Fernando Ruas, presidente da Câmara Municipal de Viseu, disse que é necessário cuidar de todo o concelho, mas que o Centro Histórico da cidade requer atenção especial, pela atracção e fascínio...
... que exerce sobre as pessoas, essencialmente nos turistas. Só por isso, para além do interesse em preservar todo o local para o deixar intacto (melhorado) aos vindouros, justifica a atenção e os investimentos ali têm realizados e que se façam.
A médio prazo, há problemas que poderão ser resolvidos, atenuando as coisas, de modo que os habitantes possam fruir do local, pela noite fora, sem serem perturbados como está a acontecer.
E para isso tem ideias.
Ideias que não se resolverão de um momento para o outro, por conseguinte, estão a ser dados os primeiros passos para que algumas das situações comecem a ser invertidas.
Para Fernando Ruas, as freguesias ‘urbanas’ têm que ser olhadas como um todo, investindo-se globalmente. Mas reconheceu que o núcleo concelhio/urbano, onde está concentrado a sua maior documentação histórica, considerado o coração da cidade, é também a parte que nos traz responsabilidades acrescidas e a que não poderemos fugir, face à atracção espectacular que exerce sobre os turistas.
É o que traz memória à cidade, e, naturalmente, problemas. Mas há problemas que não se podem resolver directamente, nem de per si. O executivo pode decidir e ‘actuar ao nível da recuperação dos passeios e pavimentos das ruas, melhorando os equipamentos urbanos’.
Porém, há outros que são bem mais difíceis de equacionar e de que as pessoas, que residem no centro histórico acabam por ser vítimas.
‘É difícil, neste momento, conciliar os interesses. É extremamente complicado’.
Por um lado, são as pessoas a entenderem que ele deverá ter vida nocturna e, por outro, são os residentes e até os vizinhos (…) que não suportam tal movimentação, para lá das horas tidas como ‘decentes’… Longe de ser um projecto, Fernando Ruas disse que tem em mente, aliás, já o feriu noutras ocasiões, uma ideia que queria ver levada à prática, aproveitando a zona ribeirinha, em requalificação, de modo a que a animação nocturna tivesse ali o seu ‘habitat’, funcionando com horário mais alargado.
‘Vamos ver se temos condições financeiras para poder dar corpo a este projecto’. Assim, já o centro histórico poderia receber as pessoas, entre o final e início de um novo dia, passando, depois, o movimento para uma ‘banda de bares, na zona ribeirinha’.
‘Vamos ver, - adiantou o presidente da Câmara Municipal – ‘se é possível fazer este investimento’. De qualquer forma, Viseu está no rol das cidades com zonas históricas que ‘temos de preservar’ e que muitas outras localidades gostariam também de ter, dentro dos seus muros.
in Noticias de Viseu (13-11-2006)
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