sábado, 1 de março de 2008

Obras de arte da diocese em exposição no seminário

Oitenta obras de arte pertencentes à diocese de Viseu vão ser mostradas ao público na exposição “Da Palavra à Imagem”, a inaugurar hoje, às 16H30, no Seminário Maior, no Largo de Santa Cristina.A maioria delas pertence às colecções do Seminário Maior de Viseu, do Seminário Menor de S. José (Fornos de Algodres), recentemente encerrado, e do Paço Episcopal. Muitas destas

obras nunca foram expostas, sendo por isso desconhecidas do grande público. As quatro pinturas da Escola de Grão Vasco, pertencentes ao acervo do Paço Episcopal, que também vão estar na exposição, apenas foram apresentadas ao público em Viseu, no ano de 1944, numa exposição diocesana de arte sacra, e fizeram parte de exposições sobre Grão Vasco realizadas em Lisboa, em 1992, e outra em Salamanca Capital da Cultura 2002.
A iniciativa é do recém- -criado Departamento dos Bens Culturais da Diocese de Viseu, que diz estar “consciente da importância do seu património cultural”, pretendendo por isso desenvolver iniciativas que “promovam o seu conhecimento, conservação, valorização e dinamização”.
Segundo os organizadores, “a articulação entre a Palavra Bíblica e a Imagem” é o fio condutor dos cinco núcleos expositivos, que formam a exposição: A Palavra Geradora, a Palavra Anunciada e Cumprida, A Palavra Testemunhada, a Palavra Celebrada e a Luz da Palavra.

Com esta iniciativa, a Diocese de Viseu pretende também a dinamização do espaço do edifício do Seminário Maior, onde “a portaria, o claustro, as escadas suspensas e a igreja constituem espaços de referência da arquitectura barroca de Viseu”.
António Figueiredo in Diário As Beiras (01-03-2008)

8 comentários:

Anónimo disse...

"...Departamento dos Bens Culturais da Diocese de Viseu, que diz estar “consciente da importância do seu património cultural”, pretendendo por isso desenvolver iniciativas que “promovam o seu conhecimento, conservação, valorização e dinamização”. ..."

Da forma como foi efectuada a fixação (por dois parafusos)aquela bela peça de baixo relevo ,em Alabastro,a um painel de acrilico, fica bem patente a forma como este património vai ser cuidado...????

Será que não têm dois olhos de testa para ver que uma peça daquela qualidade não pode ser tratada desta forma amadora... SIM SENHOR BELO COMEÇO.... Deus nos Ajude.

Com outras pessoas e em outros locais já teriam rodado cabeças....

Anónimo disse...

Antes de tecer este comentário, o anónimo, deveria ter procurado saber a origem dos parafusos e de quem é a sua responsabilidade. Fazer comentários sem saber do que está a falar revela ignorância. Por isso bem pode esperar sentado que não vão rolar cabeças...

Anónimo disse...

Claro que sei qual a origem dos parafusos.... A responsabilidade é certamente de quem promoveu tal evento e não acautelou as coisas da forma que devia.
É claro que não vão rolar cabeças... desde quando neste pais é crime lesar património?

Anónimo disse...

Alabastro - Exposição "Da Palavra à Imagem"

O Alabastro exposto na exposição "Da Palavra à Imagem" encontrava-se aplicado numa caixa de madeira através de dois parafusos. Desconhecemos a data em que estes furos e esta aplicação na caixa foram realizados. Foi assim que encontrámos a peça. Para a sua exposição considerámos que a caixa de madeira anulava o efeito translúcido do alabastro e condicionava a apreciação estética do conjunto. Consequentemente, depois de avaliado se a remoção da caixa de madeira não provocaria danos na peça, efectuou-se essa operação e substituiu-se o suporte por um de acrílico, especificamente realizado para o efeito. Dada a existência das perfurações, optou-se por manter os parafusos, que foram substituídos por parafusos anti-oxidantes, mas a sustentação da peça recai essencialmente sobre a base. Não somos amadores e temos competência para saber que uma peça destas não pode ser perfurada, pelo que nunca teríamos tal actuação. Trata-se de uma intervenção que não é da nossa responsabilidade, tal como as realizadas em outras peças também presentes na exposição, como por exemplo a moldura de talha rococó da pintura de São João Evangelista. A realização desta exposição, para além dos objectivos comuns a este tipo de eventos, tem por objectivo mostrar de forma pedagógica algumas actuações que não devem ser feitas no património.
Não adianta olharmos para o passado, é importante olharmos para o futuro e vermos o que podemos melhorar e de que forma podemos valorizar o património. E isso está a ser conseguido com esta Exposição.
É importante que a comunidade viseense se envolva na valorização do seu património. Todas as iniciativas devem ser valorizadas e era bom que fossem em maior número. É importante que não nos limitemos a criticar o trabalho dos outros e que procuremos dar o nosso contributo de forma construtiva.
O Departamento dos Bens Culturais da Diocese de Viseu pretende que o seu projecto se desenvolva no quadro de um diálogo constante não só com a diocese, mas também com a comunidade em geral. A colaboração de todos é fundamental para encontrarmos as soluções mais adequadas em face de um património tão vasto, diversificado e de valor como o da diocese de Viseu.

Departamento dos Bens Culturais da Diocese de Viseu

Bens Culturais da Diocese de Viseu disse...

Alabastro - Exposição "Da Palavra à Imagem"

O Alabastro exposto na exposição "Da Palavra à Imagem" encontrava-se aplicado numa caixa de madeira através de dois parafusos. Desconhecemos a data em que estes furos e esta aplicação na caixa foram realizados. Foi assim que encontrámos a peça. Para a sua exposição considerámos que a caixa de madeira anulava o efeito translúcido do alabastro e condicionava a apreciação estética do conjunto. Consequentemente, depois de avaliado se a remoção da caixa de madeira não provocaria danos na peça, efectuou-se essa operação e substituiu-se o suporte por um de acrílico, especificamente realizado para o efeito. Dada a existência das perfurações, optou-se por manter os parafusos, que foram substituídos por parafusos anti-oxidantes, mas a sustentação da peça recai essencialmente sobre a base. Não somos amadores e temos competência para saber que uma peça destas não pode ser perfurada, pelo que nunca teríamos tal actuação. Trata-se de uma intervenção que não é da nossa responsabilidade, tal como as realizadas em outras peças também presentes na exposição, como por exemplo a moldura de talha rococó da pintura de São João Evangelista. A realização desta exposição, para além dos objectivos comuns a este tipo de eventos, tem por objectivo mostrar de forma pedagógica algumas actuações que não devem ser feitas no património.
Não adianta olharmos para o passado, é importante olharmos para o futuro e vermos o que podemos melhorar e de que forma podemos valorizar o património. E isso está a ser conseguido com esta Exposição.
É importante que a comunidade viseense se envolva na valorização do seu património. Todas as iniciativas devem ser valorizadas e era bom que fossem em maior número. É importante que não nos limitemos a criticar o trabalho dos outros e que procuremos dar o nosso contributo de forma construtiva.
O Departamento dos Bens Culturais da Diocese de Viseu pretende que o seu projecto se desenvolva no quadro de um diálogo constante não só com a diocese, mas também com a comunidade em geral. A colaboração de todos é fundamental para encontrarmos as soluções mais adequadas em face de um património tão vasto, diversificado e de valor como o da diocese de Viseu.

Departamento dos Bens Culturais da Diocese de Viseu

Anónimo disse...

Meu caro anónimo, sabe o que o faz falar? É a incompetência, a ignorância e a falta de sensibilidade que mostrou no seu comentário. Acaso informou-se junto dos responsáveis, a razão da existência dos "Buracos"? - Claro que não? Nem seria possivel, pois possivelmente teria que pedir uma visita guiada ao S. Pedro, para o fazer chegar aos "Fazedores de Buracos"!
Pois é, numa próxima oportunidade, seja mais feliz.

Anónimo disse...

Ponto 1
Os parafusso agora existentes não são anti-oxidantes

Ponto 2
deveriam ter sido retirados caso já existissem????

Ponto 3
caso os mesmos já existissem não seria possivel observar os "desbaste" recente que os mesmos provocaram na peça

Ponto 4
"... Não somos amadores e temos competência para saber que uma peça destas não pode ser perfurada...". Que competências???

Ao caro anónimo das 10:13:00 para sua informação sei perfeitamente do que estou a falar...muito mais do que o que julga... Fique muito bem.

Felicidades para todos... a minha participação fica por aqui... branqueiam como entenderem

Anónimo disse...

Sou conservador restaurador e também reparei na forma inadequada como aquela peça foi fixada.

Naão deixo de concordar com o anónimo que considera que o trabalho foi forma leviana, senão o foi pelo menos parece-o.

Ao verificar-mos a peça cpm mais atenção pode ver-se que os dois parafusos são a unica coisa que prende o Alabastro ao painel de acrilico, se tal não acontecesse seria visivel pontos de fixação de silicone ao painel de acrilico o que não acontece. Logo o meio de fixação que está a ser utilizado são os dois parafusos.

mesmo que eles já existissem deveriam ter sido retirados e fazer a fixação como atrás referido. A forma como os parafusos aparecem podem induzir as pessoas em erro e fazer considerar que aquela forma de fixação é correcta. Nestes termos e porque não existe nenhuma nota explicativo há incompetência na forma como a peça é apresentada.

Por ultimo não acredito que o trabalho tenha sido acompanhado por um técninco de conservação e restauro, se assim fosse isto concerteza não teria sido visto desta forma. Se o foi no minimo é muito inexperiente.

silva mendes