quinta-feira, 13 de setembro de 2007

122º aniversário do nascimento de Aquilino Ribeiro

O 122.º aniversário do nascimento de Aquilino Ribeiro é comemorado hoje, em Viseu, pela Confraria Aquiliniana, responsável pela proposta de trasladação do escritor para o Panteão Nacional, que se concretizará no dia 19.

Foi precisamente há dois anos, no jantar-tertúlia de comemoração do 120.º aniversário de nascimento do escritor promovido pela confraria, que surgiu a ideia.
"Quem apresentou essa ideia foi o jornalista António Valdemar e a confraria deu-lhe logo seguimento, contactando os órgãos de soberania", recordou à Agência Lusa António José Coelho, "adegueiro" da Confraria Aquiliniana.
Aos responsáveis da confraria nunca ocorreu, no entanto, que a Assembleia da República concretizasse tão rapidamente a sua proposta.
"Sempre achámos que demoraria muito mais tempo. Penso que se aperceberam de que o Aquilino era um homem que estava esquecido", acrescentou.
Para hoje, estão marcadas várias iniciativas em Viseu, nomeadamente o descerramento de duas placas toponímicas nos limites da rua com o nome do escritor.

Um número especial da revista "Letras Aquilinianas" comemorativo do aniversário será lançado e duas exposições ficarão patentes no Solar do Vinho do Dão, local onde Aquilino Ribeiro chegou a estar preso.
Uma das exposições chama-se "Lugares de Aquilino", de Braga da Costa, e integra desenhos de locais por onde passou o escritor: o pátio da casa do Carregal, onde nasceu, a igreja de Alhais, onde foi baptizado, o Colégio da Lapa, para onde foi mandado pelos pais, a sua casa de Soutosa, local preferido para as férias de Verão, e a Porta dos Cavaleiros, em Viseu, perto da casa onde viveu quando estudava na cidade.
A outra exposição dá a conhecer as ilustrações do artista viseense Pedro Albuquerque para a obra "O Malhadinhas", uma das mais conhecidas de Aquilino Ribeiro.
"As ilustrações foram feitas especificamente para uma edição ilustrada de `O Malhadinhas`, mas ainda estamos em negociações com a Bertrand por questões de direitos de autor", explicou António José Coelho.
Segundo o "adegueiro", Pedro Albuquerque doou os direitos dos desenhos à confraria, mas "a edição seria sempre da Bertrand".

Haverá ainda um jantar-tertúlia com uma "ementa aquiliniana", rematado por intervenções do investigador e poeta Hélio Teixeira e do escritor Cláudio Lima, sobre as facetas da obra do escritor, que abrange "do Minho às Beiras".

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