segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Museu: Tesouro da Misericórdia

Embora tivesse deixado a explicação da estrutura do 'Tesouro da Misericórdia', como é chamado o Museu da Santa Casa da Misericórdia de Viseu (SCMV), para Alberto Correia, o director do espaço, o provedor da SCMV não deixou de falar nessa outra valência da instituição particular de solidariedade social.
"Tudo isto partiu da ideia de recuperar os objectos que se encontravam "desconsiderados" em diversos locais da instituição e de "arranjar um espaço para os acolher e expô-los de uma forma equilibrada", pelo que houve "necessidade reestruturar o edifício", afirmou ontem ao nosso Jornal o coronel Magalhães Soeiro, provedor da Santa Casa da Misericórdia de Viseu.

A declaração foi feita no âmbito da inauguração do 'Tesouro da Misericórdia', cerimónia em que esteve presente Fernando Ruas, presidente da Câmara Municipal de Viseu e Figueiredo Lopes, antigo ministro da Administração Interna no Governo de Durão Barroso.
A finalidade foi fazer a "evocação" da História da Santa Casa, assim como dos "provedores e dos benfeitores da instituição" frisou o coronel Magalhães Soeiro, manifestamente satisfeito pela existencia de mais esta valência da SCMV.
Questionado sobre o investimento da obra, o provedor começou por dizer que custou "muito dinheiro", para especificar "ter ultrapassado os 200 mil euros", tudo a expensas da Misericórdia, que não recebeu a ajuda de qualquer entidade, fosse pública ou privada.

História

"Estas obras são como as públicas. Mais uma coisa ali, outra acolá, e quando se vai ver o custo disparou. Foi o que aconteceu quando se verificou ter de arranjar o telhado do Museu", esclareceu o coronel Magalhães Soeiro, o qual não deixou de revelar que muito do acervo do Museu foi restaurado num empresa de topo, em Lisboa.
A Igreja da Misericórdia começou a ser edificada em 1775, sendo o mestre pedreiro António da Costa Faro o responsável pela obra e talvez também o autor do desenho da fachada, que apresenta muitas semelhanças com o da Igreja dos Terceiros, igualmente nesta cidade.
O corpo central da fachada prolonga-se por mais dois laterais, dando à Igreja ares de solar, onde assentam as torres de formas bem características.
A Igreja tem três retábulos de estilo Neoclássico. No trono do retábulo-mor repousa a imagem da Nossa Senhora da Misericórdia

in Diário de Viseu

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