quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Animação centro histórico

Os proprietários dos bares e restaurantes do Centro histórico da cidade de Viseu e a Câmara Municipal já acertaram a programação de animação cultural que irá avançar na próxima sexta-feira, prolongando-se até 2I de Setembro.

"Haverá insufláveis, matraquilhos humanos, música, animação com fogo e palhaços", adiantou Adão Ramos, proprietário de um dos bares do centro histórico. A animação, sem custos para quem for ver, pretende atrair pessoas aquela zona, depois da autarquia ter proibido a circulação automóvel às sextas e sábados entre as 2IH00 e as 02H00.

texto Jornal As Beiras

Jornal Vía Rápida (23-08-2007)

terça-feira, 28 de agosto de 2007

Supermercados

Norte e Centro com preços mais baixos
Os supermercados foram classificados por tipo de produto (de mercearia, drogaria ou carne, fruta e le­gumes, etc.) e por região.
Para encher o cabaz 1, o Intermarché das Caldas das Taipas, em Guimarães, e o Intermarché da Covi­lhã são os mais baratos do País. Segue-se o Intermar­ché de Mafra e, em terceiro lugar, o Intermarché de Portalegre, revela a DECO PROTESTE.

O Norte e Centro do País têm preços mais baixos. Mas, este ano, as poupanças desceram no mapa. Três supermercados de Lisboa, Portalegre e Setúbal conseguiram impor-se entre os oito mais baratos. “Os mais caros encontram-se também na capital: o Polisuper, em São João do Estoril, e o El Corte Inglés, na Avenida António Augusto Aguiar”, conclui a DECO PROTESTE.
Para as cidades ou localidades que não foram visitadas, a DECO PROTESTE verificou ain­da quais as cadeias de estabelecimentos mais baratas. A melhor opção para o cabaz 1 é a cadeia Feira Nova. O Continente mantém-se no segundo posto, desde o ano passado.
Já as cadeias E.Leclerc, Ecomarché, Jumbo, Minipreço e Pão de Açúcar arrecadam a terceira medalha.

Para quem escolhe só os produtos mais baratos e não liga a marcas, a Aldi estreou-se da melhor maneira. Junto com a Plus, outra loja de desconto, partilha o primeiro lugar, des­tronando, desde 2004, as lojas Lidl, que aparecem na terceira posição. O segundo lugar é ocupado pelo Minipreço. Para o novo cabaz, só com produtos de marca própria ou exclusi­va, os hipermercados Feira Nova, seguidos pelo Minipreço e Pingo Doce, são as melhores escolhas.

Fonte: DECO

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Viaturas podem passar junto ao Largo da Sé

Ruas aceitou a proposta dos proprietários dos bares e restaurantes e visitou o centro histórico. Os carros poderão circular em duas artérias de acesso à zona velha da cidade.
O presidente da Câmara de Viseu, Fernando Ruas, autorizou a circulação automóvel, junto ao Largo da Sé Catedral e a igreja da Misericórdia. Os carros poderão entrar pela Travessa da Misericórdia e descer pelo Largo António José Pereira. Desta forma, os carros passarão no centro histórico, sem no entanto entrarem no miolo da zona velha da cidade. “A ideia agrada-me muito e vai ao encontro do que pretendemos”, referiu o autarca, depois de ouvir a proposta apresentada por José Hilário, representante dos proprietários dos bares e restaurantes do centro histórico. A decisão foi tomada durante o fim-de-semana, depois de Fernando Ruas ter visitado aquela zona da cidade, tal como tinha ficado acordado numa reunião com os empresários dos estabelecimentos que funcionam durante a noite. Recorde-se que os proprietários têm protestado o facto da autarquia ter proibido a circulação automóvel no Centro histórico, às sextas-feiras e sábados, entre as 21H30 e as 02H00, alegando uma diminuição de clientela, estimada em cerca de 50 por cento.
Depois de reunirem com o presidente da Câmara de Viseu, na passada sexta-feira, os proprietários dos bares e restauração decidiram fazer um passeio nocturno, pela zona da cidade, com o presidente da Câmara. O objectivo era verificar in loco os efeitos da proibição automóvel. “Há muita gente no centro histórico”, referiu o autarca no decorrer da visita. “Terei de voltar cá quando houver carros para poder comparar”, adiantou Ruas que não escondeu a satisfação. “Deu-me muito gozo subir a rua do comércio, sem ter de ver se vêm ou não carros”, sublinhou. O presidente da Câmara de Viseu já garantiu que o período experimental sem carros irá decorrer até ao próximo dia 21 de Setembro e só depois fará uma avaliação final dos resultados. A autarquia pondera também a hipótese de financiar os custos da animação que os proprietários de bares e restaurantes querem ver no local, por forma a chamar pessoas ao centro histórico. “Estamos a pensar colocar Tunas Académicas que irão actuar, alternadamente, pelo Largo Pintor Gata e o Largo D. Duarte”, onde estão localizados a maioria dos estabelecimentos, sublinhou o porta-voz dos empresários, José Hilário. “Se as pessoas souberem que o trânsito está cortado, mas existir animação, acabarão por vir”, sublinhou o mesmo responsável. Outra forma de atrair pessoas ao centro histórico poderá passar pela colocação de insufláveis para crianças, a colocar na zona velha da cidade. “Com as crianças, virão também os pais”, justificou José Hilário.
Morador elogia
Fernando Ruas Durante a visita ao centro histórico, o presidente da Câmara de Viseu foi surpreendido, com a abordagem de um homem que teve de apresentar aos dois agentes da polícia municipal, o cartão de residência para poder aceder ao centro histórico Antes de seguir pela rua do comércio, saiu do carro, e dirigiu-se a Fernando Ruas.” Parabéns Sr. Presidente por ter proibido os carros nesta zona”, afirmou Alexandre Maia, o jovem morador no centro histórico. “Sem carros, agora tenho sempre estacionamento”, referiu o residente. “É uma pena não ser assim durante todos os dias”, lamentou Alexandre Maia, tendo em conta que a proibição de trânsito só acontece às sextas e sábados à noite. Em declarações ao DIÁRIO AS BEIRAS, o morador afirmou ter a percepção de que, passou a circular um maior número de pessoas. desde que a autarquia, com o aval da Associação comercial do distrito de Viseu, proibiu a circulação de viaturas no centro histórico. “É muito melhor! As pessoas passeiam com carrinhos de bebés e toda a gente anda mais à vontade”, afirmou Alexandre Maia.
PS pede cancelamentoda proibição de trânsito
Miguel Ginestal, vereador do PS na Câmara municipal de Viseu (PSD) apresentou, na última reunião do executivo, uma proposta para que fosse suspensa a proibição da circulação automóvel no centro histórico da cidade. “Estamos de acordo que os carros não entrem no centro histórico, mas só depois de ser feito o trabalho de casa”, sublinhou o vereador da oposição na autarquia. Miguel Ginestal defendeu que, primeiro, há que construir parques de estacionamento implementar animação regular na zona.
Perante os protestos dos proprietários dos bares e do centro histórico que no passado dia 17 de Agosto, colocaram cartazes nos estabelecimentos comerciais onde se lia “Vende-se ou trespassa-se por falta de clientes”, Miguel Ginestal afirmou que a medida que pretendia retirar os carros e atrair pessoas teve um efeito contrário: “Saíram os carros e as pessoas”, afirmou. Na habitual conferência de imprensa, no final de cada reunião do executivo camarário, Fernando Ruas afirmou estar convicto de que a medida é do agrado da maioria dos munícipes. “Como é que eu Sei? É intuição e a minha interpretação do sentir dos viseenses”, sublinhou o autarca. “Faço aquilo que acho melhor, caso contrário estaria aqui um robot”, referiu ainda o autarca. “Não vou fazer, mas se houvesse um referendo, as pessoas responderiam que queriam para sempre a ausência de carros no centro histórico”, intuiu o autarca.

Sandra Ferreira in As Beiras (7-08-2007)

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Carta Aberta de Apoio a Dalila Rodrigues


Carta aberta de apoio a Dalila Rodrigues

O Museu Nacional de Arte Antiga, o mais importante Museu público português, foi dirigido, nos últimos três anos, por Dalila Rodrigues.
Neste período e sob esta direcção, o MNAA viu crescer o seu público, reforçar a componente mecenática do seu financiamento, foi objecto de importantes reestruturações no seu circuito, programa e perspectiva museológica. Posicionou-se, sob a direcção de Dalila Rodrigues como uma instituição aberta, dinâmica e capaz de responder às necessidades do seu tempo, cumprindo melhor a sua missão de preservar, divulgar e educar.

A exoneração da sua Directora pelo Ministério da Cultura só pode, portanto, ter outras razões que não a sua competência, dedicação e empenho. Também só pode resultar de uma total desconsideração, por parte dos responsáveis ministeriais, pelos resultados obtidos pelo Museu; como se o melhor cumprimento da missão que dá razão de ser ao MNAA fosse irrelevante.

Quais são, então, as razões para a exoneração de Dalila Rodrigues?
Evidentemente, resultam da posição pública que a Directora tomou em favor de uma maior autonomia da instituição, quer em termos administrativos e financeiros como em termos da sua programação.
Trata-se, tão somente, de seguir o caminho de outras instituições congéneres, como o Museu do Prado, ou o Museu do Louvre. Ou seja, trata-se de seguir o caminho que permite uma maior ligação à comunidade científica, prestar um melhor serviço ao público, desenvolver um plano educativo e de divulgação mais consistente, ter flexibilidade e construir laços com parceiros mecenáticos e institucionais. Enfim, o que hoje devemos esperar de um museu.

A prática dos actuais responsáveis do Ministério da Cultura pauta-se por outras prioridades: promover a obediência, concentrar a decisão, controlar ideologicamente as instituições.
No presente caso, com total desrespeito pela competência, pelos resultados, pelo arrojo. Estamos, assim, confrontados com uma mistura de autoritarismo e autismo, de populismo e controlo.


Os abaixo-assinados vêm, assim, insurgir-se contra esta forma de entender a política cultural, reclamando uma visão mais aberta, dialogante e moderna. Recusamos este centralismo e falta de visão de futuro.

Exigimos, enfim, que Portugal não desperdice o que tem de mais importante e raro: a competência, o rigor e a determinação dos responsáveis certos no lugar certo.
Este era, certamente, o caso de Dalila Rodrigues como Directora do Museu Nacional de Arte Antiga.

Contamos consigo, muito obrigado.


Para assinar a carta aberta de Apoio a Dalila Rodrigues clique

http://www.petitiononline.com/Dalila/petition.html
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Dalila Rodrigues, nasceu em Penedono (Distrito de Viseu), foi directora do Museu Grão Vasco de Viseu, desde Março de 2001, e Professora Coordenadora do Instituto Superior Politécnico de Viseu.

Doutorada em História de Arte pela Universidade de Coimbra e investigadora especializada em História de Pintura Portuguesa, tem desenvolvido uma longa actividade docente e participado em diversos projectos de investigação, alguns deles nos EUA, com o apoio da Comissão Luso-Americana, e na Índia, com o apoio da Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses.

Foi nomeada, em Setembro de 2004, Directora do Museu Nacional de Arte Antiga que durante a sua gestão duplicou o número de visitantes. Em 2003 passaram pelo museu das Janelas Verdes 71.973, em 2006 os visitantes foram 192.452. Pela mesma ordem de comparação, antes e depois da sua direcção, as receitas da instituição passaram de 250 mil euros, em 2003, para um milhão e 109 mil euros, em 2006.
"Os resultados são estes. Estão à vista de todos. Apesar de, para o dr. Oleiro, o meu tenha sido um bom trabalho de divulgação. Até dos tectos todos a cair e actualmente completamente restaurados se esqueceu", adianta ainda e vai mais longe: "Em finais de Março deste ano, quando Paolo Pinamonti foi afastado do S. Carlos, alguém me avisou que a próxima a ser convidada a sair seria eu, não quis acreditar. Mas, de facto, ambos tínhamos discordado da tutela", comenta ainda Dalila Rodrigues, que, já em casa, passou todo o dia de hoje a receber telefonemas de anónimos e amigos do museu que lhe quiseram manifestar todo o apoio. A onda de solidariedade pode mesmo vir a ser semelhante à que juntou várias individualidades em defesa do ex-director artístico do S. Carlos.
Este mês foi afastada da Direcção do Museu pela Ministra da Cultura.

terça-feira, 21 de agosto de 2007

Viver em Viseu

Segundo um estudo da DECO, Viseu é a cidade portuguesa com melhor qualidade de vida. Até mesmo uma das melhores da Europa para viver, de acordo com um conjunto de parâmetros importantes. Vamos experimentar. Vamos viver para Viseu. Comprar casa, arranjar emprego, hobbies, infantário para os filhos...
Um início de vida em Viseu.

Da janela vê-se: "Papelaria Herculano". Vende livros e revistas, talvez jornais. "Cervejaria Barata": entra um grupo de rapartigas loiras, no intervalo do almoço. Jardim infantil: o vidro da montra tem gravuras de palhaços e um macaco. À porta, duas empregadas, de bata. Lá dentro, uma outra, a lavar o chão. Pára um descapotável. Uma mulher jovem entrega a filha no infantário. Os preços rondam os 300 euros por mês, nos privados, mas não há vagas. Os públicos estão a fechar. A porta seguinte é uma clínica e depois uma oficina de automóveis: "Dom Motor". Na esquina em frente, uma loja de computadores Mac (perfeito) e um cabeleireiro-massagista.
Em cima, roupa a secar numa varanda. Pela janela ao lado vê-se uma cadeira e uma secretária vazia. Apenas uma garrafa de wiskey sobre o tampo. E um copo.

É um belo sítio para começar vida. Rua Alexandre Herculano, sossegada, muito perto do centro. Esta casa está à venda. É um T3 quase novo. Sala espaçosa com amplas janelas e vista desafogada, dois quartos com roupeiros, cozinha equipada. Preço: 125 mil euros. Menos de metade de um andar equivalente em Lisboa. Depois de várias visitas, esta parece a melhor opção. Um T3 numa zona menos central custava 92 mil, um T2 a precisar de obras, 70 mil.

A rua Alexandre Herculano começa perto de uma das rotundas da cidade (que dá acesso às várias saídas, entre as quais a da EN2) e segue até ao Hotel Grão Vasco, mesmo ao lado do Rossio, continuando pela Rua Direita, que desenboca no Largo Mouzinho de Albuquerque, onde fica o Teatro Viriato. A pé, 15 minutos.

Pelo caminho, supermercado "Boi D"Oiro", aberto 24 horas, café "Pão Quente da Avó", 2º Repartição de Finanças, Tesouraria da Fazenda Pública, sistema de senhas, sete pessoas à espera. "Lave o carro como gosta: Clean Park", por baixo de um escritório de advogados. "Noites Brancas - Comprar Compensa": loja de comércio tradicional, aberta até às 23 horas. Livraria "Brinco Livro", Café "Swiss Bar". Mais três cafés, com esplanada, uma casa de tabacos e charutos, mais um instituto de beleza, com massagens.

Cultura e hipermercados Viseu é a cidade dos cafés. No Rossio e nas ruas adjacentes, Rua da Paz, Rua da Vitória, Rua Formosa, na Rua do Comércio e na Rua Direita, há cafés antigos e modernos e pessoas a frequentá-los. Não servem apenas para tomar o pequeno almoço e seguir: servem para passar horas. Para estudar, ler ou conversar. Só pelos cafés, valeria a pena passar umas férias em Viseu. Morando cá, é todo um novo estilo de vida à nossa frente.

Passear pelas ruas é outro desporto na moda em Viseu. Nas lojas, os empregados são afáveis e profissionais como em nenhuma outra cidade do país. Mesmo quando não se compra nada. Parecem achar que vale sempre a pena conversar e apostar num cliente futuro.



Mas não é só por isso que as ruas estão cheias. É que é lá que as coisas a contecem. Subindo do Rossio, no Mercado 1º de Maio, há uma Feira do Livro e logo a seguir, antes da Catedral e do Museu Grão Vasco, realiza-se esta noite um concerto de jazz ao ar livre.

No Museu Grão Vasco, aliás, decorre um ciclo de cinema dedicado às artes plásticas


. No Teatro Viriato estão a terminar o espectáculos de dança da escola Lugar Presente e no Auditório Mirita Casimiro houve um concerto de jazz-folk do romeno Caroll.

Na "Livraria da Praça", um espaço para livros, tertúlias semanais e espectáculos no centro histórico da cidade, tem havido debates com personalidades como Pacheco Pereira, Jorge Silva Melo, Alexandre Quintanilha ou Nuno Crato. Mas a Livraria da Praça, num belo edifício entre um jardim e um museu, acaba de fechar, por inviabilidade económica.


Conversa, no café Arcada:

"O Jumbo é uma maravilha!

""Agora já temos o Carrefour, mas o Pingo Doce é que vale a pena!

""Ah, o Jumbo. Viseu já começa a ser uma cidade onde se pode viver".

"Eu perco-me no Jumbo. No Continente, sei onde estão nas coisas, dou-me melhor lá. No Jumbo, ando às voltas, às voltas...

"Conversa no bar do Teatro Viriato:

"O Day After está fechado. Onde vamos?

""Ficamos em casa, se não há discoteca...

""Aquele barzinho na Rua Direita, lembras-te, da outra vez...

""Estou farto de Viseu!

""E tu só vens cá nas férias, imagina eu...
""Isto é fixe, mas, não sei, falta qualquer coisa. Um gajo não sabe o que há-de fazer".

Não falta nada, nas ruas de Viseu. A cidade é fechada sobre si própria, como é normal numa cidade do interior. Não há um mar, nem um grande rio, as praças têm quatro lados. É confortável e protector. Parece que tudo faz sentido.

A rua Alexandre Herculano é ideal. Há de tudo, aqui. À distância de cinco minutos a pé, há uma escola e um hospital. Até uma farmácia, mesmo nos muros do cemitério.

Só falta encontrar emprego. No jornal, há vários anúncios. "Precisa-se cozinheiro. Part-time. Salário acima da média". Outro, no mesmo número de telefone: "Precisa-se empregado de mesa. Part-time. Salário acima da média". Outro: "Imobiliária selecciona consultores. Oportunidade de desenvolvimento pessoal. Retribuições à comissão". Outro ainda: "Admite-se motorista. Carta de pesados, para distribuição". Mais nada. Talvez acumulando a cozinha e o serviço de mesas? Não. Motorista é mais seguro.

Paulo Moura in Jornal Público (21-08-2007)

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Bares e restaurantes «fecham» contra a falta de trânsito

Cartazes a anunciarem a venda dos estabelecimentos foi a forma escolhida pelos comerciantes para protestarem contra a proibição da circulação automóvel no centro histórico da cidade.
Os proprietários dos bares e restaurantes do Centro histórico de Viseu encerraram simbolicamente, os estabelecimentos, anteontem, durante meia hora, depois de terem afixado cartazes onde se lia “Vende-se” e “Trespassa-se”.
Esta foi a forma encontrada pelos comerciantes para protestarem contra a medida da Câmara Municipal de Viseu e da Associação de Comerciantes do Distrito de Viseu, de proibir a circulação automóvel na zona velha da cidade, entre as 2IH30 e as 2H00 da madrugada, às sextas-feiras e sábados. Depois de terem reunido, durante a tarde de sábado, os proprietários de bares e restaurantes decidiram, por unanimidade, colocar cartazes nas montras a anunciarem a venda dos estabelecimentos, devido à falta de clientes. Durante meia hora, desligaram as luzes dos estabelecimentos para demonstrarem o descontentamento. A proibição de trânsito automóvel, que entrou em vigor no passado dia I0 de Agosto, não agradou aos proprietários dos bares e restaurantes que se queixam de ter prejuízos na ordem dos 50%.
O representante dos proprietários dos Bares e Restaurantes da zona da Sé, José Hilário, garantiu que a proibição da circulação automóvel durante o fim-de-semana, irá contribuir para “acelerar o fim do comércio no centro histórico da cidade”. Proprietário do restaurante A Muralha, José Hilário afirmou que os prejuízos se têm feito sentir. “Não temos como resolver os nossos compromissos com o pessoal e fornecedores”, afirmou. “Estamos indignados com a medida da CMV, que ainda por cima teve o aval da Associação de Comerciantes”, referiu o mesmo responsável que considera que a ACDV não salvaguardou os interesses dos proprietários dos estabelecimentos que funcionam no período nocturno. José Hilário adiantou ainda que os comerciantes irão pedir uma audiência ao presidente da Câmara de Viseu e pedir justificações a Gualter Mirandez, presidente da ACDV.
António Alves, proprietário de um dos Bares na zona histórica, convicto de que os clientes, não vão ao centro histórico a pé, já disse que vai deixar de ser sócio da Associação de Comerciantes do Distrito de Viseu. “Não fomos ouvidos e eu investi aqui I4 mil contos”, afirmou queixando-se da falta de clientes.

Associação de comerciantes afirma que é “prematuro” avaliar prejuízos

O presidente da Associação de comerciantes do distrito de Viseu considera que os protestos dos proprietários dos bares e restaurantes são prematuros. “ É demasiado cedo para fazermos uma avaliação correcta”, afirmou. O mesmo responsável recorda que a interdição da circulação automóvel surgiu depois de ter ouvido os pedidos de alguns proprietários de restaurantes. “Não quisemos prejudicar ninguém”, afirmou Gualter Mirandez. O líder dos comerciantes afirmou estar disponível para ouvir as razões dos proprietários dos bares e restaurantes da zona velha da cidade de Viseu. O presidente da Câmara de Viseu, Fernando Ruas, justificou na altura o avanço da medida com o “excesso de carros que incomodam quem circula a pé” na zona do centro histórico. O autarca considera que “as minorias não podem condicionar a vontade das maiorias”. Já depois do descontentamento dos proprietários dos bares e restaurantes se terem feito ouvir, Fernando Ruas afirmou: “ Não tenho receio de tomar medidas difíceis”.

Sandra Ferreira in Jornal As Beiras (20-08-2007)

Escultura


domingo, 19 de agosto de 2007

24 Horas BTT Viseu

Incluido Jantar, Pequeno Almoço, Almoço, reforço e lembranças...

Equipas de 8, 4, 2, 1 (elementos)
Preço por elemento 27.50€


Mais informaçoes:
www.biriattus.blogs.sapo.pt

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

16ª Concentração Motard S.Mateus - Viseu


Numa organização do Moto Clube de Viseu, pelo 16º ano consecutivo, vai decorrer a Concentração Motard S.Mateus, nos dias 24, 25 e 26 de Agosto, no Fontelo em Viseu.

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Comerciantes não querem carros fora do centro

Os comerciantes do centro histórico de Viseu estão descontentes com a decisão da câmara de retirar os carros do centro histórico da cidade durante o fim-de-semana, entre as 21 e as 02.00. Entregaram na autarquia um abaixo-assinado a exigir a suspensão desta medida.
Os comerciantes afirmam nesse documento que se sentem "traídos pela autarquia" e ameaçam acentuar os protestos "se a câmara não revogar a medida." Os comerciantes afirmam que a decisão da Câmara de Viseu prejudica "sobretudo o sector de restauração e bebidas", que é o que funciona no horário do condicionamento ao tráfego automóvel. Lembrando a inauguração recente de um hotel de charme na zona velha da cidade, os empresários alegam que "os clientes não se deslocam a pé aos nossos estabelecimentos quanto mais um cliente do hotel a vir de mala na mão Rua do Comércio acima".
No documento, os comerciantes lembram os investimentos efectuados em casas devolutas, "sem custos adicionais para o município e que torna a zona histórica numa mais valia cultural".
O DN tentou, sem sucesso, obter um esclarecimento de Fernando Ruas, autarca viseense.

Amadeu Araújo in Diário de Notícias (16-08-2007)

terça-feira, 14 de agosto de 2007

Feira de São Mateus abre hoje

Mais de duas centenas de expositores, 40 espectáculos musicais, diversões, muita iluminação e, é claro, o tradicional negócio. A centenária feira está de volta.
A edição número 615 da Feira de S. Mateus é hoje inaugurada, pelo ministro da Administração Interna, Rui Pereira. O membro do Governo presidirá à sessão solene de abertura, que decorrerá, a partir das I8H30, no salão nobre do edifício da Câmara Municipal. A abertura ao público terá lugar às 21H30, altura em que o ministro visitará o certame, nesta primeira noite, que será animada pelo Rancho Folclórico do Académico de Viseu em Genebra, na Suíça. Até ao próximo dia 21 de Setembro, irão realizar-se quatro dezenas de espectáculos, com destaque para as presenças de Roberto Leal, André Sardet, José Cid e Quim Barreiros. Os The Gift, os Xutos e Pontapés e os On the plain são também alguns dos grupos contratados.
As restantes noites serão preenchidas com fado, ranchos folclóricos e bandas de garagem. No cartaz da feira inclui-se também o "Cantigas da Rua", com José Carlos Malato, enquanto Fernando Mendes apresentará a revista "Peso Certo". O desporto também estará mais uma vez presente, com 2I modalidades. No recinto da feira, as crianças poderão contar com muita animação de rua e contadores de histórias. Nos dias 15, I8 e I9 de Agosto, estará disponível um helicóptero, para quem quiser fazer voos sobre a cidade e arredores. A entrada no recinto custa 2,50 euros ao fim-de-semana. Durante os dias da semana, a entrada é livre. " É um preço muito razoável", sublinha Jorge Carvalho, presidente da Expovis, empresa organizadora do certame. "Mal se entra na feira, encontra-se de imediato um espectáculo", sublinhou o mesmo responsável, referindo-se concretamente à iluminação.
A Feira de S. Mateus terá este ano 268 expositores e um orçamento de um milhão de euros.
No tempo de duração do certame, e à semelhança de anos anteriores, será encerrado ao trânsito o troço da Avenida Emídio Navarro, podendo apenas circular o comboio turístico e o mini-autocarro eléctrico.

in jornal As Beiras (14-08-2007)

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Estratégia para centro histórico já está definida

A empresa Parque Expo já entregou à autarquia o estudo estratégico para o centro histórico de Viseu. O documento aponta aspectos positivos e negativos e traça os caminhos a seguir.
O estudo estratégico para o centro histórico de Viseu, elaborado pela Parque Expo, a pedido da autarquia, sugere que seja aumentado o número de parques de estacionamento naquela zona da cidade. O documento, já concluído, e que está a ser analisado pela edilidade viseense, aponta, ainda, para a necessidade de serem garantidos mais lugares de estacionamento, não apenas em espaços públicos, mas também em alguns espaços pertencentes a privados.
O trabalho, elaborado pela empresa que gere o legado da Expo'98, em Lisboa, e que foi parceira da maioria dos projectos Polis, em todo o país, prevê, por exemplo, mais parqueamento em localizações tão diversas quanto o Largo António José Pereira, junto à Casa do Miradouro, e um terceiro perto da Casa do Adro. Outra das sugestões apresentadas pela empresa Parque Expo passa pela existência de mais espaços verdes no centro histórico.
"Por mais que nos agrade, não sabemos se será possível, até porque teremos de negociar", referiu ao DIÁRIO AS BEIRAS o presidente da Câmara de Viseu, Fernando Ruas. O autarca sublinhou, entretanto, estar muito agradado com a maioria das soluções referidas neste estudo estratégico. O edifício do Centro Comercial Ecovil, localizado na Rua do Comércio e já há muito a denotar uma clara quebra de qualidade... e de procura, é um dos aspectos negativos apontados pelo estudo. "Este edifício já existia quando fui para a câmara, mas toda a gente percebe que está desenquadrado", afirmou o autarca. "Não sei se passará pela implosão, mas pelo menos terá de ser reformulado", acrescentou Fernando Ruas.
O trabalho, que está a ser analisado pela autarquia, deverá ser apresentado ao público no próximo mês de Outubro. "Pelo menos já temos um estudo que nos traz muitas orientações", afirmou Fernando Ruas. No entanto, de acordo com o presidente da Câmara de Viseu, mesmo que o documento seja aprovado pelo executivo camarário, terão de ser encontradas formas de financiamento.
in Jornal As Beiras (13-08-2007)

69ª volta a Portugal em bicicleta