sábado, 12 de julho de 2008

Dalila Rodrigues na "Casa Paula Rego"

Dalila Rodrigues vai ser a directora da Casa das Histórias e dos Desenhos Paula Rego, que deverá abrir no início de 2009, em Cascais, terminando, no final de Setembro, a sua ligação à Casa da Música, no Porto.

Os motivos adiantados, ao JN, por Dalila Rodrigues para ter aceitado este convite "irrecusável" foram, "em primeiro lugar, o regresso à história e aos museus através da obra de uma grande artista, que profundamente admiro; depois, porque a Casa é da autoria de Eduardo Souto de Moura, com quem já tive o privilégio de trabalhar num dos projectos que até hoje mais gostei de realizar - a requalificação do Museu Grão Vasco, em Viseu". A historiadora referiu que também foram determinantes o empenho de António Capucho, presidente da autarquia, e o excelente trabalho que tem vindo a ser feito em Cascais na área da cultura e dos museus.
António Capucho admitiu que "a escolha decorreu de uma sugestão da Paula Rego, que mereceu a nossa plena concordância".

O autarca espera que a Casa Paula Rego "possa ser um centro muito dinâmico, com um elevado grau de exigência e qualidade e um impacto significativo no país e no estrangeiro".
A ainda directora de Comunicação, Marketing e Desenvolvimento da Casa da Música considerou a passagem pela estrutura "uma experiência interessante e muito enriquecedora, não apenas pelo empenho e pela qualidade técnica da equipa, mas também pelo acolhimento, simpatia e generosidade das pessoas do Porto".

Nuno Azevedo, administrador- delegado da Casa da Música, declarou que "foram cinco meses de colaboração positiva, em que a Dalila se interessou por compreender a nossa programação e onde desenvolveu novos projectos que irá acompanhar até ao fim, como a loja de merchandising ou o novo site" e desejou-lhe "as maiores felicidades neste novo desafio". Por último, o administrador revelou que não irá proceder a qualquer substituição, considerando que "a equipa actual oferece todas as garantias".

texto de tiago rodrigues alves in Jornal de Noticias de 12-07-2008

7 comentários:

Anónimo disse...

Parabens Dalila Rodrigues. Acho que teve a sorte do seu lado, também a merece. Já transpirava para o exterior o que se passava no interior, a incompatibilidade de Dr. Nuno Azevedo, com qualquer Directora de Marketing.

Anónimo disse...

Apenas sei que o museu de Paula Rego ira ser um sucesso , visto que ira ter a melhor directora que Portugal tem.

Se vou ter saudades da companhia nos clubbings?
vou ter imensas ! mesmooo muitas.
Mas estou contente porque agora sei que alguem me vai ajudar quando tiver trabalhos relacionados com a grande artista Paula Rego ! :b

ass:João

José-Luis FERREIRA disse...

DALILA D'ALTE RODRIGUES:
...ela ressuscitou um cemitério de Cultura, o Museu Grão-Vasco, de Viseu e, não fora a prepotência centralista (do poder da cosmética politico-cultural, hipotecada ao Centro Comercial de Belém) teria conseguido, porventura, também, reabilitar - à revelia de muitas (in)competências (poli)técnicas e retro-datadas, promover, reconvertendo-a, "aquela coisa hereditária" do Chiado... ressuscitando valores (in)contornáveis da contemporaneidade cultural da (nossa?) Arte Moderna. A obra da Paula Figueiroa Rego tem, agora, quem assegure - para além da especulação financeira (que a reputa) - a sua sobrevivência ...enquanto «forma imemorial da fala humana», como registo (imagético) matérico, objectual e, exponencial, da Literatura, nas coordenadas a-históricas da geometria do Tempo.
Alvíssaras congratulatórias, do José-Luis FERREIRA

José-Luis FERREIRA disse...

UMA APOSTILHA SÚPETA ...EM TEMPO ÙTIL:
...antes que "caia mal" a hipótese desejável (por mim, comprovadamente!) de Dalila Rodrigues "ter podido" vir a intervir naquela "coisa do Chiado" - ...pretendo que se interprete o meu anterior comentário como considerando um mero hiato (polémico e, para ela, enaltecedor ...como gestora cultural, agente determinada do pensamento crítico, notável estudiosa e laboriosa escritora, ensaísta interventora e, de lúcida investigação), o facto essencial de ser (ter sido!) a autora contestada de um "projecto (abortado) de vitalidade" porém, jamais como "ex-directora do Museu Nacional de Arte Antiga"... porque - à vista (des)armada - nem (sequer ao menos) ...as fundações, lhe deixaram concluir!
Ela é, de facto - para gáudio meu e, em escrúpulo ético) um atentado vivo contra o funeral generalizado dos Museus (ao "estilo portugalês de 1940")!
Este esclarecimento reitera e transparece esse meu (quase) orgástico gáudio, de sabê-la arquitecta (gestora conceptual do espaço e da divulgação cultural) da "CASA MUSEU" que himnificará a produção plástica genial da PAULA REGO.
José-Luis Ferreira

Conceição Querido disse...

Parabéns Dalila Rodrigues, fica o norte mais pobre, mas ganha a capital e o País, ao manter no activo pessoas com grande visão e conhecimento, do que é cultura. Não ser um mero instrumento de governos.
Desde já digo, que vou visitar o Museu, por admiração a Dalila Rodrigues e Paula Rego. Tenho a certeza de que vai ser um sucesso este espaço, e pela sua equipa.
Um beijinho Dalila,

Conceição Querido

José-Luis FERREIRA disse...

"ONTEM, UM ANJO, DISSE-ME"
(René Descartes)

[…] entre o “Discurso do Medo” (psicosocialmente alicerçado na maldade político-religiosa e na ignorância colectiva), aliás vacinável, visceralmente, por autointervenção da liberdade humana (que a intuição emocional e o pensamento crítico exercem), [...]e a evidência Nanometafísica, algo(?) aproxima, selectiva e sistemicamente as identidades éticas, que ultrapassam, na acção e, intelectualmente, a distância angular entre os micro e os macrocosmos da nossa percepção do Tempo).
[...] "a hora da grande consciência há-de chegar!", enquanto tudo, os todo-nadas, vão acontecendo “por acaso”, não por co'incidência(!) nos momentos mecano-quânticos …da investigação (História), nos universos paralelos da Física" [...]
...mem o norte nem o desnorte, ou os pontos cardeais todos juntos empobrecem por isso, prezada Conceição Querido! Nada se perde: tudo se transforma.
...no demais, estamos de mútuo acordo: junta-se, a uma obra ímpar, um expoente que a potenciará mais, ainda, no Mkt Cultural da Sociedade de Mercado Global que, aliás não tem fronteiras, geo-administrativas... à vista (des)armada!
Co-felicitações (...e deixai que os nortenhos Barões da Sé se pavoneiem)
J-L. F.

dalila disse...

Há aqui um erro de identidade. De facto existem duas Dalilas Rodrigues, só que esta, directora do Museu Paula Rego não é a Dalila d' Alte Rodrigues: Pintora, doutorada em Ciências da Arte e Autora