segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Capela Nossa Sr.ª dos Remédios, no Largo Pintor Gata, assaltada

A imagem do Sagrado Coração de Jesus foi furtada da capela da Nossa Senhora dos Remédios, no Largo Pintor Gata, em pleno centro histórico de Viseu, a “poucas centenas de metros” da Sé Catedral. O alerta foi dado ao final do dia da passada sexta-feira, quando um indivíduo se apresentou com “um santo debaixo do braço” na funerária Viseenses, a 50 metros da capela assaltada.
Queria saber quando valia a imagem. José Manuel, proprietário da funerária conta que “só depois do rapaz sair” é que se lembraram que o santo podia ter sido roubado na capela do Remédios. “Fomos lá ver e o Sagrado Coração de Jesus não estava lá. Ainda demos uma volta por aí, mas já não o encontrámos”, explicou José Manuel ao DIÁRIO AS BEIRAS.
Quem manteve este “indivíduo suspeito” debaixo de olho foi uma comerciante do Largo Pintor Gata, que já andava desconfiada. “Esse rapaz já andou por aí nos últimos dias, a querer vender uns quadros e hoje apareceu com um santo. Pensei logo que era roubado”, adiantou. Seguiu-o então até à Rua Direita e numa zona conhecida pela permanência de alegados toxicodependentes ouviu: “tu paga-me o que me deves”.
Segundo percebeu, o alegado autor do furto “deve ter entregue o santo para pagar a dívida, só que o outro também não era burro e percebeu que era roubado” - e foi atrás dele até ao largo onde está a capela.
Populares que se foram juntando ainda agrediram o alegado ladrão, que com a chegada de dois polícias à paisana, acabou por ser detido. A imagem foi recolocada na capela, que continua de portas abertas durante todo o dia.
António Figueiredo in Diário As Beiras (25-02-2008)

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Funicular

in Jornal da Beira (21-02-2008)

"Importa-se de responder?"

in Jornal do Centro (22-02-2008)

Localizar bares nocturnos nas margens do rio Pavia

Vai ser criada uma área de concentração de bares, junto às margens do rio Pavia, o mais afastada possível das zonas residenciais. A nova centralidade não ditará o encerramento dos estabelecimentos de diversão nocturna que funcionam no centro histórico. Mas poderá, através da diferenciação de horários, atenuar conflitos recorrentes de vizinhança.
O anúncio foi feito, ontem, por Fernando Ruas, presidente da Câmara Municipal de Viseu (CMV), à margem da reunião pública do executivo.
"Os bares com porta aberta no centro histórico passarão a fechar mais cedo. Faremos um estudo sobre a matéria, mas creio que poderão ir até à meia noite ou uma da madrugada.
Ao contrário, todos aqueles que venham a instalar-se na zona ribeirinha praticarão horários de funcionamento mais alargados, uma vez que estão longe das áreas residenciais", explicou o autarca.
Fernando Ruas recorda que a política da "diferenciação de horários é prática em várias cidades portuguesas". E pode ser um instrumento regulador da convivência entre estabelecimentos de diversão nocturna e vizinhos."Essa conflitualidade estará sempre latente, nem que seja pelo barulho que os utilizadores fazem nas ruas, mas creio que com um horário mais apertado os bares no centro histórico serão uma mais-valia", sustenta.
O projecto para a criação de uma zona de bares junto ao Pavia avançará, segundo Fernando Ruas, logo que esteja concluída a requalificação em curso das margens do rio.
O autarca estima que a zona comporte pelo menos uma dezena de espaços, alguns dos quais poderão ser acoplados a restaurantes já autorizados.
A iniciativa pretende acabar com várias queixas contra os bares. No largo Nossa Senhora da Conceição sucedem-se as vistorias a um estabelecimento onde foram detectadas várias infracções. Hoje, pelas 16 horas, vai ser reavaliado o sistema eléctrico que a empresa diz ter regularizado. Prosseguem as medições do ruído. Na Prebenda, outro bar viu o seu horário reduzido.
in Jornal de Notícias (22-02-2008)

65 Empresas fecharam em Viseu

O Porto liderou a lista dos distritos com maior número de fechos de empresas e, atendendo à quantidade de firmas que aí estão instaladas, foi também o que mais sofreu com os encerramentos, no ano passado. Os três primeiros lugares ficam completos com Aveiro e Viseu, revela o Instituto Informador Comercial, cujos dados de 2007 indicam que pouco mais de duas mil empresas abriram falência ou foram declaradas insolventes, ou seja, fecharam as portas.

O avolumar de encerramentos é uma das razões do aumento do desemprego em 2007, ano em que o Norte voltou a ser a região com maior taxa de desemprego.

Foi no Porto que fechou o maior número de empresas 608, mais 100 face ao ano anterior. Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), existiam no final do ano passado, no distrito, quase 73 mil empresas. Ou seja, os fechos atingiram 0,85% do seu tecido empresarial.


Os lugares seguintes foram tomados por Aveiro - onde fecharam 193 empresas, correspondente a 0,73% do tecido empresarial - e Viseu, cujos 65 fechos representam 0,62% do número total de firmas. Só a título de comparação, em Lisboa, um mercado muito mais dinâmico, foram registadas 358 falências (usando a terminologias do código anterior) ou insolvências (a designação dada desde 2004). E, em todo o país, o número de encerramentos só diminuiu em sete zonas Braga, Vila Real, Guarda, Évora, Faro e Açores.


Comércio e construção


O comércio e a construção civil foram os mais atingidos e José António Silva, presidente da Confederação do Comércio de Portugal (CCP), garantiu que o número de falências e insolvências judiciais é só a ponta do iceberg. "Terão fechado 20 mil empresas, mas só uma pequena parte vai para tribunal", disse. É que muitas empresas encerram sem dívidas, e outras (sobretudo as mais pequenas) até podem deixar dívidas, mas tão pequenas que os credores preferem suportar o prejuízo a recorrer a tribunal, assegurou.


Quanto ao comércio por grosso (com 370 fechos) e a retalho (260), adiantou que "não é surpresa para ninguém". Por um lado, explicou, "em todos os ramos do comércio há cadeias de distribuição moderna, com as quais as lojas tradicionais não conseguem concorrer"; e, por outro, "a tendência normal de modernização do comércio faz com que intermediários como os grossistas vão desaparecendo".


José António Silva recordou, ainda, que o comércio perdeu 50 mil postos de trabalho nos dois últimos anos, reflexo directo dos fechos de empresas.


Também a construção civil tem perdido dezenas de milhares de empregos nos últimos anos e 2007 não foi excepção. Só em 2008 a federação do sector admite uma recuperação da actividade das empresas.

in Jornal de Notícias (22-02-2008)

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

"Um escritor confessa-se"

“Trata-se, com efeito, de um livro muito importante na obra magistral de mestre Aquilino. Não só porque conta a sua vida, desde a expulsão, por falta de vocação, do Seminário de Évora, em que estudava, até aos seus primeiros e aventurosos passos na Lisboa de princípios do século XX. Nas redacções dos jornais republicanos em que colaborou, sem chegar para o seu sustento, os livros que traduziu, sem que o seu próprio nome figurasse na portada, nas pensões manhosas em que se alojou e fez relações com republicanos, maçons, carbonários e anarquistas, tenso participado na boémia pataqueira – e um tanto sórdida – dessa Lisboa, tão diferente da sua aldeia, nas conspirações contra o «ditador» João Franco e o juiz Veiga, sem excluir o «Marquês da Bacalhoa», que não era outro senão o odiado D.Carlos, retratado, com ferocidade e desdém, no livro – best seller do tempo, hoje quase esquecido, mas que merece ser lido – de António de Albuquerque…”
Mário Soares in Prefácio


"Um escritor confessa-se", um livro de Aquilino Ribeiro que só 11 anos depois da sua morte em 1963 foi publicado, volta às bancas, em nova edição, com a chancela da Bertrand, marcando-se o evento com uma sessão de lançamento na Fundação Mário Soares.
O próprio Mário Soares, autor do prefácio desta edição, fará a apresentação do livro, que inclui "dispersos e inéditos".
Neste seu livro de memórias, Aquilino escreve sobre um acontecimento em que de alguma forma esteve envolvido e que ainda recentemente alimentou muitas páginas da imprensa portuguesa: o regicídio, perpetrado no Terreiro do Paço por Buíça e Alfredo Costa em 01 de Fevereiro de 1908.
Aquilino conheceu estes dois operacionais do atentado e sobre eles escreve em "Um escritor confessa-se", mas em parte alguma do texto chama a si responsabilidades pelo que aconteceu.
O nome de Aquilino tem sido algumas vezes referido, em particular por círculos monárquicos e da direita, como um dos atiradores do Terreiro do Paço, uma acusação sem fundamentação histórica e documental que a sustente.
Por altura do centenário do regicídio, essa acusação voltou a ser ouvida e escrita, à semelhança do que já no ano passado acontecera, quando os restos mortais do escritor entraram no Panteão Nacional.
A edição agora lançada no mercado inclui alguns novos textos, um dos quais da autoria do filho do escritor, o antigo presidente da Cãmara de Lisboa Aquilino Ribeiro Machado.
Da mão do próprio Aquilino acrescenta-se à edição anterior uma série de inéditos, entre eles uma carta do exílio sobre a forma como viveu o 05 de Outubro de 1910 em Paris, relatos sobre a maneira como conheceu a primeira mulher e como passou um Natal na cadeia, as suas impressões após a morte da mulher e a história da revolta do regime de Pinhel e a fuga do presídio de Fontelo em 1928.

Aquilino nasceu a 13 de Setembro de 1885 no concelho de Sernancelhe, freguesia de Carregal de Tabosa, e faleceu em Lisboa a a 27 de Maio de 1963. Da sua vasta obra ficcional fazem parte títulos como "Jardim das Tormentas", "Terras do Demo", "Mónica", "Maria Benigna", "Andam faunos pelos bosques", "A Casa Grande de Romarigães" e "Quando os lobos uivam".

© 2008 LUSA - Agência

Qualidade de vida

Jornal de Notícias (20-02-2008)

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

D. António Alves Martins

O político e bispo D. Alves Martins é lembrado em Viseu, onde viveu grande parte da sua vida e morreu. As comemorações começam hoje, dia em que se assinala o bi-centenário do seu nascimento. Apesar de ter nascido em terras transmontanas (Granja de Alijó, a 18 de Fevereiro de 1808), Alves Martins foi uma figura marcante de Viseu, onde deu nome ao liceu e tem erigida uma estátua, no Largo de Santa Cristina, local onde esteve para ser fuzilado por motivos políticos. Na estátua, uma placa com duas frases reveladoras da incomodidade das suas palavras: "A religião quer-se como o sal na comida: nem de mais, nem de menos" e "Na minha diocese quero padres para amarem a Deus na pessoa do próximo, não quero jesuítas que vivam a explorar o próximo em nome de Deus".

Foi enquanto ministro do Reino, cargo que assumiu em 1868, que Alves Martins deu o impulso ao então Liceu de Viseu – que em 1911 passou a chamar-se Liceu Alves Martins – elevando-o à primeira classe e cedendo-lhe, gratuitamente, instalações condignas no Paço dos Três Escalões (onde hoje funciona o Museu Grão Vasco), que então era ocupado pela administração do concelho, fazenda, câmara e tribunal da comarca.

Por tanto dever a esta figura, o liceu, que hoje se chama Escola Secundária Alves Martins, promoveu um programa de comemorações do bi-centenário do seu nascimento, que arranca segunda-feira e se estende até ao final do ano, contando com a parceria da autarquia, do Governo Civil e da Diocese.

"Teve um papel muito importante na valorização do Liceu de Viseu, mas a acção dele não ficou por aqui", frisou à Agência Lusa Brito Castro, presidente do conselho executivo da escola.

Defensor das ideias liberais

Brito Castro destacou a sua dimensão de "político defensor das ideias liberais" e de "homem dotado de um forte sentimento humanitário, sendo consensual que apoiava todas as pessoas que na altura precisavam".

Nuno Pestana, professor da escola e membro da comissão das comemorações, explicou que, para segunda-feira de manhã, está prevista uma estafeta em ritmo brando entre os vários edifícios e lugares ligados à vida e memória de Alves Martins, aberta a todos os cidadãos que se queiram associar e onde, no final, não haverá vencedores. "Queremos ir à cidade e chamar a atenção das pessoas para esta figura", justificou.

Moralistas retiraram o seu nome ao liceu

Segundo as actas do Liceu de Viseu, por volta de 1937 as inscrições de Alves Martins foram acusadas de ter uma influência perniciosa na juventude. "Houve um movimento de pretensa moralização que culminou na retirada do nome de Alves Martins ao Liceu. O seu pensamento muito aberto, muito frontal e muito arejado levou a que não tenha caído muito bem nalgumas mentes, embora na altura figuras importantes de Viseu e do liceu tivessem feito a sua defesa", contou, acrescentando que o nome do bispo só foi reposto no liceu no pós 25 de Abril.

Entre as suas várias actividades, Alves Martins foi capelão na Armada, deputado, professor, enfermeiro-mor do Hospital de S. José, escritor e jornalista, além de bispo de Viseu, líder do Partido Reformista e ministro do Reino.Vários episódios demonstram a sua forma de estar na vida: recusou a comenda com que D. Pedro V pretendia premiar os seus serviços como enfermeiro-mor com o argumento de que "o simples cumprimento de um dever não torna ninguém credor de qualquer recompensa" e, já bispo de Viseu, incorreu em desobediência eclesiástica ao negar-se assinar a circular em que os bispos confirmavam a fé na infalibilidade pontifícia.

Alves Martins foi lembrado por vários escritores. Camilo Castelo Branco dedicou-lhe um esboço biográfico, destacando a faceta de jornalista e dizendo ser apreciador da sua escrita polémica. Aquilino Ribeiro destinou várias páginas da obra "Arcas Encoiradas" ao dia da inauguração da estátua, em 1911, nomeadamente as peripécias com a sua queda quando estava a ser içada, que a deixou danificada.

Escreveu o escritor que, na estátua, ficou para sempre "o bispo admirável, de ar severo, mas não façanhudo nem importante, teso e bem vertical, como era próprio da sua espinha e carácter".

Programa de comemorações

Na tarde de hoje terá lugar a conferência "No tempo de Alves Martins", por Isabel Vargues, da Universidade de Coimbra, e será inaugurada a exposição "Escritos e iconografia em torno de Alves Martins", que contou com a colaboração dos Arquivo Distrital de Viseu.

"A exposição mostrará as várias dimensões de Alves Martins, enquanto bispo, patrono da escola e político", explicou Nuno Pestana, acrescentando que poderá depois entrar em itinerância por entidades do concelho que a queiram aproveitar. Estão a ser pensadas várias outras iniciativas até ao final do ano, como momentos musicais e umas jornadas de reflexão, em Maio, no actual Solar do Vinho do Dão, que era o antigo Paço do Fontelo, onde Alves Martins morou e faleceu a 5 de Fevereiro de 1882, com quase 74 anos.

in Diário As Beiras (18-02-2008)

...artigo de opinião...

A 18 de Fevereiro de 1808, nascia, na Granja de Alijó, António Alves Martins que veio a ser bispo de Viseu, político de nomeada e cidadão de corpo inteiro.
Hoje, passam assim 200 anos obre o seu nascimento.
A Assembleia da República, por decisão do seu presidente, dr. Jaime Gama, vai prestar-lhe pública homenagem, com a presença do bispo de Viseu e dos deputados e autarcas de Vila Real e Viseu.

A AVIS - Associação para o Debate de Ideias e Concretizações Culturais de Viseu editou um álbum evocativo a ser distribuído na Assembleia da República. António Alves Martins entrou aos 16 ano para o Convento da Ordem Terceira de S. Francisco, vestindo o hábito de professo franciscano a 21 de Maio de 1825.
Foi depois estudar Filosofia para Évora, no Colégio do Espírito Santo e, em Outubro de 1826, matriculou-se no Colégio das Artes, em Coimbra, em Filosofia, Teologia e Matemática. Em 1842, passou a leccionar no Liceu do Porto as disciplinas de Geografia, Cronologia e História. Nesse ano, entrou para o Parlamento como deputado por Trás-os-Montes. Foi parlamentar nas legislaturas de 1842/45, 1851/56, 1858/1864, em representação do Partido Reformista.
Em finais de 1852, foi nomeado lente de Teologia, mas renunciou preferindo um canonicato na Sé Patriarcal de Lisboa e, em 2 de Julho de 1862, foi nomeado bispo de Viseu, sendo sagrado a 1 de Novembro de 1862, dando entrada solenemente na diocese em 29 de Janeiro de 1863.Par do Reino desde 1864, foi ministro do Reino de 22 de Julho de 1868 a 11 de Agosto de 1869, ministro do Reino e dos Negócios da Instrução Pública de 27 de Agosto de 1870 a 30 de Janeiro de 1871 e, por três vezes, interinamente, sobraçou o Ministério da Justiça (22 de Julho a 16 de Agosto de 1868, de 18 de Junho a 24 de Julho de 1869 e de 16 de Setembro a 1 de Novembro de 1870.
Foi um prelado amigo do povo, demasiado amigo do povo, o que levou a que aquando da sua morte todos os restantes bispos se recusassem a presidir ao seu funeral, foi preciso vir o bispo de Bragança que se encontrava extremamente debilitado para o fazer. Mas, na cidade, quase ninguém ficou em casa e uma multidão acompanhou-o ao cemitério. Ora, diz o povo, "os pobres só choram pelos bons".
Claro que de permeio com tudo isto esteve a política. D. Alves Martins foi um liberal assumido. Já enquanto estudante de Coimbra, foi preso e condenado a ser fuzilado no Terreiro de Santa Cristina, em Viseu, em 1834, salvou-se in extremis por ter conseguido evadir-se da cadeia com mais três companheiros.
Foi depois panfletário e jornalista distinto, lutando pelos seus ideais de verdade, justiça, caridade e liberdade. Mas, acima de tudo, foi estadista, tendo sido deputado e ministro do Reino entre 1868 e 1870. Dele disse na Câmara dos Deputados, em 19 de Janeiro de 1907, o dr. António José de Almeida, que viria a ser presidente da República " O bispo de Viseu merece todas as considerações. Foi um grande patriota, um grande liberal e um grande homem de bem ".D. Alves Martins morreu pobre, no Paço Episcopal do Fontelo, a 5 de Fevereiro de 1882, tendo o seu corpo sido levado para a capela de Santa Marta.
Camilo Castelo Branco haveria de escrever, em 1870, o esboço biográfico de D. António Alves Martins, bispo de Viseu e na carta de pêsames, de 13 de Fevereiro de 1882, enviada à irmã do prelado após a morte deste, haveria de escrever "Nunca, neste país, faleceu um homem da alta esfera do sr. bispo que deixasse uma memória tão sem nódoas e uma pobreza tão rica de exemplos de virtude."


Júlio Cruz (Secretário-geral da AVIS - Associação para o Debate de Ideias e Concretizações Culturais de Viseu) in Jornal de Notícias de 18-02-2008

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Palácio do Gelo

A inauguração do novo Palácio do Gelo em Viseu está marcada para 15 de Abril.
Este centro comercial, considerado um dos maiores do país, teve como primeira data de abertura Março de 2007, meta anunciada quando em Fevereiro de 2006 a administração do grupo Visabeira deu a conhecer a maqueta e os pormenores do investimento ao então Presidente da República, Jorge Sampaio, que na altura cumpria uma visita à região de Viseu.
Mais tarde, foi anunciada para Setembro de 2007 a entrada em funcionamento da parte do complexo respeitante ao desporto e saúde, estratégia que depois foi alterada. Os responsáveis pelo empreendimento consideraram que “abrir por fases ia retirar grandiosidade à obra” e que o espaço funcionaria melhor de “forma integrada”.
Foi então fixado, finalmente, o primeiro trimestre de 2008 para abertura na totalidade e escolhido o dia 15 de Abril para a inauguração.
O Centro Comercial Palácio do Gelo, onde já está a funcionar um hipermercado, é apresentado como “um complexo inovador, conjugando desporto, saúde, entretenimento, comércio e serviços”.
O edifício, com nove pisos, vai incluir 164 lojas, pista de gelo, Spa, áreas de lazer e desporto com ginásios e squash, quatro piscinas (uma olímpica), cinco mil metros quadrados de pátios de restaurantes, seis salas de cinema com equipamento Digital e 3D comercial, terraços panorâmicos e o Centro de Inovação e Desenvolvimento da Visabeira.
O parque de estacionamento subterrâneo, com três pisos, tem capacidade para 1200 carros.Segundo informação disponibilizada pelos promotores esta nova infra-estrutura comercial, desportiva e de lazer, que requereu um investimento global superior a 90 milhões de euros, vai promover a criação de 3.200 novos postos de trabalho.
Em 27 de Dezembro de 2007, este projecto teve a aprovação, por parte do Conselho de Ministros, de um contrato de investimento que ascende a 37,7 milhões de euros, prevendo-se um volume de negócios acumulado de cerca de 99 milhões de euros e de um valor acrescentado acumulado de 42,5 milhões de euros em 2014, ano do termo da vigência do contrato.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Portugal - Geórgia em Viseu...

A Selecção Nacional – Clube Portugal vai disputar o último encontro particular de preparação para a fase final do EURO 2008 frente à Geórgia, no Estádio do Fontelo, em Viseu, no dia 31 de Maio, em hora a designar.

O jogo marcará o fim do estágio que a “equipa de todos nós” fará em Portugal antes de partir para a Suíça, no dia 1 de Junho.

Portugal está incluído no Grupo A do Europeu, juntamente com as representações da Turquia (com quem jogará a 7 de Junho, em Genebra), da República Checa (dia 11, na mesma cidade) e da co-anfitriã Suíça (15, em Basileia). A comitiva lusa ficará instalada em Neuchatel.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Evolução de Viseu, nas últimas décadas




O Crescimento de Viseu

in Diário de Viseu (07-02-2008)

Scolari anuncia em Viseu

Será a 12 de Maio, em Viseu, cidade escolhida pelos responsáveis da Selecção Nacional para o estágio de preparação para a fase final do Campeonato da Europa, que o seleccionador nacional dará a conhecer ao País quem são os 23 futebolistas que defenderão as cores lusas na Suíça e Áustria.

Um dia após terminar a Liga, Scolari colocará um ponto final na ansiedade. De jogadores e adeptos. Está escolhida a data para a divulgação do nome dos 23 futebolistas que participarão em representação de Portugal na fase final do Euro-2008: 12 de Maio. Local escolhido: Viseu, cidade que receberá a comitiva entre 18 e 31 desse mês, para o estágio que antecede a viagem para a Suíça e que engloba, como já se sabe, um jogo de preparação, no último dia, frente à Geórgia.

Sensivelmente 24 horas após o termo da edição de 2007/08 da Liga, já que se prevê que divulgação aconteça a meio da tarde, Luiz Felipe Scolari dará a conhecer ao País o grupo em que aposta para levar a Selecção Nacional o mais longe possível na competição, desfazendo-se, então, todas e quaisquer dúvidas que possam existir quanto aos futebolistas que defenderão as cores portuguesas. E embora o seleccionador tenha defendido ontem, mais uma vez, que nesta altura ninguém tem o lugar garantido, só o mais distraído poderá pensar que grande parte do avião não estará já preenchido.

Após a divulgação dos seleccionados, primeira grande operação rumo ao Europeu, seis dias depois, com excepção daqueles que nessa tarde, no Estádio Nacional, participarão na final da Taça de Portugal, a comitiva ruma a Viseu, cidade onde ficará instalada até ao final do mês e onde serão cumpridos todos os requisitos, como os sempre necessários exames médicos, prevendo-se que os jogadores que estarão no Jamor cheguem no dia seguinte.

Depois, durante 12 dias, será o afinar de baterias, encerrando o estágio com o último jogo de preparação. A 31, após o desafio, os jogadores serão dispensados, voltando a encontrarse, presume-se, a 1 de Junho, ao almoço, seguindo o grupo para a Suíça nessa tarde, pronto para a estreia, com a Turquia.

ViseuMais / A Bola