quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Garantida construção da linha de comboio de alta velocidade

O comboio de alta velocidade vai passar por Viseu.
A garantia foi deixada, anteontem à noite, pelo ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, que se deslocou à cidade, a convite da Federação Distrital do PS, para participar numa sessão pública sobre as acessibilidades no distrito.
"Viseu não vai ficar à margem do comboio de alta velocidade, uma vez que a cidade ficará servida pela linha Aveiro-Salamanca", assegurou Mário Lino. "Será uma linha mista de passageiros e mercadorias", acrescentou o governante, que garantiu ainda a construção em Viseu de uma estação ferroviária para aquele transporte.
"O comboio de alta velocidade não parará sempre em Viseu. Umas vezes sim, outras não, depende da procura", disse, desafiando então a autarquia local e as congéneres vizinhas, a avançarem, com os privados, com a criação de uma plataforma logística ou um parque industrial.
As declarações de Mário Lino motivaram a imediata reacção do presidente da Câmara de Viseu, que exige que todos os comboios que venham a circular na linha de alta velocidade parem no seu concelho.
"A oferta determina a procura", argumentou Fernando Ruas. O prazo de conclusão da futura linha é o ano de 2017, mas a data poderá ser antecipada dois ou três anos, uma vez que as obras já começaram no porto marítimo de Aveiro, apurou o Jornal de Notícias.
A construção da rede de alta velocidade ou prestações elevadas, como é tecnicamente designada, vai ser implementada por fases. A forma como vai compaginar-se com a linha da Beira Alta não ficou totalmente esclarecida. O ministro afirmou que a alta velocidade que vai servir Viseu estabelecerá uma ligação depois com a linha da Beira Alta e dali seguirá até Salamanca. Contudo, José Junqueiro, deputado e líder da distrital socialista, fala em projectos distintos.
"A alta velocidade entre Aveiro e Salamanca é uma coisa. A ligação de Viseu à linha da Beira Alta é outra. A certeza que temos, é que Viseu passará a figurar no mapa da ferrovia de bitola europeia", enfatizou.
O anúncio do ministro foi aplaudido pelas 170 pessoas que participaram naquela sessão pública promovida pelo Partido Socialista.
250quilómetros por hora será a velocidade máxima do comboio de prestações elevadas que a partir de 2017, na pior das hipõteses, passará por Viseu, na ligação Aveiro- Salamanca. Será um transporte misto de passageiros e mercadorias e terá uma estação na cidade.
Auto-estrada a Coimbra
Em Março de 2008 deverá ser lançado o concurso público para a construção da auto-estrada entre Viseu e Coimbra, uma via que irá substituir o actual Itinerário Principal 3 (IP3). O anúncio foi feito por Mário Lino, na mesma reunião, ao revelar estarem já a decorrer as avaliações de impacto ambiental.
"A minha perspectiva é que até Março esteja concluído o estudo, posto o que estaremos em condições para lançar a obra", afirmou o governante. Questionado sobre a existência de uma curva na A25, junto ao Caçador, perto de Viseu, onde os condutores não podem circular a mais de 80 Km/hora, num traçado onde a velocidade é de 120 Km/hora, construída com carácter provisório, o ministro reconheceu o problema.
"É um estrangulamento. No entanto, temos outras obras prioritárias", disse, taxativo. Baptizada por "bossa do camelo", a curva tem sido alvo de críticas das populações, da Câmara de Viseu e até da Associação de Cidadãos Auto-Mobilizados, que chegou levar o caso à justiça. O tribunal reconheceu o perigo e aconselhou a Estradas de Portugal, a reforçar a sinalética no local.

Rui Bondoso in Jornal de Notícias (28-11-2007)

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Dão-Lafões lança quatro rotas turísticas temáticas




A partir de Março do próximo ano, as principais agências de viagens do país terão um novo produto para vender quatro rotas temáticas, traçadas no "coração" da cidade de Viseu, a partir das quais os turistas poderão partir à descoberta de um "mundo de experiências" na região.
Adriano Azevedo, presidente da Região de Turismo Dão Lafões (RTDL), justifica a iniciativa, que considera "inovadora", com a necessidade de "adequar o potencial turístico às possibilidades, necessidades e motivações dos visitantes".As quatro rotas, propostas de forma estruturada, inspiram-se em ícones "incontornáveis" da riqueza histórica e cultural da cidade de Viseu desde o tempo dos romanos até ao século XX Viriato, Grão Vasco, Camilo Castelo Branco e Aquilino Ribeiro.
Cada rota é constituída por três elementos base percurso temático com visitas orientadas de duas a três horas; escolhas do "mundo de experiências" (cultura, monumentos, sabores e artesanato) nos restantes 11 concelhos que integram a região; e programa de estadias.
O objectivo desta acção, concertada com vários operadores, "é exceder as expectativas dos turistas, levando-os a permanecer vários dias na região", e afirmar a região Dão-Lafões "como uma marca de prestígio nos mercados interno e externo", sustenta o presidente da RTDL.

Teresa Cardoso in Jornal de Notícias


As rotas

Grão Vasco - Começa com uma visita ao museu Grão Vasco, junto à Sé Catedral, onde se vai também visitar o Museu de Arte Sacra. Faz–se depois um percurso por algumas pontos de interesse de algumas ruas do centro histórico. A rota termina no Fontelo junto ao antigo Paço Episcopal. A distância a percorrer é de aproximadamente 3,5 km e tem uma duração prevista de três horas.

Viriato - Tem início junto à cava de Viriato, no largo da feira de São Mateus. Passa no centro de artesanato na Casa da Ribeira, que fica encostada ao rio Pavia. Sobe-se a Rua Direita, até à Rua Formosa onde estão as ruínas da muralha romana. Segue-se para o centro histórico, através da rua Augusto Hilário, até à Sé. Duração aproximada de duas horas para uma distância de 2 km .

Amor de Perdição - Gira à volta do Largo Mouzinho de Albuquerque, ao fundo da rua Direita, local que foi o cenário do filme baseado no livro Amor de Perdição. São propostas de visita o Solar dos Albuquerques, a fonte de São Francisco e o Convento do Bom Jesus. Distância de 2 km a percorrer em duas horas.

Aquilino Ribeiro - Começa na Rua do Arco, por onde o escritor “terá entrado pela primeira vez em Viseu”. Através da rua direita e subindo as escadinhas da Sé chega-se ao centro histórico. Descendo ao Rossio, encontramos, um pouco antes, o Jardim das Mães, onde está o Museu Almeida Moreira. No centro da cidade há o parque Aquilino Ribeiro. A rota segue depois para o fontelo onde o escritor esteve preso, no edifício onde hoje está instalado o solar do vinho do Dão. Duração de duas horas e meia para se percorrer cerca de 2,5 km.

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Bens da Misericórdia dão corpo a novo museu

Os bens e objectos de arte mais valiosos da Santa Casa da Misericórdia de Viseu, fundada há quase cinco séculos (1516), dão corpo a mais um museu que abriu portas na cidade. O espaço foi inaugurado no domingo e ocupa toda a a ala norte da Igreja da Misericórdia, desde o rés-do-chão à torre do templo setecentista, com exuberante fachada rococó. Ao museu deram-lhe o nome de "Tesouro da Misericórdia".
A Santa Casa investiu ali cerca de 300 mil euros. O dinheiro foi gasto na requalificação dos espaços e no restauro do espólio, que andava disperso por vários locais da cidade. "Algum estava muito maltratado", lembra Alberto Correia, historiador, arqueólogo e antigo director do museu Grão Vasco, que coordenou os trabalhos de instalação do novo espaço museológico.
"Os objectos de arte, agora expostos para fruição do público, ganharão uma vida nova e tornar-se-ão fonte de novos conhecimentos, lugar de educação e de deleite", sublinha.
O museu está dividido em oito núcleos expositivos. O primeiro, no rés-do-chão, conta a história dos 500 anos da Santa casa da Misericórdia de Viseu. É uma história de afectos sentida e vertida em documentos guardados num expositor preso à parede.
Logo depois, ainda ao nível do solo, entra-se na sala que evoca a farmácia do antigo hospital da Misericórdia. Uma vitrina mostra frascos de vidro, boiões, jarros medidores, almofarizes e uma balança. "Tudo a fazer lembrar o espaço de acolhimento e serviço tantas vezes procurado por homens e mulheres em horas de aflição", explica Alberto Correia.
A seguir, mas já no primeiro piso, e depois de vencer uma imponente escadaria de pedra, abre-se a galeria de benfeitores. Vêem-se aqui os retratos pintados a óleo de quantos generosamente doaram todos ou parte de seus bens à Misericórdia viseese. No mesmo piso, acolhem-se ainda outros três núcleos expositivos que revelam rituais e obras de fé.
Na torre, os últimos dois. Na primeira sala, uma cruz dourada gigante orna uma das paredes. E na segunda, pode apreciar-se um oratório e um candelabro majestoso. O museu da Misericórdia é o quarto que abriu na cidade, que dispõe do Grão Vasco, do Almeida Moreira e o de Arte Sacra.

Rui Bondoso in Jornal de Notícis (23-11-2007)

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Polis requalifica Cava de Viriato

A Cava de Viriato vai começar a ser recuperada, no âmbito do programa Polis. A empreitada, orçada em dois milhões de euros, foi ontem consignada.
As obras de recuperação e arranjo paisagístico de parte da Cava de Viriato deverão estar acabadas no prazo de nove meses, ou seja, no próximo Verão. Recorde-se que este monumento nacional é uma fortificação defensiva, situada na cidade de Viseu, em forma de octógono com dois mil metros de perímetro.
O representante da autarquia na sociedade Viseu Polis, Américo Nunes, realçou que esta fortificação defensiva – constituída por um talude de 15 metros de altura e um fosso externo – é "algo sui generis na Península Ibérica". Contou que existe "um monumento parecido no Iraque", em Samarra, e lembrou que, até hoje, se mantém a dúvida se a Cava de Viriato tem mesmo origem romana (século I antes de Cristo) ou se esta será árabe (século XI depois de Cristo).
"Os próximos tempos vão ser interessantes. Vai haver um trabalho de pesquisa arqueológica que vai complementar o que em tempos fizemos", afirmou Américo Nunes, esperando que fique definitivamente esclarecida a origem da fortificação.
Monumento nacional desde 1910
A Cava de Viriato é monumento nacional desde 1910 e está definida no Plano Director Municipal como espaço cultural. A intervenção vai incidir nas ruas dos Plátanos, do Coval e do Picadeiro (zonas do interior do octógono onde existem habitações), onde serão enterradas as infra-estruturas de abastecimento de água, luz e telefone e feitos pavimentos com acabamento em granito. Haverá uma praça entre a Rua do Picadeiro e o Coval que servirá de entrada para a Cava do Viriato, onde ficarão equipamentos de apoio, como instalações sanitárias e cafetaria.
A empreitada compreende ainda a recuperação de algumas zonas do talude, com limpeza e reformulação geométrica (através de movimentação de terra), criação de espaços verdes, iluminação, caminhos pedonais e mobiliário urbano.
"É um projecto de requalificação que fica aquém do que pretendíamos", devido aos cortes orçamentais, lamentou Américo Nunes, mostrando-se, no entanto, convicto de que, no futuro, será requalificada toda a área da Cava, "porque constitui uma referência para Viseu". O mesmo lamento foi deixado pelo presidente da autarquia, Fernando Ruas, lembrando que inicialmente estava prevista a criação de um centro de interpretação em articulação com o Ministério da Cultura e outros equipamentos ligados ao Ambiente e ao Desporto, que foram abandonados.
O autarca social-democrata lembrou que a Cava de Viriato "durante anos nunca teve qualquer intervenção" e que "foi um monumento ignorado durante muito tempo", considerando fundamental dotá-la de condições para atrair a Viseu quem se interessa por turismo cultural.
in Diário As Beiras 20-11-2007

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Arquivo do Grão Vasco em catálogo digital

A directora do Museu Grão Vasco, Ana Paula Abrantes, anunciou que vai ser disponibilizado em suporte digital um catálogo do Arquivo do museu com documentos "de valor inestimável" sobre a Sé e a cidade Viseu.
O catálogo digitalizado "tem cerca de 300 documentos, 17 dos quais são livros manuscritos apresentados na íntegra" - explicou Ana Paula Abrantes, acrescentando que será comercializado por 25 euros, um valor que considera acessível a todos, "tendo em conta o seu valioso conteúdo".
O documento do Arquivo do Museu Grão Vasco esteve a cargo do investigador Anísio Saraiva e foi feito "em tempo recorde. O processo começou em Fevereiro e tudo decorreu em apenas cinco meses", referiu a directora.
Anísio Saraiva explicou que com este catálogo digital "será disponibilizado acesso imediato ao documento, ao mesmo tempo que preserva o acervo do inevitável esgaste da consulta".
"O acesso virtual a cada documento acompanha a respectiva descrição arquivística, datação e sumário", assinalou.
O catálogo do Arquivo do Museu Grão Vasco em suporte digital estará disponível no Museu Grão Vasco, na Biblioteca e Arquivo de Viseu.
Segundo catálogo para breve
Anísio Saraiva avançou ainda que em breve sairá um segundo catálogo digital, "com documentação do Século XVII ao século XX, com cerca de 900 documentos".
O catálogo serviu de mote para a exposição "Monumentos de Escrita 400 Anos da História da Sé e da Cidade de Viseu (1230-1639)", que inaugurou anteontem no Museu Grão Vasco.
Viagem de 400 anos
"Esta é uma exposição diferente, que iremos apresentar de forma dinâmica e interactiva, com o intuito de levar as pessoas a embarcarem numa "viagem", podendo explorar conteúdos em grupo, realçou Ana Paula Abrantes.
Patentes ao público estarão, até dia 17 de Fevereiro de 2008, documentos "de valor inestimável" do arquivo do Museu Grão Vasco.
"Uma colecção que não é objecto de exposições frequentes", frisou.
"Monumentos de Escrita" tem como denominador comum a Sé e a cidade de Viseu, entre os séculos XIII e XVII, e será composta por dois programas narrativos - explicou.
O primeiro é dedicado à Memória da Escrita, em que se explica como a escrita e os escritos evoluíram, recorrendo à tecnologia multimédia.
O segundo é dedicado à Escrita da Memória e "explora a história da Sé e da cidade de Viseu, entrecruzando aspectos relacionados com o exercício do poder concelhio, a formação e ocupação do espaço urbano, e o protagonismo dos bispos e cónegos de Viseu no contexto religioso, cultural e político dos períodos medieval, renascentista e da contra-reforma".
Recorde-se que o museu Grão Vasco foi objecto, entre 2001 e 2003, de obras de reestruturação. O projecto da autoria do arquitecto Eduardo Souto Moura, visou a adaptação do imóvel do século XVI às exigências de um programa museológico novo.

in Jornal de Notícias (19-11-2007)

Museu: Tesouro da Misericórdia

Embora tivesse deixado a explicação da estrutura do 'Tesouro da Misericórdia', como é chamado o Museu da Santa Casa da Misericórdia de Viseu (SCMV), para Alberto Correia, o director do espaço, o provedor da SCMV não deixou de falar nessa outra valência da instituição particular de solidariedade social.
"Tudo isto partiu da ideia de recuperar os objectos que se encontravam "desconsiderados" em diversos locais da instituição e de "arranjar um espaço para os acolher e expô-los de uma forma equilibrada", pelo que houve "necessidade reestruturar o edifício", afirmou ontem ao nosso Jornal o coronel Magalhães Soeiro, provedor da Santa Casa da Misericórdia de Viseu.

A declaração foi feita no âmbito da inauguração do 'Tesouro da Misericórdia', cerimónia em que esteve presente Fernando Ruas, presidente da Câmara Municipal de Viseu e Figueiredo Lopes, antigo ministro da Administração Interna no Governo de Durão Barroso.
A finalidade foi fazer a "evocação" da História da Santa Casa, assim como dos "provedores e dos benfeitores da instituição" frisou o coronel Magalhães Soeiro, manifestamente satisfeito pela existencia de mais esta valência da SCMV.
Questionado sobre o investimento da obra, o provedor começou por dizer que custou "muito dinheiro", para especificar "ter ultrapassado os 200 mil euros", tudo a expensas da Misericórdia, que não recebeu a ajuda de qualquer entidade, fosse pública ou privada.

História

"Estas obras são como as públicas. Mais uma coisa ali, outra acolá, e quando se vai ver o custo disparou. Foi o que aconteceu quando se verificou ter de arranjar o telhado do Museu", esclareceu o coronel Magalhães Soeiro, o qual não deixou de revelar que muito do acervo do Museu foi restaurado num empresa de topo, em Lisboa.
A Igreja da Misericórdia começou a ser edificada em 1775, sendo o mestre pedreiro António da Costa Faro o responsável pela obra e talvez também o autor do desenho da fachada, que apresenta muitas semelhanças com o da Igreja dos Terceiros, igualmente nesta cidade.
O corpo central da fachada prolonga-se por mais dois laterais, dando à Igreja ares de solar, onde assentam as torres de formas bem características.
A Igreja tem três retábulos de estilo Neoclássico. No trono do retábulo-mor repousa a imagem da Nossa Senhora da Misericórdia

in Diário de Viseu

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Quinta Pedagógica em Viseu

in Jornal de Notícias

Operação STOP

O presidente da Câmara de Viseu foi mandado parar numa operação stop da PSP.
O radar registou excesso de velocidade, mas o autarca não foi identificado pela polícia.
Fernando Ruas, presidente da Câmara de Viseu, foi apanhado a conduzir em excesso de velocidade, numa operação stop da PSP. O registo do radar foi feito na noite de sexta-feira, na Avenida da Europa, entre as 23H00 e as 00H00. Nessa noite, a Polícia de Segurança Pública tinham montado, em vários pontos da cidade, patrulhas de controlo de automobilistas.
As primeiras horas da operação da PSP foram seguidas pelo governador civil de Viseu, que convidou a comunicação social para acompanhar o desenrolar da operação. Na altura em que o governador e acompanhantes estavam na Avenida da Europa, foi mandada parar uma viatura que tinha como condutor Fernando Ruas – o que se constatou quando o veículo já estava imobilizada. Avisado o governador, Acácio Pinto dirigiu-se à viatura, conversou com o presidente da câmara, que depois arrancou, sem ser identificado.
Sucede que a situação nata tem de comum, já que todos os condutores, que são mandados parar, depois de um registo do excesso de velocidade, são identificados. O governador civil garante que quando se dirigiu à viatura, onde estava o presidente da câmara, não sabia que havia um registo por excesso de velocidade. Acácio Pinto diz que tiveram uma conversa normal, em que lhe explicou que estava acompanhar uma operação da polícia, no âmbito de uma campanha do Governo para a redução da sinistralidade rodoviária. Por seu turno, Fernando Ruas diz que desconhece a existência da multa. Afirma que, no local, ninguém o informou do motivo pelo qual foi mandado parar.
Logo na noite da operação, o comandante da polícia, confrontado pelo jornalistas, que estavam a seguir a operação, disse não poder confirmar se a viatura conduzida pelo presidente da câmara ia ou não em excesso de velocidade. Os jornalistas estranharam, já que, noutro ponto de controlo, por onde tinham passado, na estrada da circunvalação, sempre que um automobilista fazia disparar o radar sabia-se, quase de imediato, a que velocidade circulava. Ontem, o comandante da PSP de Viseu confirmou que a viatura conduzida pelo presidente da câmara circulava a uma velocidade de 89 km/h, numa zona onde o limite é de 50 km/h. Sobre o facto do autarca não ter sido identificado, no local, o comandante da polícia diz quer houve uma falha de coordenação, entre os agentes que estavam a fazer a operação.
Ontem, também, o DIÁRIO AS BEIRAS apurou que a comunicação, para o presidente da Câmara de Viseu, já seguiu pelo correio. Por ter excedido o limite de velocidade, em mais de 30 km/h, Fernando Ruas fica sujeito a uma multa de 120 euros, podendo ficar inibido de conduzir por um período de 60 dias. Pena que pode ser suspensa, se o autarca não tiver antecedentes graves, por violação do Código da Estrada. Refira-se que, na operação, realizada pela PSP, em que participaram 31 agentes, foram fiscalizados 154 veículos ligeiros de passageiros, oito de mercadorias e um motociclo. Foram controlados três condutores com excesso de álcool, um que não tinha seguro e outro que não se fazia acompanhar da inspecção da viatura. 873 veículos foram controlados por radar, sendo que 63 circulavam em excesso de velocidade.
in Diário As Beiras (13-11-2007)

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Debate sobre o centro histórico já tem assinaturas

A petição para a realização de debates sobre o centro histórico já foram enviadas à câmara e à assembleia municipal e ainda à Associação Comercial do Distrito de Viseu (ACDV).
Em cerca de duas semanas e meia foram recolhidas cerca de 990 assinaturas a pedir debates públicos sobre o futuro do centro histórico de Viseu. A iniciativa, de um auto-denominado movimento cívico de cidadãos, tem como objectivo alertar as entidades autárquicas e a ACDV para a necessidade de se envolver a sociedade civil na definição do futuro que está guardado para a parte mais antiga da cidade.
Segundo Alexandre Azevedo Pinto, porta-voz do grupo, a recolha de assinaturas foi feita de uma forma simples, sem qualquer tipo de organização formal. "Não andámos à caça de assinaturas. Quem assinou estava ou era devidamente informado dos objectivos", refere. Grande parte dos subscritores foram os moradores que ainda "resistem" nas vielas do centro histórico como sejam a Rua Escura , Rua dos Loureiros, Rua das Quintãs, etc. "Algumas assinaturas tiveram conversas prévias de meia hora", esclarece um dos promotores do abaixo-assinado. "As pessoas que ainda resistem no centro histórico têm muito para contar. Tomámos conhecimento de situações dramáticas, onde comerciantes, que hoje pouco facturam, sabem que quando morrerem o negócio fecha", realçou.
Na petição enviada à assembleia municipal é solicitada a convocação de uma reunião extraordinária para se falar do futuro do centro histórico. À câmara municipal é pedido para, da forma que entender, ouvir a sociedade civil não se ficando pelo estudo que encomendou à sociedade Parque Expo. À associação comercial é solicitada a promoção da participação no debate junto dos associados.
O movimento cívico de cidadãos que pôs em marcha esta iniciativa tem recolhido várias ideias, mesmo através da página que existe na Internet, que irá apresentar quando os debates se realizarem. Os promotores do abaixo-assinado esperam que o pedido, "feito por centenas de pessoas, de uma foram honesta, não seja ignorado pelo diferentes poderes".

in Diário As Beiras (06-11-2007)

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Quadra de Natal com menos luz

Os comerciantes dizem que o ano foi “fraco” e por isso não têm disponibilidades financeiras para comparticipar nos custos das tradicionais iluminações natalícias.
No próximo Natal vão ser menos as ruas iluminadas na cidade de Viseu. Uma certeza que tem levado o presidente da Associação Comercial do Distrito (ACDV), Gualter Mirandez, a fazer, nos últimos dias, diversos contactos com os comerciantes, numa derradeira tentativa para que algumas das ruas, junto do Rossio, em pleno no coração da cidade, não fiquem às escuras.
As atenções de Gualter Mirandez estão agora centradas, essencialmente, nas ruas do Comércio e Miguel Bombarda. Os comerciantes, que estão disponíveis para pagar, não chegam para cobrir 50 por cento dos custos, que é o mínimo necessário para que as iluminações sejam instaladas. “ Se nada for alterado, estas duas ruas não vão ser iluminadas. Vamos ainda fazer um novo forcing junto dos comerciantes para ver se há uma maior participação e não ficam às escuras”, refere o presidente da ACDV.
Gualter Mirandez recorda que uma “situação idêntica já se passou há uns anos , também na Rua do Comércio, que chegou a ficar sem iluminação. Felizmente, isso depois foi ultrapassado, tendo nos últimos anos sido iluminada. Vamos ver se o mesmo acontece agora”.
Na cidade de Viseu, as despesas de instalação das iluminações de Natal são repartidas pelos comerciantes, em cada rua, pela ACDV e pela câmara municipal.
Programa de animação de rua está feito
Para além da iluminação de Natal, a ACDV tem nos últimos anos preparado a chamada animação de rua. O programa para 2007 já está elaborado e inclui artistas e grupos de teatro que vão, mais próximo da quadra natalícia, percorrer as principais ruas comerciais da cidade. “Para criar uma ligação, cada vez maior, dos mais pequenos ao comércio tradicional, vai haver também actividades específicas destinadas às escolas”, refere Gualter Mirandez.
Os comerciantes da cidade de Viseu vão ainda ser convidados pela associação a participar num concurso de decoração de montras com motivos de Natal.
in Jornal As Beiras (05 de Novembro de 2007)