segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Vinte mil de comboio

O comboio turístico, que este ano percorreu as ruas da cidade, é um sucesso. A Região de Turismo Dão Lafões garante o regresso das viagens pelas ruas da cidade na Primavera.
Durante três meses, de Julho a Setembro, andaram no comboio turístico de Viseu cerca de vinte mil pessoas. Embora muitos dos passageiros fossem pessoas da cidade e arredores, “uma grande percentagem eram turistas”, garante o presidente da Região de Turismo Dão Lafões. Adriano Azevedo recebeu várias cartas a elogiar a iniciativa. Agradecimentos que diz entender, pois “com as informações prestadas pelas guias, que acompanhavam cada viagem, os visitantes ficavam a conhecer pormenores e vivências que de outra maneira era impossível”. O comboio que saía do Rossio, em pleno centro da cidade, percorria várias avenidas, passando junto dos principais pontos de interesse. Subia ao centro histórico, ia ao Fontelo, e atravessava o largo da feira de São Mateus, mesmo no período em que o certame esteve a decorrer.
Por causa da natural quebra de visitantes e turistas, nesta altura, o comboio já não está a sair com regularidade, a não ser ao fim-de-semana. O presidente da Região de Turismo Dão Lafões garante, no entanto, que “há a disponibilidade para fazer a viagem, sempre que hotéis, instituições, ou escolas tenham grupos que queiram andar”.
Por uma questão de rentabilidade e até de imagem, Adriano Azevedo considera que o comboio deve circular sempre que houver solicitações. Com o sucesso alcançado este ano, o responsável pela região de turismo Dão Lafões não tem dúvidas de que o comboio, que este ano pôs a circular em conjunto com a câmara municipal, volta a sair à rua, de uma forma regular, no inicio da próxima Primavera.

António Figueiredo in Diário As Beiras (29-10-2007)

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Viseu vai ter um hospital veterinário

Viseu vai ter uma infra-estrutura vocacionada para o atendimento clínico, urgência e consulta a animais. Um hospital aberto a toda a comunidade do distrito de Viseu, mas que também atenderá utentes de outros distritos limítrofes. Será uma instituição privada, sem apoios do estado, que nasce do sonho de Isabel Maia, médica veterinária e futura proprietária do hospital.
Apesar de ainda não ter nome definido, o local para o futuro hospital dos animais está já escolhido. Isabel Maia adianta que “vai ficar situado numa zona central, em terrenos junto à rotunda de Ranhados, próximo do Palácio do Gelo”. O local foi estrategicamente escolhido, uma vez que “tem bons acessos e fica muito próximo do Hospital de São Teotónio”.
O projecto está ainda numa fase inicial.
“Neste momento estamos a obter as licenças necessárias. A nossa principal preocupação foi saber se no terreno, onde actualmente ainda existe uma casa, era possível edificar o hospital”, adianta Isabel Maia. O prazo de execução é de 18 meses, pelo que no início de 2009 a estrutura deverá estar apta a receber os primeiros pacientes. A proprietária admite que é uma construção em “tempo recorde”, mas espera que até lá “o projecto se desenrole com celeridade”.
Serviços prestados.
O hospital veterinário vai ser uma infra-estrutura de vanguarda, equipada com a mais moderna tecnologia, que vai prestar internamento e atendimento durante 24 horas. “Ao contrário do que habitualmente acontece nas clínicas veterinárias, em que, quando há uma urgência, o veterinário tem de se deslocar à clínica, isto é, o serviço é solicitado pelo dono do animal, no hospital vamos ter pessoal especializado durante 24 horas, quer haja ou não urgências”, salienta Isabel Maia.
Corpo clínico.
Uma das preocupações é ter um corpo clínico forte no futuro hospital. A pensar nisso, a também proprietária da clínica veterinária Amicão, adquiriu recentemente a Canigato, uma outra clínica animal em Viseu. Com esta compra, Isabel Maia está já a “aplicar a dinâmica” que quer ver transposta para o futuro hospital, através de um corpo clínico “estruturado e com dimensão” capaz de assegurar todos os serviços que vão ser prestados no hospital. Para além dos serviços clínicos que vai disponibilizar, é pretensão de Isabel Maia que o hospital “possa vir a desenvolver acções de beneficência e apoio a animais abandonados”. A responsável deixa a garantia: “o hospital vai, obrigatoriamente, ter um papel humanitário”.

Jornal do Centro, ed. 293, 26 de Outubro de 2007

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Bairro da Cadeia vai abaixo mas moradores escolherão onde viver

As famílias que residem em 82 das 120 casas unifamiliares degradadas do Bairro Municipal da Cadeia vão ser realojadas, a prazo, em habitações modernas e com todas as condições de salubridade. Sessenta transitarão para um edifício a construir no mesmo bairro. As restantes 22, poderão optar entre morar no centro histórico ou em povoações rurais do concelho. Será o regresso às origens de muitos agregados que, em finais do anos 40, trocaram a aldeia pela cidade em busca de melhores condições de vida.
O primeiro passo para a "Regeneração do Bairro Municipal", como é designada a intervenção concertada entre a Câmara Municipal de Viseu (CMV) e Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU), foi dado, ontem, nos Paços do Concelho, com a assinatura do contrato para a elaboração do projecto do novo edifício a cargo do gabinete José António Esteves & Associados, de Viseu.
O novo edifício, a construir em propriedade horizontal, no local onde actualmente existem seis moradias unifamiliares que serão demolidas, terá um total de 60 fogos e irá custar 2,3 milhões de euros. O investimento será assumido em 80% pelo IHRU (40% a fundo perdido e 40% por empréstimo) e os restantes 20% por fundos municipais.
O futuro imóvel irá permitir o realojamento de 60 famílias que moram em casas "altamente degradadas" e pelas quais pagam, em média, um euro de renda mensal.
Os restantes 22 agregados terão dois destinos 11 irão ocupar casas que a autarquia pretende comprar e reabilitar no centro histórico no âmbito do repovoamento em curso. Neste caso, o investimento, também contratualizado com o IHRU, eleva-se a 700 mil euros, metade a fundo perdido e a outra metade através de empréstimo. As outras 11 famílias poderão optar por viver nas aldeias do concelho, eventualmente naquelas de onde saíram na década de 40. Esta solução implicará um investimento de 750 mil euros que serão financiados pelo IHRU e em 10% por fundos municipais.
"Vamos reabilitar um bairro que embora esteja no centro da cidade tem sido 'guetizado' em relação ao mesmo centro urbano. Quantas pessoas passam na circunvalação e sabem que aquele bairro existe?", questiona o autarca Fernando Ruas.
Bairro municipal foi construído em 1948
O bairro municipal, também conhecido por bairro da Cadeia dada a sua proximidade do Estabelecimento Prisional de Viseu, foi construído em 1948 para acolher "famílias pobres". Hermínio Magalhães, vereador na CMV, recordou, ontem, que o conjunto formado por 120 moradias nasceu numa zona afastada da cidade que, ao longo dos anos, acabou por integrar-se totalmente no miolo urbano embora faça parte de uma cidade escondida. Actualmente o bairro é habitado por agregados envelhecidos (muitos deles monoparentais), e não reune quaisquer condições de habitabilidade.
Onze casas serão "memória histórica"
É intenção da autarquia proceder, numa segunda fase de intervenção, à reabilitação de 11 das 102 moradias unifamiliares do bairro da Cadeia. As restantes serão demolidas. Fernando Ruas, presidente da Câmara Municipal de Viseu, diz que será uma forma de preservar "a memória histórica" de um bairro emblemático da urbe. As casas a reabilitar irão servir, no futuro, para acolher actividades de índole cultural e uso colectivo. Algumas poderão ser entregues a associações do concelho de Viseu vocacionadas para dinamizar iniciativas de interesse geral.

Teresa Cardoso in Jornal de Notícias (25-10-2007)

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Visabeira assume controlo da empresa Parque Desportivo

O Grupo, de Viseu, Visabeira vai assumir o controle da empresa Parque Desportivo de Aveiro (PDA), logo que seja aprovado o aumento de capital da empresa municipa dos actuais 500 mil euros para 3,5 milhões de euros .
O aumento de capital será realizado em dinheiro (1, 665 milhões de euros) pela Visabeira, que detém , actualmente, 49% da PDA, e pela Câmara, que tem 51% do capital, e que realizará a sua parte em espécie, através da entrega de terrenos, ficando o grupo de Viseu, nesta fase, com 54,6% do capital, e a autarquia com 45,4 %, de acordo com a proposta que o Executivo de Élio Maia (PSD/CDS-PP) levou, ontem, à reunião de Câmara, mas que acabou por não ser votada. O PS acabou por obrigar a maioria a desistir de colocar a proposta à votação, sucedendo o mesmo como o plano de saneamento financeiro da autarquia, que prevê a contracção de um empréstimo de longo prazo no valor de 58 milhões de euros, e com a abertura do concurso para a constituição de uma parceria público-privada destinada a concretizar os investimentos (construção, ampliação e manutenção de escolas) previstos na Carta Educativa e quatro parques de estacionamento subterrâneos na cidade. Os socialistas argumentaram que não estavam em condições de votar, em consciência, documentos de tão grande complexidade e importância, que consideraram ser merecedores de "um esforço de consenso alargado" e que, como sublinharia Marques Pereira, a própria maioria levou "largos meses" a preparar.
Os vereadores do PS queixaram-se de não ter recebido a documentação "com os dois dias úteis de antecedência que a lei prevê", e , perante a insistência da maioria ( a proposta de adiamento das deliberações, posta à votação, foi chumbada), advertiram para o risco das deliberações, tomadas nessas circunstâncias, estarem feridas de nulidade. Quanto à PDA, ficou a saber-se que a Câmara pretende reduzir a participação, que tem na empresa, gradualmente, até aos 5%, à medida que o projecto avance no terreno. E, no que se refere ao plano de saneamento financeiro da autarquia, que prevê um empréstimo bancário de 58 milhões de euros, que o JN já noticiou, soube-se que será por um prazo de 12 anos, com três anos de carência de capital.
Parceria com privados para carta escolar
A construção das 13 escolas novas que a Carta Educativa prevê e a ampliação de mais 13 estabelecimentos existentes, no valor de 15 milhões de euros, é apenas parte das atribuições - e do negócio - que a Câmara de Aveiro pretende confiar a uma parceria público-privada. Na primeira fase, a sociedade comercial de capitais minoritariamente públicos a ser criada terá, também, a cargo a manutenção de todo o parque escolar, por um período de 25 anos. Mas, no futuro, poderá contratualizar com a Câmara outros serviços, como os transportes escolares ou o fornecimento de refeições, admitiu , ontem, o vereador do pelouro da Educação, Pedro Ferreira. Em contrapartida, e para abater na renda, a Câmara entregar-lhe-à a construção e a exploração de quatro parques de estacionamento subterrâneos, a construir no Rossio, ao pé do Hospital, nas traseiras do Centro de Congressos e na Avenida Lourenço Peixinho. A abertura do concurso para a selecção do(s) parceiro (s) privados foi uma das questões adiadas na reunião de Câmara de ontem.
in Jornal de Notícias

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Festa da sopa: V Festival do Caldo

Pelo quinto ano consecutivo, Outubro é mês do Festival do Caldo. Uma iniciativa com cada vez mais participantes a servirem e a comerem a sopa.Mais sopas e mais restaurantes é a promessa da organização para a edição 2007 do Festival do Caldo/Festa da Sopa de Viseu. A iniciativa, que vai na quinta edição, volta a ser uma organização conjunta do Inatel e da Confraria dos Sabores e Saberes da Beira “Grão Vasco”.
No dia 20 de Outubro, a partir das cinco e meia da tarde, no pavilhão do Inatel, vão ser servidas 58 sopas, cozinhadas por 47 restaurantes. A entrada vai custar quatro euros, tendo os participantes direito a um “kit”, composto por uma tigela e uma caneca em porcelana, que podem levar para casa, como recordação, e uma colher. No interior do recinto do festival pode-se depois provar todas as sopas acompanhadas de pão e vinhos da região. Meia hora antes do início do festival há uma palestra sobre nutricionismo e as vantagens do consumo de sopa. “Não queremos apenas uma festa com muita gente, temos também preocupações pedagógicas”, referiu José Ernesto, da direcção da confraria, na apresentação do festival.
Aos visitantes, vai também ser oferecido um livro, onde constam as receitas das sopas que vão ser servidas. Receitas que foram disponibilizadas pelos restaurantes participantes e que vão ser apresentadas em textos escritos por nutricionistas. Em 2006, entraram no recinto do festival três mil pessoas.
Este ano há “kits” para quatro mil, embora a organização não tenha nenhuma meta traçada, quanto ao número de participantes. Segundo Manuel de Almeida, do Inatel,” a fama da festa da sopas já ultrapassou as fronteiras do distrito de Viseu”. Garante que este ano vão passar pelo festival, “várias excursões do Inatel, vindas de vários pontos do país, assim como uma excursão da Casa do Pessoal dos Hospitais da Universidade de Coimbra”.

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Funicular pode estar pronto em 2008

O funicular que vai ligar o Rio Pavia à Sé poderá estar a funcionar em 2008, admite a Viseu Polis.
Foi uma das mais emblemáticas promessas do Polis. O elevador mecânico, que vai permitir ligar a zona baixa da cidade ao seu centro histórico, cerca de 300 metros, em pouco mais de dois minutos, vai mesmo avançar. O contrato de adjudicação, no valor de 5,19 milhões de euros, foi ontem adjudicado a um consórcio (Abrantina e Efacec) e tem como prazo de execução 270 dias, sendo dono da obra a Viseu Polis e como empresa mandatária a Parque Expo.
No entanto, para que a ligação mecânica - não poluente -, que vai percorrer a Calçada de Viriato, entre o espaço da Feira de São Mateus e a Sé de Viseu, entre em funcionamento é preciso que a equipa de arqueólogos já a trabalhar no terreno não encontre nada enterrado de grande valor patrimonial.
O funicular é uma das obras emblemáticas do projecto Polis de Viseu, ao permitir ligar a zona de maior intervenção, constituída pelo Parque Linear do Rio Pavia, a Cava de Viriato e a Feira de São Mateus, ao coração da cidade, agrupado em torno da Sé e da Igreja da Misericórdia.
São pouco mais de 300 metros com acentuada inclinação que as duas viaturas (carruagens) vão vencer em cerca de dois minutos, permitindo, para além do descanso às pernas, uma vista interessante sobre a parte em reconstrução (Polis) da cidade de Viseu.
Para o presidente da autarquia, Fernando Ruas, "mais que uma obra", o funicular será, a prazo, um factor de desenvolvimento que poderá assumir-se como mais-valia económica através da atracção de pessoas para a zona.
Para além do funicular, que será instalado na Calçada de Viriato, tendo como propulsão a electricidade mas com a auto-ajuda constituída pela carruagem que desce puxando, através de cabos colocados no subsolo, aquela que sobe, a obra tem como complemento um elevador que levará os passageiros do actual parque de estacionamento da Casa do Adro até ao largo da Sé, tendo este apenas escassos metros a vencer.
Durante o espaço temporal das obras, o parque de estacionamento da Casa do Adro estará encerrado, mas a autarquia vai resolver o problema, atribuindo cinco mil viagens gratuitas nos mini-autocarros eléctricos que servem aquela zona da cidade.
in Jornal As Beiras (16 de Outubro de 2007)

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Arrancam obras prévias para o funicular

Começam terça-feira, os estudos e trabalhos de escavação arqueológica na envolvente da Casa do Adro preliminares ao início das obras de construção e instalação do engenho mecânico (funicular) que vai ligar a baixa e a alta viseense, entre a Feira de S. Mateus e o Adro da Sé.
De acordo com Jornal de Notícias (JN), as escavações vão desenvolver-se, segundo informação da Câmara Municipal de Viseu (CMV), no parque de estacionamento, rua Silva Gaio e travessa da Misericórdia envolventes ao edifício da Casa do Adro, no centro histórico.
"O arranque da primeira fase dos trabalhos implica o encerramento do parque de estacionamento da casa do Adro", informa a autarquia.
Para "minorar" eventuais incómodos provocados pelos arranque das obras, em residentes e agentes económicos, a CMV decidiu disponibilizar cinco mil viagens gratuitas nos mini-autocarros eléctricos.
"Os bilhetes de acesso podem ser levantados na Sociedade de Reabilitação Urbana-Viseu Novo, a funcionar na Casa do Miradouro. Os ingressos gratuitos apenas serão oferecidos a quem fizer prova da sua residência na zona a intervencionar", avisa a autarquia.
Segundo o JN, a empreitada de construção e instalação do funicular, um meio de transporte mecânico não poluente, vai custar cinco milhões de euros e será também adjudicada na segunda-feira.
A concluir até ao final do próximo ano, a obra vai implicar a instalação de duas carruagens na Calçada de Viriato (vencendo um desnível que chega a atingir os 16%), cada uma com capacidade para 50 passageiros, que circularão em simultâneo nos sentidos ascendente e descendente.
O custo da viagem, por pessoa, está calculado em 50 cêntimos. A empreitada integra-se no programa da Sociedade Viseu/Polis.



in ViseuMais
ver: post

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Revitalização Urbana do Centro Histórico de Viseu

PETIÇÃO PELO DEBATE DA REVITALIZAÇÃO URBANA DO CENTRO HISTÓRICO DE VISEU

O Centro Histórico de Viseu (CHV) vive uma crise agonizante. É vital, é urgente pensar e requalificar o nosso centro histórico.

O envolvimento de todos os Viseenses é uma condição essencial para o sucesso das iniciativas e projectos que entretanto se venham a implementar, uma vez que permitirá auxiliar o planeamento e a implementação de uma estratégia bem sucedida, auxiliando ainda na avaliação os resultados das acções e provocando uma maior disseminação e continuidade de futuras intervenções.

É imperiosa a intervenção pública de todos nós, no debate sobre o Futuro Programa de Revitalização.

Assim, um grupo de cidadãos de Viseu que quer ver a população a discutir o futuro do Centro Histórico da Cidade, colocou hoje uma petição a circular na rua e on-line para ser entregue aos órgãos autárquicos.


Para conhecer o texto e assinar a petição vá a:
Assine e participe no debate.
A participação cidadã é um acto cívico e cultural.

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Petição pelo Centro Histórico

Preocupados com o estado de degradação, a que chegou o centro histórico de Viseu, um grupo de cidadãos lança o desafio, à autarquia e à Associação Comercial do Distrito de Viseu (ACDV), para a realização de um debate, aberto e participativo, sobre o futuro da zona mais antiga da cidade.
A petição, que é lançada hoje, tem como objectivo final a revitalização urbana do centro histórico de Viseu (CHV), que é considerado como o “ponto nevrálgico de toda a cidade”. Segundo os promotores, o documento pretende alertar a câmara e assembleia municipal e ainda a associação comercial para a necessidade de ser realizado em debate público, o mais alargado possível, sobre a estratégia a seguir. Um debate que deve incluir o maior número de “actores sociais que vivem ou frequentem o centro histórico”, como sejam os moradores, proprietários, empresários e comerciantes, em que maioria não está representada na associação comercial, trabalhadores, etc.
Para Alexandre Azevedo Pinto, um dos promotores da petição, “o debate não se deve limitar às propostas da autarquia, que encomendou um estudo à empresa Parque Expo”. Considera também “redutor” que a troca de ideias se limite à Unidade de Acompanhamento Comercial (UAC), para o Centro Histórico, de que fazem parte a câmara municipal e associação comercial.
Os promotores lembram ser tradição dos projectos da união europeia, de revitalização dos centros históricos, envolverem os cidadãos, dando assim corpo “à democracia participativa e à formação da opinião pública, tendo o projecto, muito a ganhar com a participação do maior numero de pessoas”. Consideram ainda que a participação da sociedade é uma condição essencial para o sucesso dos projectos e iniciativas que se venham a implementar. O conjunto de políticas a ser seguidas “deve ter uma capacidade inovadora e potencial capaz de gerar novos investimentos privados”.
A petição, que hoje começa a circular na cidade, para recolha de assinaturas, vai depois ser entregue a três entidades: câmara municipal, assembleia municipal e associação comercial. Entidades que segundo os promotores devem ser “ parceiras “ na implementação deste projecto de debate sobre o centro histórico de Viseu.
António Figueiredo in Jornal As Beiras (11-10-2007)

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Menos impostos para o centro histórico

Baixar taxas e impostos nacionais para quem vive, ou trabalha, no centro histórico de Viseu é o desafio lançado pela autarquia ao Governo. O objectivo é fazer com que o poder central se envolva na revitalização e recuperação da zona mais antiga da cidade.
A Câmara Municipal de Viseu quer que o governo reduza, de uma forma generalizada, as taxas e impostos cobrados aos proprietários, residentes e comerciantes do centro histórico da cidade. A iniciativa, apresentada pela maioria social-democrata, em reunião do executivo municipal, pretende “envolver” o poder central no esforço de revitalização da “parte velha” da cidade, integrada na Área Crítica de Recuperação e Reconversão Urbanística (ACRRU), definida pelo Dec-Lei 28/2003, de 11 de Junho. No documento, com cinco pontos, são propostas reduções do imposto de selo, IVA, IRC, custos associados aos registos prediais, isenção do pagamento da taxa de radiodifusão, telecomunicações e direitos de autor. Para as pequenas e médias empresas, inseridas na ACRRU, são também pedidos incentivos fiscais e apoios financeiros, alguns a fundo perdido, iguais aos que o governo tem atribuído aos designados “Projectos de Interesse Nacional”, assim como aos grandes grupos económicos e grandes investimentos sedeados na região.
Para o presidente da Câmara de Viseu, Fernando Ruas, “os ministérios da economia e das finanças associavam-se assim à autarquia, que no incentivo á modernização do centro histórico fez aprovar na assembleia municipal a minoração dos valores do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), e tem realizado profundas obras de beneficiação dos espaços públicos da ACRRU”. A proposta foi aprovada com os votos da maioria social democrata e abstenção do vereadores do PS. Os socialistas, que dizem “acreditar na bondade da proposta”, justificam a abstenção com o facto do documento ter sido apresentado durante a reunião, “não havendo por isso possibilidade de fazer qualquer análise”.
Na ordem de trabalhos da mesma reunião estava incluída uma outra proposta, com 25 pontos, apresentada pelos vereadores do PS, também sobre a revitalização do centro histórico. Proposta que foi chumbada pelo PSD. Fernando Ruas diz que “todas as propostas socialistas que sejam apresentadas publicamente, antes de discutidas na reunião de câmara, vão ser sempre chumbadas”. Miguel Ginestal, vereador do socialista, “lamenta esta posição reiterada da maioria”, mas diz estar convencido que, “mais tarde ou mais cedo, vão ter razão, porque as propostas que apresentaram vão ter que se aplicar para garantir uma melhor qualidade de vida no centro histórico de Viseu”.
António Figueiredo in Diário As Beiras (09-10-2007)

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Recordar o CAF

O Blog a Magia do Futebol tem o prazer de anunciar a abertura de um novo site onde se pode recordar, a história do Clube Académico de Futebol.

Depois de muito pesquisar na internet foi recolhendo, várias fotos e depoimentos, da longa história do CAF. O objectivo principal, é juntar num só site, as informações que se encontram espalhadas por vários sites da internet, sem o devido "tratamento". É um trabalho ingrato, porque existe muito pouca informação online. Agradecemos desde já a quem nos deu ajuda e autorização para podermos "plagiar", as suas recordações do CAF.

Este trabalho nunca será acabado, tamanha é a história do clube, mas será sempre um site em actualização, sempre que chegar ao nosso Email, "pedaços" da vida do Académico. Se tem recortes e fotografias do clube, façam-no chegar esses momentos de nostalgia para que se possa partilhar com todo o mundo.

Site: www.cafviseu.pt.vu
Email: cafviseu@gmail.com