terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Loja do Cidadão no Centro Histórico

O autarca viseense, Fernando Ruas, apresentou à comunicação social um edifício que pode vir a acolher a Loja do Cidadão no Centro Histórico da cidade. O prédio é propriedade dos Bombeiros Voluntários de Viseu e situa-se na Rua Dom Duarte com acesso, também, pela Rua do Comércio.
O edifício é dos Bombeiros Voluntários de Viseu mas o presidente da Câmara de Viseu, Fernando Ruas, apresentou-o como uma "boa solução para a instalação da Loja do Cidadão no Centro Histórico".
"Seria dois em um, porque o edifício está livre e pode ser requalificado e o próprio secretário de Estado do Comércio sugeriu a colocação de uma Loja do Cidadão no Centro", lembra.
"Sei que nos estamos a meter onde não somos chamados, porque não é da nossa responsabilidade mas enquanto gestor eleito da cidade podemos sugerir e até nos assumimos como entidade facilitadora", garante o autarca.
O edifício, um antigo quartel dos Bombeiros Voluntários de Viseu, tem entrada pela Rua do Comércio e pela Rua Dom Duarte e, segundo o autarca, "é uma óptima solução, era um bom local". Património dos bombeiros não pode ser esquecido
Segundo o presidente da direcção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Viseu, Paulo Correia, "as propostas que vierem para aquele espaço, sejam elas quais forem, nunca podem apagar a memória dos bombeiros".
"Independentemente do que vier a instalar-se no edifício, tem de ficar sempre um marco dos bombeiros, mas é claro que estamos disponíveis para alugar, permuta ou mesmo direito de propriedade durante algum tempo, porque precisamos de dinheiro para a construção do novo quartel", explica Paulo Correia.
O responsável lembra que "o Conselho de Opinião quando foi criado foi, também, com o intuito de arranjar solução para o património".
"Pedimos no Conselho e temos passado a palavra a várias entidades, entre as quais a Câmara, numa reunião que tivemos, para que se descobrisse um interessado, público ou privado, para podermos rentabilizar o espaço", adianta.
Paulo Correia alerta, ainda, que "o edifício necessita de uma intervenção rápida, uma vez que o risco de queda é muito grande".
"Este imóvel está em degradação contínua e, em risco de cair com algum temporal mais forte", reconhece o responsável. Ainda assim, o presidente adianta que "já houve alguma intervenção no seu interior para diminuir esse risco mas, quanto mais depressa houver uma intervenção, melhor".
Paulo Correia não opina sobre a possível presença da Loja do Cidadão no imóvel mas deixa claro que "a cidade precisa muito dos bombeiros e os bombeiros da cidade e, nessa situação de dualidade, há que arranjar plataformas de ajuda, porque os bombeiros têm um projecto de um novo quartel a andar e precisam muito de ajuda".
Uma loja do cidadão para o centro histórico
Recorde-se que, no início de Dezembro, o secretário de Estado do Comércio, Fernando Serrasqueiro, esteve em Viseu, a visitar os lojistas de rua. Em conferência de imprensa assumiu que "são necessárias lojas âncoras nas ruas, como acontece no Chiado, em Lisboa, de forma a toda a zona beneficiar com isso".
"Podem ser criadas não só lojas âncora como, também, um serviço que atraia muita gente, como é o caso da Loja do Cidadão", acrescentou.
"Por exemplo, uma Loja do Cidadão no meio do comércio da rua é uma boa aposta para atrair pessoas e outras lojas comerciais e até fazer com que as que já lá estão se modernizem e, só assim, com pessoas, é que é possível lutar contra a crise", defendeu o secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor, Fernando Serrasqueiro.


texto de Isabel Marques Nogueira

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