sexta-feira, 20 de outubro de 2006

Rua do Comércio renovada com antigos problemas

A requalificação urbana promovida pela Câmara Municipal de Viseu teve na Rua Dr. Luís Feerreira, conhecida por do Comércio, um dos casos de maior intervenção. Requalificou-se o Mercado 2 de Maio, substituiu-se o pavimento, renovaram-se fachadas e alargaram-se os passeios.
Depois das obras, surgiram os problemas de estacionamento abusivo, o que levou a autarquia a colocar “pinos” metálicos para acabar com o flagelo.
Uma solução que não agradou a todos, principalmente aos comerciantes da rua.
O estacionamento, ou a falta dele, é o grande problema com que comerciantes, e os já poucos moradores, se deparam. Para Catarina Mesquita, proprietária da Padaria Madeira, “a Rua do Comércio é hoje apenas um local de passagem, onde não há lugar sequer para parar o carro. Os fornecedores já nem querem vir fazer as entregas porque têm de parar em plena rua, o que provoca filas e causa transtorno aos utentes”, explica. Apesar de considerar o trabalho de requalificação “bem feito”, António Costa, empregado da Casa Africana, considera que “com estes novos pinos metálicos tudo piorou”. Queixam-se os comerciantes de falta de estacionamento para os clientes, e da falta de espaço para cargas e descargas. O único que existe em toda a rua, no acesso à Rua Chão do Mestre, é utilizado por alguns lojistas como parque de estacionamento.
“A polícia devia andar mais atenta ao problema”, queixam-se alguns. Américo Nunes, vice-presidente da Câmara Municipal de Viseu, adiantou que, relativamente ao estacionamento na Rua do Comércio, “existem várias alternativas, nomeadamente estacionamento gratuito na Casa do Adro”.
O autarca lembra ainda o parque subterrâneo de St.ª Cristina e refere que, “a pedido dos comerciantes, foi criado um estacionamento pago no Largo da Misericórdia”. Américo Nunes salienta a existência dos mini-autocarros eléctricos e considera que “com a construção do funicular as acessibilidades ao centro histórico vão ficar facilitadas”.

Os números?
40 Lojistas
5 casas da rua servem de habitação
155 pinos metálicos

Jornal do Centro ed. 240, 20 de Outubro de 2006

1 comentário:

Castanheira Maia disse...

Eu sou da opinião que o transito devia ser totalmente fechado na sé/zona histórica.