninguém sabe, mas Viseu e Guimarães vão assinalar a efeméride, como se o rei tivesse nascido nas suas cidades.
Onde terá nascido D. Afonso Henriques? Guimarães ou Viseu? Uma tese de Almeida Fernandes, subscrita por outros historiadores, como José Mattoso e Henrique Barrilaro Ruas, defende que o rei-fundador nasceu em Viseu.

Aproveitando a convicção histórica dos académicos, o presidente da Câmara de Viseu, Fernando Ruas, quer comemorar em grande, em 2009, os 900 anos do nascimento do primeiro rei de Portugal, assumindo-se Viseu como cidade berço do monarca conquistador. "Sem polémicas com Guimarães", diz o autarca.
"Guimarães sempre defendeu que é o berço da nacionalidade, e nós achamos que essas coisas não são incompatíveis. O rei podia aqui ter nascido e fundar o berço da nacionalidade em Guimarães. Deixo isso para os estudiosos", afirma Fernando Ruas.

"Sempre achei que os políticos deviam actuar a jusante das conclusões académicas. Os historiadores dizem, sem dúvidas, que o rei nasceu aqui, e nós não podíamos deixar de dar força a esta constatação.

Portanto, vamos comemorar em Viseu os 900 anos do nascimento de D. Afonso Henriques, sem problema, sem 'guerra' ou polémica com Guimarães", explica o autarca.
"Se viessem académicos contraditar esta ideia, e dizer que afinal Almeida Fernandes estava equivocado - embora o que pareça é o inverso, porque cada vez há mais historiadores a defender a posição dele - é evidente que também não alimentaríamos nenhuma polémica", admite Fernando Ruas.

"Nasceu em Guimarães e morreu em Coimbra, onde está sepultado", lê-se no sítio da Câmara Municipal de Guimarães.
"É um assunto que não nos suscita qualquer incómodo. Trata-se de matéria relativamente à qual existem poucas fontes e, como tal, dificilmente se chegará a uma conclusão incontestada. O que defendemos e apreciamos, isso sim, é que a figura de D. Afonso Henriques continue, ainda hoje, a ser objecto de estudos e investigação históricos, porque só assim se faz jus à vida e obra do nosso primeiro monarca", refere ao JN o presidente da Câmara de Guimarães, António Magalhães.

Uma tese partilhada por Amaro das Neves. "D. Afonso Henriques não é importante por ter nascido em Guimarães, em Viseu ou em Coimbra, mas pelo país que ajudou a nascer", argumenta. "Não é um assunto transcendente da nossa história e não altera em nada a ligação do rei a Guimarães", enfatiza.
Para Barroso da Fonte, autor de um livro sobre o monarca, "não faz sentido que tivesse nascido em Viseu e fosse baptizado em Guimarães, porque, na altura, era hábito o baptizado ser imediatamente após o nascimento". Admitindo que "não há nada escrito que o ateste, tenho 99 por cento de certeza de que nasceu em Guimarães".

Em que ano nasceu D. Afonso Henriques, primeiro rei de Portugal? O ano ao certo ninguém sabe, mas 1109 é a data mais consensual entre historiadores. E Guimarães, como Viseu, vai também assinalar os 900 do nascimento.

Texto in Jornal de Noticias (16-09-2008)

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Nova petição em defesa do centro histórico de Viseu

O Movimento de Cidadãos de Viseu prepara-se para lançar uma nova petição em defesa do centro histórico da cidade. Desta vez, o abaixo-assinado reivindica a instalação da nova Loja do Cidadão, na zona histórica.
A proposta resultou do primeiro debate realizado em Maio, no Solar dos Peixotos. Num artigo de opinião desenvolvido nesta edição, o porta-voz do movimento, Alexandre Azevedo Pinto explica que a eventual "saída deste importante serviço público da actual localização, deveria ser orientada para uma nova localização na zona histórica e não para novas zonas de forte expansão urbana e de grande especulação imobiliária".
O movimento lembra aos decisores políticos que se trata de "uma oportunidade única que não pode ser ignorada" e desafia os deputados municipais e da Assembleia da República eleitos pelo distrito, a subscreverem a petição.
Alexandre Pinto adianta que a transferência da Loja do Cidadão vai "levar mais gente ao centro histórico" e permite "arrastar novos investimentos privados" para aquela zona da cidade.
O documento vai estar nas principais ruas de Viseu para ser subscrita pelos cidadãos. O movimento adianta que será depois entregue ao primeiro-ministro, José Sócrates e ao presidente da Câmara de Viseu, Fernando Ruas.
Texto deEmilia Amaral in Jornal do Centro, ed. 339, 12 de Setembro de 2008

Opinião: "Quando os factos falam por si..."

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Amigos, ainda…

Um dia a maioria de nós irá separar-se.
Sentiremos saudades de todas as conversas
jogadas fora,
das descobertas que fizemos, dos sonhos
que tivemos, dos tantos risos e
momentos que partilhamos.
Saudades até dos momentos de lágrimas, da
angústia, das vésperas dos finais de semana, dos finais de ano, enfim…
do companheirismo vivido.
Sempre pensei que as amizades
continuassem para sempre.
Hoje não tenho mais tanta certeza disso.
Em breve cada um vai para seu lado, seja
pelo destino ou por algum
desentendimento, segue a sua vida.
Talvez continuemos a nos encontrar, quem
sabe…nas cartas que trocaremos.
Podemos falar ao telefone e dizer algumas
tolices…
Aí, os dias vão passar, meses…anos… até
este contacto se tornar
cada vez mais raro.
Vamo-nos perder no tempo….
Um dia os nossos filhos verão as nossas
fotografias e perguntarão:
“Quem são aquelas pessoas?”
Diremos…que eram nossos amigos e……
isso vai doer tanto!
“Foram meus amigos, foi com eles que vivi
tantos bons anos da minha vida!”
A saudade vai apertar bem dentro do peito.
Vai dar vontade de ligar, ouvir aquelas vozes
novamente……
Quando o nosso grupo estiver incompleto…
reunir-nos-emos para um último
adeus de um amigo.
E, entre lágrima abraçar-nos-emos.
Então faremos promessas de nos encontrar
mais vezes daquele dia em diante.
Por fim, cada um vai para o seu lado para
continuar a viver a sua vida,
isolada do passado.
E perder-nos-emos no tempo…..
Por isso, fica aqui um pedido deste humilde
amigo: não deixes que a vida
passe em branco, e que pequenas
adversidades sejam a causa de grandes
tempestades….
Eu poderia suportar, embora não sem dor,

que tivessem morrido todos os
meus amores, mas enlouqueceria se
morressem todos os meus amigos!



Fernando Pessoa

Obra emblemática do "Polis"

in Jornal da Beira (11-09-2008)

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

8 de Setembro: Nossa Senhora dos Remédios

É bem conhecida de todos os viseenses a pequena Capela da Nossa Sr.ª dos Remédios, colada ao Arco dos Melos, na Praça da Erva ou Largo Pintor Gata.
A sua Padroeira é sempre homenageada no seu dia próprio, 8 de Setembro. Sê-lo-á de novo hoje.

Hoje às 19h realiza-se a missa seguida de procissão com a venerada imagem da Virgem.




Capela da Senhora dos Remédios - está situada no largo do Pintor Gata (antiga "Praça da Erva"), nas vizinhanças da Porta do Soar. Foi construída à custa das esmolas dos devotos, em 1742, possui uma planta octogonal e no seu interior existe a imagem do oráculo em pedra de Ançã, policromada. Reedificação do século XVIII de outra capela mais antiga (do século XVI), Capela de S. Sebastião está situada no pequeno largo do mesmo nome. No interior, possui um retábulo dos finais do século XVIII, inícios do século XIX, branco e dourado, testemunho da transição do Rococó para o novo estilo, o Neoclássico.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Drogaria Moderna: uma loja como havia antigamente

in Diário de Noticias (05-09-2008)

Viseu é uma das cidades com menos geminações... mas muito procurada

A cidade de Viseu vai geminar-se com a de Haskovo, localizada no distrito com o mesmo nome, na Bulgária. O protocolo vai permitir o estreitamento das ligações entre ambas as urbes, assim como o estabelecimento de intercâmbios ao níveis social, educativo e económico.Para o município viseense, são grandes as expectativas em relação a esta parceria.

Para o presidente da Câmara, Fernando Ruas, trata-se de uma cidade "muito parecida com a nossa" e com muitas potencialidades, uma vez que faz parte da União Europeia. Apesar de ainda apresentar algumas carências e de a língua ser bastante diferente, o autarca considera que vai ser bastante provável haver jovens viseenses a deslocarem-se até Haskovo, para trabalhar.
Por outro lado, Fernando Ruas destaca o facto de haver, já actualmente, uma comunidade significativa de cidadãos búlgaros a residir no distrito.
Em contrapartida, anunciou o autarca, está prevista a visita de uma comitiva de empresários daquele país a Viseu, sobretudo com o intuito de conhecerem o trabalho que se tem feito na área das energias renováveis.

Outros nomes
A cidade de Hascovo vem juntar-se a Marly-le-Roy (França), São Filipe (Cabo Verde) e Lublin (Polónia). No leque das consideradas "amigas e irmãs de Viseu" - e que serão recordadas no próximo dia 14, na Feira de S. Mateus - estão ainda Oviedo e Cidade Rodrigo (Espanha), Aveiro, Santa Maria da Feira e Vila do Conde (Portugal). Em relação a Arezzo (Itália) está pendente o processo de geminação. A este propósito, Fernando Ruas explica que o facto de a cidade, "que é muito parecida com Viseu, estar sempre a mudar de administração faz com que a situação esteja no impasse e levou o município a questionar se persiste o interesse em estabelecer o protocolo.
Outras possibilidades
Com quatro parcerias neste campo, Viseu é uma das urbes com menos geminações. Esse facto fica a dever-se "a uma questão de política", embora o autarca reconheça que há vários locais que já mostraram a vontade de fazerem a parceria.

O município prefere, no entanto, "não se precipitar".
Em 2004, foi levantada a possibilidade de se estabelecer a cooperação com Erlinger, na Alemanha, com o intuito de se procurarem pontos de contacto com o núcleo urbano que está a servir de modelo à criação da universidade pública.
Na altura, o edil realçou que "teremos tudo a ganhar, se conseguirmos saber, em pormenor, como é que a municipalidade de Erlinguer compagina a sua acção com a estrutura universitária nela sediada. Nomeadamente as áreas de cooperação que transformaram a cidade e a universidade num todo compacto a que se associa o empresariado local".
texto in Diário de Viseu (05-09-2008)

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Viseu abre-se à vida social




in Jornal do Centro

"Noite" em Viseu


in Jornal do Centro

Nos 80 anos do Estádio do Fontelo


Obra emblemática do Programa Polis entrará em funcionamento em Março

O funicular, uma das últimas obras do Programa Polis que ainda falta concluir - a outra é a requalificação da Cava de Viriato - deverá começar a circular entre o recinto da Feira de S. Mateus e o Centro Histórico de Viseu a partir de Março do próximo ano.
O anúncio foi feito ontem, pelo presidente da autarquia viseense, Fernando Ruas, durante uma visita às obras que teve como objectivo dar a conhecer o andamento dos trabalhos de uma das intervenções mais onerosas - cerca de 5,2 milhões de euros - e mais emblemáticas realizadas nos últimos anos na cidade.
O edil não teve dúvidas em afirmar que o funicular, constituído por duas carruagens, será um grande pólo de atracção em termos turísticos, além de contribuir para o objectivo do município de devolver a parte antiga da urbe aos peões, retirando aos poucos os carros das ruas que a atravessam.
Além disso, uma das poucas vias ainda não requalificadas naquela zona também está a ser alvo de melhorias, mais concretamente a Rua Silva Gaio, onde a calçada à portuguesa, dará lugar a placas e cubos de granito melhorando a sua utilização por parte dos automóveis e dos peões. Enquanto que os fios da electricidade e das telecomunicações são retirados do ar para serem enterrados e as tubagens do saneamento básico são substituídas por novas.

Assim que o funicular estiver a funcionar, a Câmara espera conseguir chegar a acordo com os proprietários dos restaurantes, bares e lojas e os responsáveis dos museus localizados no centro histórico, no sentido de estes incentivarem as pessoas a deixarem os seus carros junto ao recinto da Feira de S. Mateus e fazerem os últimos 400 metros da sua viagem no novo meio de transporte não poluente.
"Pode ser que até ofereçam o bilhete" sugeriu o vice-presidente do município, Américo Nunes.
in Diário de Viseu (04 de Setembro de 2008)

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Drogaria Moderna oferece produtos de “outros tempos”

Há lugares assim, que permanecem com a mesma filosofia de trabalho, os mesmos princípios, o mesmo tratamento aos seus clientes e até os mesmos produtos

Não porque precisasse de ir às compras, ou de algum produto em especial, no entanto subi a rua do Comércio e parei defronte a uma loja. Não é uma loja comum e, provavelmente podia até passar despercebida entre as outras lojas de comércio que decoram aquela rua, mas isso não acontece se olharmos com mais atenção… Uma voz amável diz-me "Bom dia, simpatia. Em que posso ajudá-la?". É impossível ficarmos indiferentes a estes cumprimentos tão amáveis que se confundem com amizades de longos anos.

Uma loja como havia antigamente
Por trás do balcão está o senhor Carlos Almeida. "Podia ter um 'Dr.' antes do nome, mas portei-me mal na escola comercial (risos) e de castigo vim trabalhar para aqui". A loja, agora dele, foi um negócio começado por familiares.
Hoje em dia, nem precisamos sair de casa para ir às compras. Instalados confortavelmente na nossa casinha podemos encomendar pela internet ou pelo telefone o que faz falta na despensa. Essas são as comodidades do mundo moderno. Mas o que a Drogaria Moderna nos oferece, em poucos lugares se encontra.
Ao entrarmos no estabelecimento comercial, absorvemos "aquele" ambiente caseiro e o cheiro a limpo leva-nos para tempos antigos.
A montra está decorada com vários produtos, dispostos de forma ordenada. Ao lado do reparador 'Olex', aquele produto que tantas histórias engraçadas nos proporcionaram, estão os sabonetes 'Patti' e outros artigos que nos fazem recuar no tempo.
Não, não se enganou a ler, nem recuamos no tempo. Sim, são produtos que faziam parte do dia-a-dia das nossas avós e mães, mas isso não quer dizer que tenham passado de moda.
O senhor Carlos conta que apesar de os produtos terem evoluído e apareceram outros, "porque a televisão vende muito", as características mantêm-se. "Se eu mais pedisse aos fornecedores, mais eles me mandavam.
"Não são os jovens que procuram a minha loja"
Se não existissem pessoas interessadas nestes produtos, eu não os tinha à venda (risos). Claro está que não são os jovens que procuram a minha loja.
Tenho os meus clientes habituais que sabem que se tiverem um problema em casa, no soalho, uma nódoa para tirar ou uma canalização que rebentou e deixou manchas, perguntam--me, vêm ter com o Carlos da Drogaria (risos). E fazem isso porque confiam em mim, nos meus conselhos".
A loja foi renovada duas vezes, sendo a última, há três anos, mas o ambiente familiar mantém-se.
Patrícia Azevedo in Diário de Viseu (01-09-2008)