domingo, 18 de maio de 2008

Estudo para revitalização do centro histórico "é um embuste" - movimento cidadãos

Viseu, 17 Mai (Lusa) - O movimento de cidadãos que tem lutado pela revitalização do centro histórico de Viseu considerou hoje que o estudo de enquadramento estratégico pedido pela Sociedade de Reabilitação Urbana (SRU) "é um embuste".
Segundo Fernando Figueiredo, membro do movimento que no final do ano passado promoveu a "Petição pela revitalização urbana do centro histórico de Viseu", "este estudo é uma fraude porque não permite a revitalização em termos humanos, sociais e culturais do centro histórico de Viseu".
O estudo de enquadramento estratégico para a revitalização do centro histórico foi pedido pela Sociedade de Reabilitação Urbana (SRU) de Viseu à Parque Expo e "não serve para atacar um problema grave, como é o que foi diagnosticado no centro histórico".

No final de um debate público sobre o estudo de planeamento estratégico para o centro histórico de Viseu, que juntou quase uma centena de viseenses no Solar dos Peixotos, Fernando Figueiredo colocou-se na pele do poder autárquico e disse que para revitalizar o centro histórico de Viseu, começava por reunir-se com todas as associações culturais.
Isto porque defende que "é preciso pôr Viseu no mapa cultural e o centro histórico será o local importante para dinamizar culturalmente a cidade".
Justificou a sua opinião com um estudo da OCDE, que "diz que a área cultural em termos de impacto sócio-económico é muito mais importante que a indústria automóvel, por exemplo".
Por isso, considera "estranho o Cine Clube de Viseu não ter sido auscultado aquando das sondagens do Parque Expo" para o estudo em questão.
Durante o participado debate, o deputado pelo PS na Assembleia Municipal de Viseu, João Paulo, sugeriu a criação de uma comissão de acompanhamento ao estudo de enquadramento estratégico para a revitalização do centro histórico de Viseu.
Bruno Camarinha, um físico e viseense, mostrou-se preocupado com a questão dos transportes e da mobilidade, que alega não estarem contemplados neste estudo.
Apelou para o facto de que "deviam ser colocados mais espaços públicos no centro histórico, nomeadamente a nova Loja do Cidadão".
Este foi também um dos desafios que Alexandre Azevedo Pinto, membro do movimento de cidadãos, deixou aos deputados eleitos na Assembleia da República por Viseu, em particular aos do PS "porque têm responsabilidades governativas".
Aos deputados do PS pediu empenho sério e activo para que "a Loja do Cidadão de nova geração se fixe nesta tão importante zona da cidade".
"E não me venham dizer que não há infra-estruturas e capacidades. Se não há arranjam-se. Tem é que haver vontade política", concluiu.
O movimento de cidadãos que tem lutado pela revitalização do centro histórico de Viseu anunciou ainda que vai entregar à Câmara Municipal de Viseu e à Sociedade de Reabilitação Urbana (SRU) "já na próxima semana", o conjunto de reflexões que resultaram do debate de hoje e que "poderão transformar-se em propostas muito válidas".
O movimento de Cidadãos lamentou ainda que "em tão importante debate não tenha marcado presença nem o presidente da Autarquia de Viseu, nem da SRU".

CMM.
Lusa/Fim

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