O Grupo, de Viseu, Visabeira vai assumir o controle da empresa Parque Desportivo de Aveiro (PDA), logo que seja aprovado o aumento de capital da empresa municipa dos actuais 500 mil euros para 3,5 milhões de euros .O aumento de capital será realizado em dinheiro (1, 665 milhões de euros) pela Visabeira, que detém , actualmente, 49% da PDA, e pela Câmara, que tem 51% do capital, e que realizará a sua parte em espécie, através da entrega de terrenos, ficando o grupo de Viseu, nesta fase, com 54,6% do capital, e a autarquia com 45,4 %, de acordo com a proposta que o Executivo de Élio Maia (PSD/CDS-PP) levou, ontem, à reunião de Câmara, mas que acabou por não ser votada. O PS acabou por obrigar a maioria a desistir de colocar a proposta à votação, sucedendo o mesmo como o plano de saneamento financeiro da autarquia, que prevê a contracção de um empréstimo de longo prazo no valor de 58 milhões de euros, e com a abertura do concurso para a constituição de uma parceria público-privada destinada a concretizar os investimentos (construção, ampliação e manutenção de escolas) previstos na Carta Educativa e quatro parques de estacionamento subterrâneos na cidade. Os socialistas argumentaram que não estavam em condições de votar, em consciência, documentos de tão grande complexidade e importância, que consideraram ser merecedores de "um esforço de consenso alargado" e que, como sublinharia Marques Pereira, a própria maioria levou "largos meses" a preparar.
Os vereadores do PS queixaram-se de não ter recebido a documentação "com os dois dias úteis de antecedência que a lei prevê", e , perante a insistência da maioria ( a proposta de adiamento das deliberações, posta à votação, foi chumbada), advertiram para o risco das deliberações, tomadas nessas circunstâncias, estarem feridas de nulidade. Quanto à PDA, ficou a saber-se que a Câmara pretende reduzir a participação, que tem na empresa, gradualmente, até aos 5%, à medida que o projecto avance no terreno. E, no que se refere ao plano de saneamento financeiro da autarquia, que prevê um empréstimo bancário de 58 milhões de euros, que o JN já noticiou, soube-se que será por um prazo de 12 anos, com três anos de carência de capital.
Parceria com privados para carta escolar
A construção das 13 escolas novas que a Carta Educativa prevê e a ampliação de mais 13 estabelecimentos existentes, no valor de 15 milhões de euros, é apenas parte das atribuições - e do negócio - que a Câmara de Aveiro pretende confiar a uma parceria público-privada. Na primeira fase, a sociedade comercial de capitais minoritariamente públicos a ser criada terá, também, a cargo a manutenção de todo o parque escolar, por um período de 25 anos. Mas, no futuro, poderá contratualizar com a Câmara outros serviços, como os transportes escolares ou o fornecimento de refeições, admitiu , ontem, o vereador do pelouro da Educação, Pedro Ferreira. Em contrapartida, e para abater na renda, a Câmara entregar-lhe-à a construção e a exploração de quatro parques de estacionamento subterrâneos, a construir no Rossio, ao pé do Hospital, nas traseiras do Centro de Congressos e na Avenida Lourenço Peixinho. A abertura do concurso para a selecção do(s) parceiro (s) privados foi uma das questões adiadas na reunião de Câmara de ontem.
in Jornal de Notícias
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