sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Localizar bares nocturnos nas margens do rio Pavia

Vai ser criada uma área de concentração de bares, junto às margens do rio Pavia, o mais afastada possível das zonas residenciais. A nova centralidade não ditará o encerramento dos estabelecimentos de diversão nocturna que funcionam no centro histórico. Mas poderá, através da diferenciação de horários, atenuar conflitos recorrentes de vizinhança.
O anúncio foi feito, ontem, por Fernando Ruas, presidente da Câmara Municipal de Viseu (CMV), à margem da reunião pública do executivo.
"Os bares com porta aberta no centro histórico passarão a fechar mais cedo. Faremos um estudo sobre a matéria, mas creio que poderão ir até à meia noite ou uma da madrugada.
Ao contrário, todos aqueles que venham a instalar-se na zona ribeirinha praticarão horários de funcionamento mais alargados, uma vez que estão longe das áreas residenciais", explicou o autarca.
Fernando Ruas recorda que a política da "diferenciação de horários é prática em várias cidades portuguesas". E pode ser um instrumento regulador da convivência entre estabelecimentos de diversão nocturna e vizinhos."Essa conflitualidade estará sempre latente, nem que seja pelo barulho que os utilizadores fazem nas ruas, mas creio que com um horário mais apertado os bares no centro histórico serão uma mais-valia", sustenta.
O projecto para a criação de uma zona de bares junto ao Pavia avançará, segundo Fernando Ruas, logo que esteja concluída a requalificação em curso das margens do rio.
O autarca estima que a zona comporte pelo menos uma dezena de espaços, alguns dos quais poderão ser acoplados a restaurantes já autorizados.
A iniciativa pretende acabar com várias queixas contra os bares. No largo Nossa Senhora da Conceição sucedem-se as vistorias a um estabelecimento onde foram detectadas várias infracções. Hoje, pelas 16 horas, vai ser reavaliado o sistema eléctrico que a empresa diz ter regularizado. Prosseguem as medições do ruído. Na Prebenda, outro bar viu o seu horário reduzido.
in Jornal de Notícias (22-02-2008)

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