quarta-feira, 30 de abril de 2008

Movimento de cidadãos quer serviços públicos no Centro Histórico

Viseu, 30 Abr (Lusa) - O movimento de cidadãos que tem lutado pela revitalização do centro histórico de Viseu defendeu hoje a abertura naquela zona de serviços da administração central e local, que dêem aos privados "um sinal forte" da vontade de aí investir.
Alexandre Azevedo Pinto, membro do movimento que no final do ano passado promoveu a "Petição pela revitalização urbana do centro histórico de Viseu" (que juntou 900 assinaturas), apontou como "feridas abertas" nesta zona da cidade a "degradação muito grande" do parque residencial, o decréscimo "muito acentuado" e o envelhecimento da sua população e a "crise profundíssima do comércio de rua".

Ainda que lamente que Viseu não tenha conseguido avançar atempadamente com soluções - como fizeram, por exemplo, Guimarães e Évora - e que as medidas que vierem a ser tomadas para contrariar esta "crise estrutural" demorem tempo a surtir efeito, considera que as administrações central e local deviam estar "muito atentas a este problema e dar um sinal muito forte à iniciativa privada".

Alexandre Azevedo Pinto questionou, por exemplo, porque é que "um serviço tão importante e de referência e com uma componente tão sólida" como a nova geração das Lojas do Cidadão não se instala no centro histórico.
"Esse seria um sinal vital da definição de prioridades políticas", frisou, considerando que "os agentes económicos perceberiam que o centro histórico era uma prioridade".
Por outro lado, defendeu que "a Câmara Municipal podia esforçar-se em colocar um conjunto de serviços municipais no centro histórico".

"Não faz sentido que estejam todos num único edifício", afirmou, dando como exemplo "um conjunto de competências da área cultural e serviços de recursos humanos" que, na sua opinião, dariam "um sinal forte para os agentes privados" avançarem também com os seus investimentos.
Alexandre Azevedo Pinto lembrou que um dos últimos investimentos de iniciativa privada em Viseu foi o Palácio do Gelo Shopping, que considera "óptimo", mas que "procura claramente criar um novo centro para a cidade", na Quinta da Alagoa.

"Essa nova centralidade é claramente concorrente ao centro histórico. Devia haver políticas que equilibrassem a pressão fortíssima que há para esvaziar o centro histórico", defendeu.
Tendo em conta que o centro histórico é "um cartão de visita" de Viseu, questionou também a inexistência, naquela zona, de um posto de turismo que oriente os turistas para determinados roteiros.
"Sinto que a maior parte dos turistas anda um bocado perdida na cidade", acrescentou, lembrando o tempo em que havia até um roteiro das janelas manuelinas.
Por tudo isto, Alexandre Azevedo Pinto considera que Viseu "bateu no fundo" em termos de potencial histórico, turístico e patrimonial.

Fernando Figueiredo, outro dos membros do movimento de cidadãos, lembrou que, no início do mês, foi apresentado um estudo de enquadramento estratégico para a revitalização do centro histórico - pedido pela Sociedade de Reabilitação Urbana (SRU) Viseu Novo à Parque Expo -, que divide aquela zona da cidade em oito unidades operativas, representando um investimento global de 114 milhões de euros.
Na sua opinião, este não deveria sequer ter o nome de estudo estratégico, porque "foi feito por uma empresa que se dedica ao rejuvenescimento urbano e está muito ligado ao betão".
Por considerar que, apesar de prever uma série de obras, o estudo "não vai directamente ao cerne da questão" e esquece "um pilar fundamental constituído pelas pessoas, cultura e educação, que não está expresso nessas oito unidades operativas", prefere chamar-lhe "um embuste".

O movimento de cidadãos defende que este estudo deve ser alvo de um debate alargado, não ficando limitado a uma apresentação pública feita em "powerpoint" para 170 pessoas e um convite aos viseenses para mandarem as suas sugestões por escrito.

Por isso, vai promover um debate no dia 17 de Maio, fazendo votos para que o presidente da Câmara Municipal, Fernando Ruas, outros políticos e actores sociais da cidade respondam positivamente ao convite para estarem presentes.

texto de AMF./ Lusa

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Debate público

O Movimento de Cidadãos que promoveu a Petição - PETIÇÃO PELA REVITALIZAÇÃO URBANA DO CENTRO HISTÓRICO DE VISEU - pelo debate sobre a revitalização do Centro Histórico de Viseu convoca a Comunicação Social para uma conferência de Imprensa a realizar na próxima quarta-feira, 30 de Abril, às 10h, no Irish Bar. Entendemos que o assunto do Centro Histórico de Viseu é de tal forma relevante e vital para o futuro da nossa cidade que implica a participação atenta e empenhada de toda a comunicação social.

O assunto a tratar é: a promoção de um debate público sobre o «Estudo de Planeamento Estratégico» para o Centro Histórico de Viseu, por este Movimento.

Cidade espera novas oportunidades

Todos querem o comboio em Viseu
Viseu espera por uma decisão que torne o processo da ligação do TGV à cidade irreversível. Fernando Ruas considera que “nunca as coisas estiveram tão perto”. A secretária de Estado da tutela confirma o optimismo.

A cidade de Viseu viu e ouviu durante um século os comboios a passar, mas, em 1990, com o encerramento da linha do Vouga, as velhas locomotivas de linha estreita e antiquada apitaram pela última vez.As linhas do Dão, que ligavam Viseu à ferrovia da Beira Alta em Santa Comba Dão, e a do Vouga, que se prolongava por 140 quilómetros até Espinho, chegaram a criar uma verdadeira “cultura do comboio”, com estudantes e militares a escreveram as principais linhas desta história.
Mas ambas terminaram com o advento da década de 1990, a primeira, a do Dão, em 1989, que foi criada em 1890, e a segunda, em 1990, tendo nascido em 1908, mas, agora, já em pleno século XXI, onde a palavra TGV anda de boca em boca, todos em Viseu querem ouvir o comboio a apitar pelas redondezas de novo. Primeiro era, desde que as linhas de via estreita do Dão e do Vouga foram extintas, uma ligação à linha da Beira Alta a exigência, mas agora, quando já se fala na construção de uma nova linha de velocidade elevada, até 250 km/h, entre Aveiro e Salamanca, Viseu não quer ficar de fora e as movimentações já estão no terreno.
“É bom que as pessoas não se esqueçam que Viseu é a única cidade europeia com esta dimensão – cerca de 100 mil habitantes – que não tem uma ligação ferroviária”, tem repetido o presidente da câmara de Viseu, Fernando Ruas.
Pouco inquieto com os prazos, Ruas quer mesmo é ver tomada uma decisão que torne o processo de construção da ligação a Viseu irreversível, e isso passa por a ligação Aveiro Salamanca começar da linha do Norte em direcção à fronteira e não, como já está garantido, entre o Porto de Aveiro e a linha que liga Lisboa ao Porto.
O ideal, refere o autarca, é que a linha em velocidade elevada entre Aveiro e Salamanca possa ter o seu primeiro troço no percurso entre a cidade de Viseu e a linha da Beira Alta. Isto porque permitiria resolver dois problemas: garantir a construção da nova linha e colocar “já” a cidade de Viseu no mapa-mundo da ferrovia.
Também com a mesma urgência pedem os industriais e empresários de Viseu que o comboio apite de novo na cidade. João Cotta, presidente da Associação Industrial da Região de Viseu (AIRV), fala mesmo numa “questão de coesão nacional”, porque “hoje quem investe em Viseu tem à partida uma desvantagem” em relação a todos os outros centros urbanos importantes: “falta o comboio”.
Poder-se-ia colocar na primeira linha das justificações para exigir o comboio em Viseu, lembra Cotta, a questão ambiental, tendo em conta as vantagens da linha férrea nesta matéria, mas não se pode ignorar de igual modo que a cidade poderá vir a ficar a apenas “três horas dos cinco milhões de consumidores da região de Madrid”. Reduzem-se os custos, aumentam as possibilidades e os novos mercados, diminuem as assimetrias, criam-se novas centralidades, reduz-se a interioridade, equilibram-se as actuais desvantagens competitivas e agiganta-se a coesão nacional, são alguns dos argumentos expostos por João Cotta na defesa do comboio para Viseu.
Ao longo dos últimos anos, tanto o PSD como o PS têm-se, através dos seus deputados eleitos pelo distrito de Viseu, desdobrado na formulação de requerimentos ao Governo com o objectivo de forçar o regresso do comboio à cidade.
A palavra “revolução” é mesmo utilizada amiúde por vários intervenientes deste processo para descrever o significado do regresso do comboio a Viseu. Para já, admite Fernando Ruas, nunca as coisas estiveram tão perto, desde que a secretária de Estado dos Transportes, há alguns meses, disse em Salamanca, Espanha, que a linha de “elevadas prestaciones”, seria construída entre Aveiro e Salamanca, via Viseu.
A secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino, garantiu, entretanto, que não há atrasos no projecto de construção da linha de velocidade elevada entre Aveiro e Salamanca, com passagem por Viseu.
A governante explicou, depois de o assunto estar ciclicamente a emergir como uma das grandes prioridades para o poder local em Viseu e também para as associações de empresários e industriais, que a data de 2017, que estava no plano em 2004, “não está em causa”. No entanto, Ana Paula Vitorino lembrou que não havia nenhum estudo sobre a viabilidade física da construção ou estudo económico-financeiro para o projecto e é isso que está a ser feito actualmente, o que “leva alguns anos” a realizar.
in Jornal Primeiro de Janeiro

terça-feira, 22 de abril de 2008

Bar de gelo abriu quarta-feira à temperatura de cinco graus negativos



A cidade de Viseu passa, a partir da noite de quarta-feira, a dispor de um bar onde tudo é feito de gelo e os clientes podem conviver à refrescante temperatura de cinco graus negativos.
No bar "Minus 5º Ice Lounge", um conceito que nasceu na Nova Zelândia, tudo é feito de gelo: dos bancos às paredes, passando pelos copos onde são servidas as bebidas, até às esculturas.



Foi utilizado "gelo dos glaciares canadianos para produzir uma decoração fantástica e conseguir um ambiente único e surpreendente", explica José Arimateia, responsável pelas Relações Públicas do Grupo Visabeira, proprietário do Palácio do Gelo Shopping, onde se situa o bar.
Para viver esta experiência e apreciar as bebidas com ou sem álcool, é disponibilizada roupa adequada para o frio, nomeadamente casacos e luvas.



"Este espaço original está pensado tanto para o convívio com amigos, como com a família, assim como para eventos de empresas", refere, acrescentando que o bar poderá também ser palco de desfiles de moda e lançamento de novas marcas.





O Palácio do Gelo Shopping de Viseu abriu há uma semana e pretende tornar os seus mais de 175 mil metros quadrados num espaço onde as pessoas têm outros interesses para além das compras, juntando-lhes uma forte componente de lazer, saúde, bem-estar e desporto.
Trata-se de um investimento superior a 120 milhões de euros, que além das lojas e de um hipermercado, alberga um espaço de desporto e bem-estar (que inclui quatro piscinas, uma das quais olímpica), SPA, seis salas de cinema com equipamento digital e 3D comercial, uma praça de restauração com mais de 5 mil metros quadrados e terraços exteriores com vista para as Serras da Estrela e do Caramulo.



Outra das grandes atracções é a pista de gelo com 600 metros quadrados situada no piso da restauração.


Texto de AMF. Lusa / Jornal de Noticias / Diário de Noticias

quinta-feira, 17 de abril de 2008

"Tratar do centro histórico é um quebra-cabeças"

Vestiram a pele de jornalistas e confrontaram o presidente da Câmara de Viseu com questões da actualidade relacionadas com o concelho. Desde a recente abertura do Palácio do Gelo e o impacto negativo que poderá ter no comércio tradicional, até à desertificação do centro histórico da cidade. Fernando Ruas aceitou o desafio e não deixou perguntas sem resposta.
O frente-a-frente foi ontem e juntou sete dezenas de estudantes, de três escolas da cidade, na tenda gigante instalada no recinto da Feira de S. Mateus. Tudo no âmbito das comemorações dos 120 anos do Jornal de Notícias. Participaram as escolas Infante D. Henrique, Viriato e Azeredo Perdigão.

No confronto e à pergunta de Daniel Aparício (aluno da Viriato) sobre a situação do centro histórico, o autarca assumiu tratar-se de um "quebra-cabeças". Reconheceu as queixas dos moradores contra os ruídos nocturnos, o estigma da desertificação e as repercussões sociais do êxodo de muitos para a periferia urbana. Mas deixou claro "Não vou para lá fazer filhos", ironizou. Avançou, contudo, um conjunto de projectos, alguns em marcha, para dobrar de dois para quatro a cinco mil o número de residentes.

A saber desafiar jovens casais a optar por aquela zona para viver, transferir alguns bares para junto do rio Pavia e limitar o funcionamento dos que ficam, instalar ali sedes de juntas de freguesia, criar zonas de estacionamento, lançar espaços de lazer, criar mais corredores pedonais e impedir a circulação do trânsito no seu miolo.
Questionado sobre questões ambientais, Fernando Ruas sorriu, para dentro. O tema é-lhe caro. Fez alusão ao Prémio Nacional do Ambiente, atribuído a Viseu há alguns anos, e lembrou a a mais recente distinção, que elege Viseu como a cidade com melhor qualidade de vida para se viver. Pelo meio, puxou ainda dos galões para lembrar o pioneirismo da ecopista e o parque urbano da Aguieira.

"E o combóio senhor presidente?", questionou Ana Silva, outra aluna. Ruas não se fez rogado. "Está nas mãos do governo. Fizemos a nossa parte e esperamos que façam a deles. A tutela deu boas indicações sobre o regresso do combóio à cidade. A única na Europa, de média dimensão, que não tem este meio de transporte", enfatizou.
A pergunta-resposta continuou a fluir, com temas diversificados actividade cultural, parques empresariais, desporto, etc. "Em matéria de cultura damos cartas. Somos das poucas cidades que tem uma companhia residente [Paulo Ribeiro], co-financiada por nós, a assegurar o teatro Viriato. Sem falar em equipamentos descentralizados pela cidade, de que é exemplo a Casa da Ribeira", sublinhou.

Texto de Rui Bondoso in Jornal de Notícias (17-04-2008)

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Investimento

O Semanário Económico do passado dia 11 de Abril traz um trabalho interessante sobre os anunciados mega investimentos, por parte do Estado Central, para os próximos dez anos. O trabalho jornalístico apresentava um boneco com a distribuição do volume de investimento por distrito. Eu relacionei esses dados com a respectiva população.
A minha intenção era encontrar um critério qualquer para a estranha distribuição. Confesso que não encontrei nenhum, com a excepção, é claro, da mais do que notória e provinciana intenção de transformar Lisboa numa mega-região capaz de competir com Londres, Madrid e Paris, nem que para isso se sacrifique o resto do país. Dispenso, antes que surja, a costumeira conversa do 'lamechas' e 'queixinhas', etc. Eu não quero que a minha região dependa do Estado: quero é que o Estado trate todos por igual e não faça batota.

António Alves - "Quem parte e reparte..." in www.porto.taf.net/dp/node/3829

segunda-feira, 14 de abril de 2008

13.º Encontro de Os Barões da Sé de Viseu

Dia 10 de Maio de 2008 realiza-se o 13.º Encontro de Os Barões da Sé de Viseu. A concentração está marcada para as Bicas da Sé, ponto de encontro de todos os momentos, às 18h.

Às 20h será servido o jantar no Restaurante Rodizio Real em Repeses.

Faz já a tua confirmação ao encontro deste ano através dos contactos habituais.

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Palácio do Gelo: Mais vida no Centro

A abertura do Palácio do Gelo em Viseu, em 1996 pelas mãos do Grupo Visabeira deu à cidade e à região um conceito totalmente inovador naquela época. O empreendimento concentrava no mesmo espaço, centro comercial, lazer e desporto. Foi ali que se realizam eventos de dimensão internacional como os primeiros campeonatos de patinagem no gelo e o nascimento da Selecção Nacional de Hóquei no Gelo.
Passados 12 anos, a estrutura, agora Palácio do Gelo Shopping, prepara-se para reabrir as portas dia 15, com o mesmo conceito mas objecto de uma profunda ampliação e modernização das instalações, renascendo como o maior pólo de comércio e lazer de Viseu.

O vice-presidente do Grupo Visabeira, Pedro Reis em entrevista ao Jornal do Centro, publicada na revista "100 Maiores Empresas do distrito de Viseu" referia que o investimento "foi pensado e dimensionado em função dos níveis de desenvolvimento e procura da cidade, da região, do contexto nacional e das vizinhas áreas urbanas de Espanha". O responsável citava "algumas das áreas do Palácio do Gelo como, por exemplo, a pista de gelo ou o inovador Spa" e reconhecia-as como "referências indiscutíveis no contexto".

O novo Palácio do Gelo representa um investimento global superior a 90 milhões de euros, realizado na totalidade pelo Grupo Visabeira e a criação de mais de 3.200 postos de trabalho.
Com uma área total construída de 175 mil metros quadrados, o edifício de oito pisos, com uma arquitectura e design inovadores, dispõe de 164 lojas, entre elas o hipermercado Jumbo a funcionar há nove meses com uma área de 11.500 metros quadrados e a loja FNAC que se assume como um novo espaço cultura na região, e cinco mil metros de restauração.
Na cultura e lazer, os frequentadores poderão desfrutar de nove mil metros quadrados de terraços panorâmicos, piscinas (uma delas olímpica, ver caixa ao lado), ginásios, squash e Spa. Na área do entretenimento, o novo Palácio do Gelo dispõe de seis salas de cinema, uma pista de gelo, rede wifi em todo o centro e espaço de entretenimento infantil.

Mais vida no Centro

"Mais Vida no Centro" é o slogan adoptado pelo novo shopping. A Visabeira numa comunicado de apresentação, salienta que o empreendimento "tem na sua génese o conceito base dos centros comerciais nacionais mais emblemáticos, distinguindo-se por conseguir o exclusivo de marcas de prestígio internacional em Portugal.
Mas o slogan pretende realçar que, segundo o mesmo comunicado, "com a preponderância do novo complexo, a malha urbana de Viseu mudou e tem agora um novo centro, junto à primeira circular", encontrando-se "totalmente integrado na cidade".
A nível regional, o novo Palácio do Gelo, está localizado numa zona de intercepção das duas principais vias de comunicação que atravessam a região (A25 e A24). Segundo a Visabeira, a área de captação "engloba o pólo populacional da Beira Alta e Beira Interior, beneficiando da acessibilidade privilegiada até Aveiro e Coimbra, bem como até à Guarda e Lamego".
"Num raio de 40 minutos, a população é superior a 500 mil habitantes", especifica.

Edifício com oito pisos
Piso -2
Quatro piscinas (uma olímpica), squash, spa, ginásios, clube de saúde, cabeleireiro e lojas
Piso –1
Hipermercado Jumbo e serviços
Piso 0
Equipamento para o lar, decoração e serviços
Piso 1
Cultura, moda e acessórios
Piso 2
Cinemas, moda, acessórios e artigos infantis
Piso 3
Pista de Gelo, restauração, terraços panorâmicos
Pisos 4 e 5
Centro de Inovação e Desenvolvimento do grupo Visabeira

Piscina para competições oficiais

Uma piscina olímpica, de 50 metros, duas outras de 20 e 12 metros e ainda um "chapinheiro" para os mais pequenos, é o que o novo Palácio do Gelo oferece ao nível da natação. A aposta passa por aumentar a oferta existente no antigo Palácio dos Desportos, com um investimento em estruturas que permitem dar resposta ao crescente número de pessoas que procura a natação, uma resposta às suas necessidades de desporto e lazer. A homologação da piscina de 50 metros para competições oficiais será um passo a dar no futuro. A Visabeira assume a vertente empresarial do projecto, onde o objectivo passa pela utilização comercial das piscinas, embora os seus responsáveis não enjeitam a possibilidade de o espaço vir a acolher competições oficiais de natação. Sandra Barbosa, directora geral da Movida, empresa que gere as vertentes desporto e bem-estar no Grupo Visabeira, adianta: "Com as piscinas vamos tentar desenvolver o conceito de hidroginástica num nicho de mercado específico, nomeadamente a Terceira Idade, através da hidroterapia. Para além disso, na piscina de 50 metros vai ser possível desenvolver aulas de natação e realizar competições".

FNAC com identidade regional

A FNAC Viseu é uma das lojas âncora que o Palácio do Gelo vai receber a partir do dia 15. Durante a sessão de apresentação do novo espaço cultural, o director, Jorge Silva referiu que vai ser uma loja "com alguma inovação" e com "bastante identidade regional".
Apesar do programa já definido dispor de uma oferta nacional, a direcção da nova FNAC pretende "trabalhar com agentes locais". Para tal está já a desenvolver iniciativas com bandas locais e associações como a ACERT, o Grupo de Teatro da Academia da Escola Superior de Educação de Viseu, com o pintor Pedro Albuquerque e a associação Gira Sol Azul.
Até domingo, dia 13, a FNAC Viseu presenteia a cidade com uma programação cultural ao ar livre. No dia 15 a inauguração da loja decorre a partir das 20h30. O evento contará com a presença da vocalista dos Clã, Manuela Azevedo, e do jornalista Júlio Magalhães convidados para padrinhos da nova loja.

Pista de Gelo é valência âncora
"Como o próprio nome do Palácio do Gelo indica, a pista é a estrutura âncora", salienta o director de relações públicas e comunicação interna do Grupo Visabeira, José Arimateia.
A pista de gelo, instalada no piso 3 onde se encontra a restauração e os terraços panorâmicos, vai "manter a sua tradição" com duas vertentes distintas: Cultivando uma vertente pedagógica, a pista vai estar aberta a aulas de iniciação e aprendizagem. Na vertente da competição, a estrutura vai continuar a receber competições desportivas e eventos nacionais e internacionais.

texto de Emilia Amaral in Jornal do Centro (11-04-2008)

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Entrevista a VIRIATO

Entrevista publicada no Navio Farol, Jornal do Agrupamento de Escolas Infante D. Henrique - Repeses, Viseu
Março de 2008

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Abriu bar giratório mais alto do país

A estrutura metálica que se ergue no Viso, arredores de Viseu, a 80 metros do solo, e que suporta aquele que é já considerado o bar giratório mais alto do país (implantado a 60 metros de altura), já está a funcionar e a atrair a atenção de centenas de visitantes.
O sucesso do novo equipamento turístico, com capacidade para acolher 76 pessoas, decorre do facto de ser uma das maiores estruturas edificadas do concelho de Viseu, a par do prédio da Segurança Social.
A nível nacional, apenas é superada pela torre Vasco da Gama, no Parque das Nações, em Lisboa.

A torre "Mirante", como é designada, foi concebida e concretizada pelo Grupo Soíma, um dos maiores construtores europeus de gruas, com sede em Viseu, que deste modo quis homenagear a actividade metalomecânica que lançou e desenvolve há mais de 30 anos.
"Queremos que este equipamento, pelas suas características técnicas e funcionais, se afirme como mais uma atracção turística em toda a região", afirmou Manuel José Morais, presidente do conselho de administração da Soíma.
Já a funcionar em pleno, o Mirante vai oferecer aos visitantes, para além do bar, um observatório dotado com telescópios de última geração para funcionamento nocturno e diurno.
A altura da torre, que domina o complexo turístico, social e comercial de Viso, permite a quem ousa chegar ao cimo apreciar horizontes que se estendem desde o Caramulo à serra da Estrela.
A torre assenta numa base de betão, com cerca de 900 toneladas, e está equipada com um elevador de características especiais de segurança e sistemas automáticos que regulam a sua velocidade com a do vento.
Manuel Morais orgulha-se do investimento concretizado, no montante de 700 mil euros, considerando que a estrutura panorâmica passará a ser uma referência da silhueta urbana viseense. "É um local excelente para descobrir a cidade de Viseu em toda a sua plenitude", reconhece o empresário.
Texto de Teresa Cardoso in Jornal de Notícias (09-04-2008)

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Centro Histórico de Viseu

A reabilitação do centro histórico de Viseu, dotando-o de alma e de gente, é vista com expectativa. Uma obra que deverá ficar pronta em nove anos e que vai revolucionar a cidade
O centro histórico de Viseu vai ser, urbanisticamente, revolucionado. Uma área com cerca de 26 hectares, partindo do núcleo central Sé, Igreja da Misericórdia e Museu Grão Vasco, vai ser intervencionada num projecto que levará cerca de nove anos a ficar concluído.
Um investimento global de 114 milhões de euros e que pretende tornar Viseu na "cidade modelo do século XXI". Tal como o nosso jornal já tinha noticiado, trata-se de um projecto de "regeneração urbana" e que foi apresentado aos viseenses numa sessão que decorreu no Centro Paroquial de S. José, perante uma plateia de cerca de 300 pessoas. As intervenções vão acontecer no âmbito de um estudo de enquadramento estratégico para a revitalização do centro histórico pedido pela Sociedade de Reabilitação Urbana (SRU) Viseu Novo à Parque Expo.

O presidente do Conselho de Administração da SRU e vice-presidente da Câmara de Viseu, Américo Nunes, prevê que daqui a nove anos exista mais gente no centro histórico e "corredores verdes abertos". "É preciso termos alma dentro dos imóveis e é esse o nosso grande objectivo: atrair pessoas para o centro histórico, com uma estratégia bem definida", disse.
Anunciou ainda que até ao dia 17 de Abril será possível reunir "um conjunto de actores importantes do centro urbano" das áreas da economia, cultura e apoio social para apresentarem "uma candidatura de parcerias para a regeneração urbana" ao Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN). Apelou ainda a que todos contribuam com sugestões para "voltar a dar vida" ao Centro, lembrando que a SRU tem à disposição na sua sede, na Casa do Miradouro, um gabinete aberto para receber propostas, nomeadamente no sentido de saber que obras consideram prioritárias.
Já o presidente do Conselho de Administração da Parque Expo, Rolando Borges Martins, explicou que a novidade deste estudo é "uma visão global para todo o centro histórico, de reabilitação, por um lado, mas sobretudo de revitalização, com a introdução de uma dimensão para lá do edificado", centrada na actividade económica e nas pessoas que lá vivem.
Segundo Rolando Borges Martins, o território em causa "é riquíssimo e o potencial está lá todo, faltava olhar para ele de uma forma global e depois chegar caso a caso".

Centro histórico com mais espaços verdes e lugares de estacionamento
O centro histórico, para esta reabilitação, foi dividido em oito núcleos.
Núcleo 1
O primeiro envolve a revitalização da Praça 2 de Maio e a melhoria da sua articulação com o espaço público envolvente, bem como a criação de uma ligação pedonal entre as ruas Cónego Martins e Chão Mestre. Será ainda feita a requalificação da Praça D. Duarte, da Rua Grão Vasco e do Largo Pintor Gata, dando destaque à valorização destes espaços enquanto locais de lazer. A reconversão do edifício "Ecovil", adaptando-o ao meio, e a intervenção no Largo da Misericórdia completam as requalificações deste espaço.
Núcleo 2
Nesta zona vai ser construído um novo empreendimento habitacional e espaço verde na Rua Capitão Silva Pereira. As ruas do Chantre e da Prebenda sofrerão também obras de requalificação, assim como será valorizado o "afloramento rochoso" integrado na base da fachada da Sé no largo de S. Teotónio.
Núcleo 3
Para este espaço está projectada uma ampla praça de uso público e de um estacionamento subterrâneo na Rua Capitão Silva Pereira. Aqui serão ainda construídos edifícios habitacionais e equipamento de apoio à infância. Vão igualmente ser criadas novas ligações entre a Avenida Capitão Silva Pereira e a Rua Direita, através das ruas da Viela da Carqueja e do Gonçalinho.
Núcleo 4
A zona quatro do centro histórico envolve a valorização do Largo António José Pereira e a construção de um parque de estacionamento. No jardim da Casa do Miradouro, e aproveitando a construção do terminal do funicular, será criada uma zona verde. Ainda nesta zona, serão reabilitados os edifícios de três quarteirões limitados pelas ruas Escura, Calçada da Vigia, S. Lázaro e Direita, assim como os espaços verdes no gaveto da Rua Silva Gaia.
Núcleo 5
Neste espaço será instalado o funicular que melhorará o acesso ao centro e nascerá uma nova unidade hoteleira, através da readaptação de um imóvel, e um corredor pedonal e ciclável.
Núcleo 6
A valorização no largo existente na confluência da Rua Silva Gaio com a Dr. Maximiano de Aragão, a reabilitação do espaço público e vias envolventes ao Jardim dos largos Major Teles e Almeida Moreira e a preservação do espaço verde de uma parcela propriedade do episcopado são as intervenções previstas.
Núcleo 7
Nesta zona, o Largo Mouzinho de Albuquerque ficará com uma "nova cara", fazendo a ligação entre o Teatro Viriato e a Escola Secundária Emídio Navarro. Será também construído um parque de estacionamento subterrâneo, enquanto que a Avenida Emídio Navarro será remodelada, assim como será dada mais dignidade à Porta dos Cavaleiros.
Núcleo 8
Este espaço irá compreender a valorização e reabilitação dos quarteirões da Rua João Mendes.

Texto de Sandra Rodrigues in Diário de Viseu (07-04-2008)
Fotos: Barões da Sé de Viseu

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Estudo estratégico promete centro histórico reabilitado dentro de nove anos

Viseu, 04 Abr (Lusa) - Uma área da cidade de Viseu com cerca de 26 hectares em redor do núcleo constituído pela Sé, Igreja da Misericórdia e Museu Grão Vasco vai ser intervencionada na próxima década, num investimento global de 114 milhões de euros.

As intervenções vão acontecer no âmbito de um estudo de enquadramento estratégico para a revitalização do centro histórico pedido pela Sociedade de Reabilitação Urbana (SRU) Viseu Novo à Parque Expo, que divide aquela zona da cidade em oito unidades operativas.

O presidente do conselho de administração da Parque Expo, Rolando Borges Martins, explicou que a novidade deste estudo é "uma visão global para todo o centro histórico, de reabilitação por um lado, mas sobretudo de revitalização, com a introdução de uma dimensão para lá do edificado", centrada na actividade económica e nas pessoas que lá vivem.
"Fá-lo através de um conjunto de áreas e dentro de cada área identifica acções concretas, como sejam intervenções em jardins, criação e construção de parques de estacionamento e recuperação de edificado", exemplificou.

Segundo Rolando Borges Martins, o território em causa "é riquíssimo e o potencial está lá todo, faltava olhar para ele de uma forma global e depois chegar caso a caso".
O presidente do conselho de administração da SRU, Américo Nunes, considera que actualmente "o conceito de regeneração urbana vai muito para além" do que a autarquia de Viseu já fez, nomeadamente reabilitando espaços públicos e apoiando a recuperação de imóveis.

"É preciso termos alma dentro dos imóveis e é esse o nosso grande objectivo: atrair pessoas para o centro histórico, com uma estratégia bem definida", sublinhou, avançando que, até ao dia 17 de Abril, será possível reunir "um conjunto de actores importantes do centro urbano" das áreas da economia, cultura e apoio social para apresentarem "uma candidatura de parcerias para a regeneração urbana" ao Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN).

Segundo Américo Nunes, este projecto vai resultar "numa injecção de recursos no centro histórico que envolve entidades públicas", nomeadamente a Câmara, "mas não pode deixar de fora a associação comercial, a fábrica da Igreja do Coração de Jesus, o centro social, a Associação Nacional dos Reformados, Aposentados e Pensionistas ou a ARESPE (Associação de Restauração e Similares de Portugal), que prevê ter uma escola de formação no centro histórico", e os proprietários dos imóveis.

Do investimento total de 114 milhões de euros, 76 milhões serão da responsabilidade de privados, refere o estudo.
Daqui a nove anos, Américo Nunes prevê que exista mais gente no centro histórico e "corredores verdes abertos".

"Num determinado quarteirão, poderemos adquirir um imóvel, não para reabilitar, mas para o demolir e abrir um corredor para que os agora quintais, alguns deles abandonados, que estão no interior dos quarteirões, sejam espaços verdes", explicou.
O presidente da autarquia, Fernando Ruas, disse gostar particularmente do que está previsto para a unidade operativa de reabilitação 3, que inclui a construção de uma ampla praça de uso público com estacionamento subterrâneo numa parcela desocupada da Rua Capitão Silva Pereira, que é propriedade da Câmara.

Para este espaço está prevista a construção de edifícios de habitação e de equipamentos de apoio à infância, de forma a captar nova população, e também a criação de ligações da Rua Capitão Silva Pereira à Rua Direita, através da Rua da Viela da Carqueja e da Rua do Gonçalinho.
O autarca destacou também a unidade operativa de reabilitação 5, para onde está prevista a instalação de uma unidade hoteleira com um espaço verde para uso público e também do funicular que ligará o recinto da Feira de S. Mateus ao centro histórico, que já estava previsto.
Reiterou a importância da construção de dois novos parques de estacionamento (junto ao Museu Grão Vasco e ao Teatro Viriato), cujos projectos já tinham sido apresentados mesmo antes de ser dado a conhecer todo o estudo de enquadramento estratégico.

Apesar das avultadas verbas prevista no estudo, Fernando Ruas considera que "é como investir em jóias".
A SRU e a autarquia prometem estar abertas às sugestões dos cidadãos, nomeadamente no sentido de saber que obras consideram prioritárias.
"As unidades operativas podem avançar sem estar à espera do projecto global, que nunca será questionado", frisou.

AMF.
Lusa/fim

Viseenses descobrem JN no recinto da Feira Franca

Cerca de 300 pessoas passaram ontem pela "Exposição 120 anos JN, uma história de proximidade com o leitor", instalada no camião TIR e tenda gigante que desde ontem e até ao próximo dia 20 vão permanecer, em Viseu, no recinto da Feira de S. Mateus.


A abertura do evento contou com a presença do governador civil, Acácio Pinto, do seu chefe de gabinete, Alcídio Faustino, e do padre João Marques, em representação do bispo da diocese D. Ilídio Leandro. Num ambiente informal, as entidades percorreram o espaço expositivo, dentro do TIR, composto por nove painéis dedicados aos temas que diariamente e desde 1888, data em que foi fundado, fazem parte da oferta informativa do Jornal de Notícias.
Os textos proscritos pelo lápis da censura mereceram particular atenção de quantos visitaram a exposição. A notícia alargada da chegada ao Porto, em meados do século passado, do bispo D. António Ferreira Gomes, acabou por ser reduzida a pouco mais que um higiénico parágrafo. Sem direito a fotografia. "Tempos difíceis", comentou o governador civil. Idêntico interesse despertou o painel com notícias que perpassaram três séculos (XIX, XX e XXI) no distrito de Viseu a inauguração em 1890 do ramal ferroviário do Dão, entre Viseu e Santa Comba Dão, é notícia de primeiro plano.

"Ficava aqui bem a outra [notícia] que ditou o seu fim há mais de duas décadas", opinou Acácio Pinto. A velha máquina de escrever, onde a informação se media por "linguados", mais tarde encaminhados para as impressoras a chumbo, deram lugar a sofisticados meios informáticos. Está tudo lá, na exposição, onde não faltam testemunhos das visitas constantes de alunos de várias idades e proveniências à redacção do JN no Porto.
Um exemplo da política de proximidade que enforma a sua matriz. "É uma singularidade deste diário. Lembro-me de o ver, ainda miúdo, lido sofregamente em todas as mesas de café", testemunhou o representante do governo no distrito. Já na tenda, público e convidados foram desafiados a fazer uma primeira página fictícia.
Acácio Pinto não se furtou.
Cedeu a sua imagem e legendou-a: "Viseu apoia o JN e o seu rigor informativo". Painéis elucidativos do desenvolvimento de Viseu, cedidos pela autarquia, preenchem uma das alas. Um espaço onde abundam ainda experiências da física, quais fenómenos que dão que pensar. Uma corrida virtual de camiões opôs quatro concorrentes. Felisberto Figueiredo, ex-vereador da Câmara de Tondela, venceu.
Rui Bondoso e Teresa Cardoso in Jornal de Noticias (04-04-2008)

Viseu: cidade modelo do Séc. XXI

in Diário de Viseu (04-04-2008)