sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Mais oito centros comerciais à espera de abrir as portas

Oito novas grandes superfícies comerciais preparam-se para assentar arraiais na cidade de Viseu.
A maioria já possui autorização de instalação, obtida junto da Direcção Regional de Economia (DGE), e poderá abrir as portas logo que queira. As futuras unidades irão juntar-se à mão cheia de projectos idênticos que, nos últimos meses, têm escolhido o concelho para ancorar os seus investimentos. A autarquia viseense demarca-se do processo de viabilização e sustenta que será o mercado a ditar as regras.
"Se nos dizem que há um investimento para Viseu de sete milhões de euros, que pode atrair clientela de Nelas, Gouveia e zonas limítrofes e criar 200 postos de trabalho, acham que há algum presidente de câmara que diga que não? Só se for 'tolinho'", disserta o presidente da autarquia, Fernando Ruas, para justificar a aceitação de novos centros comerciais que chegam com a aprovação prévia da DGE e do Ministério do Ambiente.
O autarca admite que poderá não haver clientela para tanto espaço comercial, mas considera que a decisão final cabe aos investidores. "As empresas fazem estudos de mercado antes de se instalarem. Se virem que não dá, desistem. É a lei de mercado", declara.
A localização dos investimentos cobre a quase totalidade das principais entradas/saídas do concelho de Viseu, conforme indicação sugerida por um estudo realizado pela autarquia, sendo que a única zona que irá continuar descoberta pela rede é a saída para Poente - percurso S. Cipriano, Torredeita e Farminhão.Após a instalação recente do Retail Park em Fragosela (incorpora o Carrefour), do Fórum/Viseu (Feira Nova), do Palácio do Gelo (Jumbo) e do Stapples Office Center (circular norte), entre outros, há novos espaços em vias de entrar no mercado. Estão neste caso a Macro (Estrada de Sátão), Sonae (ao lado do Continente), Plus (Pascoal), Retail Park e Intermarché (Cabanões), L'Eclerc (Ranhados), Mini-Preço (Abraveses) e Intermarché (Póvoa de Sobrinhos).
Fernando Ruas considera que a instalação de centros comerciais no centro da cidade é benéfica para o comércio tradicional. "Veja-se o que aconteceu às lojas junto ao Fórum", desafia.

Texto de Teressa Cardoso in Jornal de Notícias (14-12-2007)

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